28/09/05

Numa esplanada de Israel.

-Não man, eu não posso concordar com o Sharon.
-Em relação a quê?
-A ter deixado os colonatos àqueles terroristas. Não me conformo, man...
-Ouve, vê o lado bom da coisa, agora podemos disparar sobre eles à vontade sem correr o risco de aleijar algum dos nossos.

27/09/05

Ai faço, faço.

Eu já disse, mas parece que ninguém me liga. Mas é verdade e repito se a GNR, a PSP, a FP e até os magistrados fizerem greve, EU TAMBÉM FAÇO!!!

24/09/05

Descoberta.

Foi descoberta uma pessoa no mundo que consome doses industriais de cocaína e que realiza orgias sexuais. A drogada e tarada sexual chame-se Kate Moss. O assunto tem mantido informações diárias nos órgãos de comunicação social.

23/09/05

Livra.


A estrada acabou, agora é mato. Vai à tua vida, já não há mais condutor nem conduzido. Nem mártires nem heróis, nem nada que valha a pena contar. Cada um desbrava por si e pode ser que cheguemos a piso firme, de novo. De qualquer forma não deites fora o meu número de telefone, se te safares dá-me um toque que pode ser que eu me safe também e queira voltar para o mato.

22/09/05

hoje estou nesta:


"Amor — pois que é palavra essencial
comece esta canção e toda a envolva.
Amor guie o meu verso, e enquanto o guia,
reúna alma e desejo, membro e vulva.

Quem ousará dizer que ele é só alma?
Quem não sente no corpo a alma expandir-se
até desabrochar em puro grito
de orgasmo, num instante de infinito?

O corpo noutro corpo entrelaçado,
fundido, dissolvido, volta à origem
dos seres, que Platão viu completados:
é um, perfeito em dois; são dois em um.

Integração na cama ou já no cosmos?
Onde termina o quarto e chega aos astros?
Que força em nossos flancos nos transporta
a essa extrema região, etérea, eterna?

Ao delicioso toque do clitóris,
já tudo se transforma, num relâmpago.
Em pequenino ponto desse corpo,
a fonte, o fogo, o mel se concentraram.

Vai a penetração rompendo nuvens
e devassando sóis tão fulgurantes
que nunca a vista humana os suportara,
mas, varado de luz, o coito segue.

E prossegue e se espraia de tal sorte
que, além de nós, além da própria vida,
como activa abstração que se faz carne,
a idéia de gozar está gozando.

E num sofrer de gozo entre palavras,
menos que isto, sons, arquejos, ais,
um só espasmo em nós atinge o climax:
é quando o amor morre de amor, divino.

Quantas vezes morremos um no outro,
no húmido subterrâneo da vagina,
nessa morte mais suave do que o sono:
a pausa dos sentidos, satisfeita.

Então a paz se instaura. A paz dos deuses,
estendidos na cama, qual estátuas
vestidas de suor, agradecendo
o que a um deus acrescenta o amor terrestre."

Carlos Drummond de Andrade

O povo é lindo.

À semelhança do que tem acontecido com Isaltino, Loureiro e afins, também a Dra. Fátima Felgueiras foi recebida em apoteose após aquele jogo de rato e gato com a justiça (nunca entendi qual dos bichinhos era esta última).
À semelhança de outros casos, também aqui foi comum ouvir o povo dizer: - Enganou o estado, fez muito bem, ele também passa a vida a enganar-nos.

Lindo povo este que aprecia tanto quem os rouba e engana e que continua a achar que o estado são os outros.

21/09/05

Ela vem aí....

Agora não posso, vou esperar a Fátima Felgueiras ao aeroporto.

20/09/05

São só 2?

Diz a comunicação social que as candidaturas de Cavaco e Soares demonstram que o país não teve capacidade para gerar novos políticos. Eu acho que é a comunicação social (CS) que incapacita. Então não há outros senhores candidatos? E não é a CS que limita as escolhas aos candidatos do PS e do PSD?

19/09/05

Realmente...

A renovação das grelhas televisivas trouxe-nos mais um molho dos chamados reality shows. Já sei que ninguém vai ver e que mesmo sem ver criticarão duramente, o costume. Também sei que eu vou ver sempre que me aparecer pela frente como aliás faço, por exemplo, com os jogos de futebol do Benfica.
Acho, no entanto, que quem prepara e produz estes programas tem de trabalhar e muito para conseguir atrair espectadores, é preciso algum trabalho criativo para acrescentar algo ao reality show global e contínuo em que se tornou, hoje em dia, a televisão. Os concorrentes são outros, é verdade, mas o que os diferencia dos Carrilhos, José Marias, Cavacos, Felgueiras, Valentins, Zambujos, Soares, Isaltinos, Jardins, Carmonas, Santanas, Gamas, Sampaios, Avelinos, etc...?
As novas apostas chamam-se: Senhora Dona Lady, Esquadrão G, 1ª Companhia. As que já existiam chamam-se: Iraque, Katrina, Autárquicas, Presidenciais, Referendo, Reforma, Casa Pia, Ingovernabilidade, etc...
Se os reality shows, agora estreados, tiverem regras iguais para todos e estas forem cumpridas se calhar a televisão melhorou.

17/09/05

-Dá cá mais 5. -Não dou!

Não sou, nunca foi, grande admirador do Professor Carrilho. Sei que é boa pessoa e até já beneficiei das suas medidas mas não o aprecio. Há duas espécies principais de "filósofos": aqueles que utilizam o conhecimento para explicar tudo mas mantendo as dúvidas e outros que aplicam esse conhecimento de uma forma moralista, considero que o Manuel Maria pertence aos segundos. É por isso que não gosto muito.
Numa espécie de debate na Sic Notícias entre os candidatos dos 2 maiores partidos à CML, o Prof. Carrilho sentiu-se ofendido e já em off ignorou o estender de mão do outro Sr. A comunicação tem dado um enorme enfoque a essa situação e é geral a acusação de má-educação do homem das filosofias. Não entendo. O que deveria ser escrito era que o Prof. Carmona esteve a enganar os espectadores e mal acabou o debate quis terminar o engano ou, no mínimo, o aperto de mão era para provocar.
Pergunto eu se uma pessoa acaba de nos ofender a que propósito não cínico vou eu apertar-lhe a mão logo a seguir?
Curioso foi também ver que parecia que todos os meios da TV já estavam à espera disso.

16/09/05

Sinal I

Ainda não me consegui habituar aos dias normais. Os dias, agora, são tão pequeninos que eu preciso de fazer 3 para viver 1. Isso está-me a sair do pelo. Deitar às 4 e levantar às 8 começa a ser pesado ao fim de 3 dias. Estou a ficar estranho, estou a precisar de festas todos os dias como se o mundo estivesse a acabar. Isto será algum sinal?

13/09/05

Que nervos...

Uma das pessoas mais equilibrada intelectualmente que eu conheço diz isto:

- Aquela puta daquela expulsão não lembra a ninguém. Como é que é possível expulsar um gajo por uma rasteira inocente numa jogada de meio campo? E depois vêm os comentadores desportivos, o conjunto de pessoas que menos beneficiou da chamada evolução humana, dizer que se aceita porque foi uma entrada ríspida e não sei quê. Aceita-se mas é o caralho. Pensava que o futebol era um jogo para homens de barba rija, mas parece que o querem transformar num jogo para mariquinhas que soçobram perante qualquer contacto físico."

É por estas e por outras que o clubismo cego é uma coisa detestável.

12/09/05

Estes chegam para mudar a lampada? Posted by Picasa

Tribunais e quartéis: close

Os senhores militares dominam o assunto, conhecem muito bem o tema dos «direitos adquiridos». Fizeram, aliás, uma revolução em Abril de 1974 por causa disso. Foram os militares que nos libertaram do regime antigo e acabaram com todos os direitos adquiridos que a sociedade de então mantinha.
É mais do que legítimo, portanto, devolver-lhes a questão. E lançar o desafio: quem está disposto a liderar uma outra revolução para acabar com os direitos adquiridos deles? E com os dos senhores juizes, magistrados e funcionários judiciais?
Não é Marques Mendes. Não é aquele senhor que substituiu Portas e não recordo o nome. E desengane-se quem espera resposta da esquerda. Os presidenciáveis Louçã e Jerónimo, sempre «anti» tratando-se de fardas, estão indignados, por não deixarem as Forças Armadas desfilar em paz.
E, muito provavelmente, não será também José Sócrates. Que foi tão valente a enfiar as duas mãos em todas as colmeias habitadas por estas «comunidades», como incapaz de aproveitar a oportunidade para mobilizar a nação para algo que ela há muito perdeu: um rumo. Um simples rumo.
Assim, parece a Costa do Marfim. Podia também ser o Ruanda, quando a instituição militar desafia a autoridade de um Governo e convoca todas as armas, do activo e reservistas, para as ruas.
Também afigura-se a uma qualquer República da América Central, onde os próprios órgãos de soberania se mobilizam para greves. Agora os tribunais, os juízes. Depois quem se segue? O Presidente da República pode fazer greve?
O que irrita não é ver esta gente aos berros. Não é ver o Governo isolado. Nem é confirmar a falta de senso e responsabilidade dos Mendes e associados. Nem sequer assistir com estupefacção a esta decadência institucional, a absoluta falta de respeitinho pelas autoridades democráticas.
As pessoas perderam o sentido da nação, mas isso não irrita. Preocupa, angustia, desilude. Mas não irrita. O que irrita são os motivos desta crise. Tudo o que está na origem deste ambiente, em que cheira a fim de regime. A Armada em passeata. Tribunais fechados. Sem lhes assistir a razão. Militares e agentes da justiça.
Por mais que desfilem de braço-dado com Louçã, por mais comícios que Jerónimo dedique em defesa dos seus «direitos adquiridos», os senhores militares não têm causa alguma. E mentem descaradamente, quando dizem estar a defender a dignidade da instituição militar.
Treta! Estão a defender a vidinha que os contribuintes lhes garantem - uma vidinha, diga-se, que os contribuintes gostariam mas o país obviamente não permite.
Há 31 anos lideraram um golpe para conquistar a liberdade. Agora ameaçam o regime para não pagar a conta da farmácia ou ir para casa, com salário completo, ainda antes dos 50.
Também a anunciada greve geral na Justiça não é justa. Viu-se coisa igual em 1988. Ano em que Cavaco os sossegou, criando um impraticável regime especial. O mesmo que Sócrates está agora, quase vinte anos depois, a eliminar.
E porque a maioria dos portugueses, os tais contribuintes, não percebe e não apoia o Governo? Porque em vez de lhe ter explicado que era justo, apresentaram-lhe isto no pacote das medidas contra o défice! O povo quer um rumo e deram-lhe um disco riscado.

Sérgio Figueiredo

Anti-americanismo primário.

Aqui, na nossa terra, tornou-se difícil fazer alguma espécie de crítica a G. W. Bush e eu ainda nem percebi bem a razão. Qualquer coisa que se diga contra o Sr. recebe como resposta a acusação de anti-americanismo. É estranho, até porque havia tanta gente a cascar no Santana Lopes e ninguém lhes chamava anti-lusitanismo.
Agora estou mais satisfeito, já arranjei muita cumplicidade nos EUA.

Veiga confirma.

O post sobre a gripe das aves que aqui coloquei foi agora confirmado pelo Sr. Veiga, diz ele que o Benfica está cheio de papagaios. Gripe das aves, portanto.

09/09/05

Quê?

Se as eleições presidenciais fossem hoje nem havia segunda volta, dizem eles.
O quê?

07/09/05

O pequeno líder.

O Isaltino chama-lhe nomes, o Valentim Loureiro chama-lhe nomes e promete dar tau-tau, o Alberto João despreza-o, o Menezes ralha com ele, o Prof. Marcelo torce o nariz, o Santana diz que não o entende. Mas afinal é o pequeno líder e mais quem?

A gripe das aves.

É claro que a águia diz que o primeiro milho é dos pardais, mas aquela exibição perante o galo deixou o bando dos vermelhos muito constipado. É a gripe das aves não é?

Ingovernável pois.

Uns tempitos fora e ao chegar deparo com uma realidade que não perceberia tão bem se estivesse a seguir diariamente os episódios políticos deste ingovernável país. Ingovernável, sim, como dizem os vizinhos e só não vê quem é ceguinho mesmo.
Anda agora meio mundo a queixar-se do malvado do Governo que lhes quer tirar direitos conquistados e até há quem faça ameaças veladas mas grosseiras, tipo: -nós é que temos as armas, e outros disparates incompreensíveis naquilo que se chama democracia. Mas então não andava todo o mundo a exigir aos governantes que remodelassem, que reformassem, que alterassem, enfim que invertessem o rumo pró-caos em que nos encontramos? Pois era, só que quando alguma coisa se tenta fazer caímos nisto. É por essas e por outras que hoje quem vai para os Governos vai somente com a preocupação de arranjar mais uns trocos para alguns e para conquistar mais alguma influência, eles também sabem que isto é ingovernável. O último a sair que apague a luz.

02/09/05

Hoje há copos.

Hoje há a Festa do Avante,com menos fulgor que outrora mas, ainda, com aquela tendência de transformar a liberdade em religião o que é bonito. Conheço doentes crónicos que só bebem uma vez por ano nesta festa. E vai lá estar aquele cheiro doce a erva no Auditório 1º de Maio por volta da meia noite. Acredita meu irmão....

01/09/05

Está quase tudo.

Chegou este mês desgraçado em que as despedidas se começam a preparar. Agora vem aí o regresso ao blog (tenho saudades), às televisões, aos jornais, às conversas da vizinha, enfim ao mesmo. Lá vou deixar para outros dias os peixes, as músicas, o vinho "Ribeiro", a forma física, e tudo, tudo o que daí deriva e me preenche tanto e que faz com que estes 3 meses sejam muito mais tempo do que os outros nove.