31/01/11

3-0





A sala é fantástica, as condições irrepreensíveis, o Zé Rui uma boa surpresa, o Tó um amigo. Contudo a sala ficou enorme para as pessoas que estiveram presentes. O Márix fez anos e comemorou em palco, o Xico voltou a estar, o Jorge Manteigas apareceu mais de 20 anos depois, o Xixas do meu coração estava imponente e deu para testarmos a performance pensada para a Comuna a 5 de Março. Fisicamente este concerto foi, para mim, um pouco mais difícil que os outros, mas consegui. Algumas dores, muitas náuseas e os fracos proventos não ajudaram nada. Mas consegui!
Os cuidados paliativos já andam desconfiados com a minha postura e sinto que estão um pouco atrapalhados. Amanhã vou ao HSM buscar a segunda dose de Nexavar 200 e vou visitá-los para verem que estou vivo.

24/01/11

Quem ganhou as eleições?


A Abstenção, Cavaco Silva e José Sócrates ganharam as eleições presidenciais. Portugal, a Esquerda e o Futuro perderam as eleições.
A abstenção que tem eleitores já falecidos, eleitores que não alinharam no circo e outros que queriam alinhar mas não puderam votar; ganhou as eleições! Não sei quanto tempo mais vai decorrer até que se estude o alcance desta decisão popular. Mostrar nas urnas que metade da população não tem em quem acreditar não parece suficiente para fundamentar o óbvio da vontade de mudança que paira sobre o país. Mudança de sistema político, mudança de regras, mudança de caras...
Venceu Cavaco Silva o mentor-mor do que é necessário mudar. Mesmo tendo decorrido mais de 2 décadas de presença constante, mesmo sendo demonstrada que a sua responsabilidade nas crueldades que são feitas ao nosso povo são tão grandes, como as do que o apoiam; ele vai lá estar de novo.
José Sócrates, passo a passo, vai mandando para o limbo todos o que o incomodam deixando a sensação nos menos atentos que o faz pela positiva. Enterrou Mário Soares há 5 anos e enterrou Manuel Alegre agora, e, pelo meio foi fazendo mais uns funerais cirúrgicos. O Sr. não é burro.
A Esquerda perdeu, foi derrotada na votação e, acima de tudo, percebeu (ou não?) que todas as suas guerrinhas e ódiozinhos não só destruíram a possibilidade dos portugueses sonharem com um futuro mais justo, possibilidade que já tiveram na mão e que deixaram fugir estupidamente.
Perdemos todos e os que virão, porque está claro que só seguindo exemplos como os que vimos hoje nas Tunísias deste mundo nos podem salvar da exploração continuada de que todos somos vítimas. É uma pena porque Portugal já demonstrou que lhe falta jeito para essas coisas.

17/01/11

Vão haver mudanças?


Sentia há algum tempo que, mais dia menos dia, o presidente bateria com a porta. Quando chegámos a casa do concerto de Coimbra, o Sporting perdia por 2-1 e eu disse ao Miro que era nesse dia que ele ia embora. Por um lado agradou-me, mas por outro acho desastroso a renúncia acontecer no meio de Janeiro acabando com a esperança de qualquer reforço de inverno ser contratado.
Na verdade os leões estão como o país: -tesos. Desta forma aparecerão resmas de candidatos lá para Fevereiro ou Março e já saltaram uma barreira. Vão aparecer os da continuidade, os novos Souzas Cintras que tanto atacavam, os anti-tudo que levariam o clube para o limbo num instante, enfim: -o costume.
Eu gostava que se mantivesse a Academia tal como está e que retirassem todos aqueles que já ultrapassaram a idade de reforma, nos anos que levam como diretores ou próximos das direções.
Por fim, também, gostava que a campanha fosse grande e que os média nos deixassem pensar com a nossa cabecinha e não se metessem.

PS - Também era justo que o mandador dos árbitros viesse explicar as arbitragens deste fim de semana, principalmente o Académica-Benfica e o Sporting-Paços de Ferreira.

Os média.



Já foram vários os amigos que, agora, me dizem que finalmente perceberam o que eu queria dizer aquando das guerras dos média contra o Sócrates. É que o problema não era o Sócrates éramos nós - o país. O problema é que os causadores de um dos maiores golpes económicos dos últimos tempos, continuam juntos e o senhor PR anda lá no meio. Quando lhes apeteceu puseram os olhos no andar do Engenhocas e da mãe etc..., porque não fazem idênticas investigações relativamente ao presidente?
Gastaram rios de dinheiro com o Freeport, sequela I e II, e não mostram um bocadito do que sabem sobre as acções cavaquistas. Isto é normal ou querem apenas demonstrar-nos que, tal como na justiça e no futebol, nos média também há tratamentos diferentes consoante os cidadãos. Ainda há pouco revi, na imprensa escrita e audiovisual, uma peça que, segundo eles, demonstra que o PM é mentiroso porque disse que nós não fomos ao Qatar para negociar os chamados: títulos da dívida pública. Como prova apresentam as declarações de Luís Amado onde este diz que os ministros das finanças estão agora reunidos e ele acredita que tenham falado sobre isso. O escandaloso é que mostram o vídeo das declarações do homem cheias de rodapés a dizer o que ele não disse. O que é que andam à procura? Porque querem enganar as pessoas?
Ok, quem lhes paga a existência é quem tem dinheiro e eles têm de lhes retribuir de alguma forma e Portugal? Portugal que se lixe!?

Ex Votos - Bicho 2-0


Pelo caminho de ida a preocupação com o espectáculo esteve sempre presente: -será que o bicharoco vai deixar oferecer-me às pessoas como habitualmente? Após cada música tocada, mantinha a preocupação: -será que vou conseguir interpretar a próxima? E consegui, e o público foi maravilhoso, e o bicho-monstro somou mais uma derrota.

(na foto) Uma versão a 5 vozes e pandeireta, da música dedicada ao Cavaco Silva: Benditos sejam.

03/01/11

Zé Leonel- 1 Tribichos 0 (a maior das terapias.)



Vitória da luta contra a deserção, vitória da vida e do amor sobre a dor. Nasceu Gustavo Perfeito, SOU AVÔ! O desafio realizou-se na CUF Descobertas e os pais estão felizes, a mãe Liliana voa no balão do pai João. Eu sinto-me enorme e até já achei que as orelhas dele são como as minhas...

Não são os doces sonhos de Natal, são os meus doces sonhos de todos os dias.

02/01/11

Resultado ao fim da primeira parte Sócrates 9 Cavaco 11

Esclarecimento de

Defensor Moura

Depois do debate com Cavaco Silva, um jornal diário de Lisboa solicitou-me uma entrevista para esclarecimento de algumas das afirmações feitas, a que eu acedi imediatamente porque, o escasso tempo concedido aos candidatos na TV é insuficiente para a cabal explanação dos temas abordados.

Infelizmente, hoje verifico que, certamente por falta de espaço, as minhas afirmações foram muito reduzidas por aquele jornal e, por isso, decidi publicitar o meu resumo da citada entrevista:

Disse que Cavaco Silva não é isento nem leal, favoreceu amigos e correligionários e tolerou e beneficiou com negócios considerados ilícitos pela justiça, além de lhe faltar cultura política para se identificar com eventos relevantes da história recente do país, tendo eu afirmado que esses atributos são importantes na avaliação dos candidatos ao cargo de Presidente da República.

Informei ainda o referido jornal que, no Dia de Portugal de 2008, recusei a comenda de Grande Oficial da Ordem de Mérito, que o Presidente da República me quis atribuir, não só por considerar que o trabalho em Viana do Castelo tinha sido realizado por uma vasta equipa e não apenas por mim mas, também, por não aceitar ser distinguido por quem tinha tido uma série de atitudes pouco edificantes durante a preparação do evento.

No debate televisivo, fiz referência a vários factos ocorridos durante a preparação do Dia de Portugal em Viana do Castelo em 2008 que, na minha opinião, demonstram claramente que Cavaco Silva não tem perfil para ser PR e que só naquele momento, "olhos nos olhos" com o agora recandidato, senti o dever cívico de os revelar para que os portugueses o conheçam melhor, ultrapassando o poderoso aparelho de propaganda que lhe construiu a imagem de isenção e seriedade que "só em duas vidas" os outros portugueses poderiam alcançar.

A falta de isenção de Cavaco Silva foi revelada quando recusou o convite (mostrado ao jornalista) que lhe fiz para realizar o Dia de Portugal em Viana do Castelo em 2009, para encerrar as comemorações dos 750 anos do Município, antecipando-o para 2008.

Na altura o PR alegou que, sendo 2009 ano de eleições autárquicas não queria beneficiar nenhum município e, por isso, as comemorações seriam realizadas em Lisboa, com carácter mais nacional.

Afinal, em 2009 as comemorações realizaram-se num município liderado pelo PSD.

Para demonstrar o seu favorecimento de amigos e correligionários, considerei suficiente mostrar ao jornalista a proposta feita à Câmara Municipal pela Presidência da República para se contratar a fadista, que tinha sido mandatária da juventude na candidatura de Cavaco Silva, para um espectáculo público em Viana do Castelo.

A proposta indicava ainda um maestro e um palco especial para a actuação, tudo orçado em mais de 90 mil euros, com Iva incluído. A Autarquia recusou a proposta presidencial e realizou um espectáculo, de não menor qualidade, com artistas vianenses, que custou apenas seis mil e quinhentos euros.

Mas o despesismo da Presidência de Cavaco Silva, ainda foi mais exuberante no arranjo da sala para a cerimónia solene do Dia de Portugal. Não foi aceite a proposta da autarquia de a realizar no magnífico Teatro Municipal e, o arquitecto da equipa do PR, fez um projecto de decoração interior de um pavilhão de exposições, que constituiu uma verdadeira tenda gigante e que orçou em 165 mil euros, para um acto de apenas uma hora e meia!

Apesar de eu ter resistido o mais que pude a realizar tão grande despesa e até ter discutido o orçamento com a empresa, que fora indicada pela equipa presidencial, a Câmara Municipal teve de assumir aquele encargo perante a exigência presidencial da maior dignidade para as comemorações, sempre com a "ameaçadora hipótese" de o evento poder ser transferido para outra cidade.

A propósito da dispendiosa tenda alugada e paga por Viana do Castelo, cumpre-me denunciar que, numa clara atitude de favorecimento da Presidência de Cavaco Silva, uma tenda semelhante e para o mesmo acto em 2009, foi financiada pela Presidência da República e não pela autarquia liderada pelo PSD, certamente porque Cavaco Silva já começava a ter "preocupações com a pobreza e a fome", que agora sem pudor utiliza na campanha eleitoral , e decidiu poupar aquela despesa ao município amigo.

Mas, ainda tivemos de recusar outras dispendiosas propostas da Presidência da República, substituindo-as por realizações menos onerosas para a autarquia, como por exemplo um espectáculo multimédia para os convidados da Presidência que custava mais de 60 mil euros, substituída por uma sessão de fogo de artifício orçada em 14 mil euros, que foi oferecida aos convidados do PR e ao público vianense.

Por toda esta evidente diferença de postura, quer na gestão de dinheiros públicos, quer de isenção no exercício de cargos oficiais, achei muito estranha a vontade de Cavaco Silva me condecorar no Dia de Portugal e, em carta dirigida ao Chefe da Casa Civil, que mostrei ao jornalista como toda a correspondência relativa aos factos relatados, comuniquei que recusava receber a comenda de Grande Oficial da Ordem de Mérito.

Refira-se que estes factos ficaram sempre no restrito âmbito do meu gabinete e da vereação, porque entendi que a sua revelação perturbaria o evento que todos os vianenses desejavam ser um sucesso para o município, com foi.

Só agora decidi revelá-los, olhos nos olhos com o recandidato, por serem factos indesmentíveis e nesta altura de escolha do novo PR sentir a obrigação cívica de revelar a falta de isenção e lealdade, favorecimento e despesismo de Cavaco Silva no exercício do cargo, atributos absolutamente contrários aos que ele com despudor se atribui publicamente.

Sobre a deslealdade institucional de Cavaco Silva com o Governo, na inventona das escutas e não só, e, também, a deslealdade pessoal com os seus correligionários Fernando Nogueira e Santana Lopes, bem como sobre a forma como pactuou com os responsáveis do BPN e teve chorudos benefícios com as acções da SLN, que qualquer leigo só considera possíveis com negócios ilícitos, são factos do conhecimento público que referi de passagem no debate e a que nada pretendo acrescentar.

Devo dizer, no entanto, que ao longo dos anos, vários factos semelhantes me foram relatados por autarcas e outros protagonistas políticos que, por razões diversas, não foram revelados.

A terminar quero refutar veementemente a acusação de Cavaco Silva de que estarei a participar numa campanha suja contra o ainda Presidente da República, afirmando sem temor que sujas e altamente criticáveis foram estas e outras atitudes de Cavaco Silva no exercício do mandato presidencial e, com esta minha denúncia, pretendo que os portugueses fiquem a saber que o agora recandidato não é aquele político exemplar e acima de todas as suspeitas que a sua propaganda divulga há quase três décadas.

Estando disponível para qualquer esclarecimento complementar, apresento os melhores cumprimentos

Defensor Moura

27. Dezembro. 2010


(pedido emprestado ao António Macedo)