Fui acordado pela campainha. Eram 2 jovens senhoras, assistente social e enfermeira, enviadas pelo Centro de Saúde para avaliar a minha situação e tentarem convencer-me a ingressar numa dessas clínicas residenciais, onde as pessoas morrem com mais nível. Disseram que havia uma na Bobadela, outra na Lourinhã, outra em Mafra, outra em Tomar e mais uma no Barreiro. Tinha de escolher 3 mas só escolhi a da Bobadela, a única que me permitiria continuar a ver os meus filhos mais pequenos. As senhoras fartaram-se de preencher folhas A4 cujo teor, inquéritos, eu ia respondendo. Por fim, horas depois, foram embora e eu fiz-me à cozinha onde confecionei umas batatinhas com peixe cozidos e fiquei todo feliz por conseguir fazê-lo. Fiquei muito cansado e já foi difícil comer, mas consegui. Deitei-me e finalmente tive 2 interações com o meu corpo diferentes de ele ter dores e eu engolir medicamentos para as atenuar; desta vez comecei a sentir uma pequena dor de dentes e mais tarde uma ligeira comichão - que bom já não sentia coisas destas há muito tempo. À noite comi canja que tinha feito em tempos e andei à luta com os arreliadores vómitos do costume, tomei a medicação e tentei dormir.
Hoje acordei com a campainha...