03/08/06

Vamos supor...

Vamos supor que eu sou um daqueles gajos que odeiam sair de casa. Tenho a SporTV, o PC com webcam para os engates, sexo virtual e essas coisas; tenho o bar cheio e o frigorifico carregado de geladinhas. (Há milhares de pessoas assim).
Vamos supor que quando vou comprar cigarros, ganzas, cervejas e essas coisas passo por um maricas que costuma estar no banco do jardim e me entretenho a dar-lhe porrada. Vamos supor que numa das vezes me entusiasmei e que dei cabo do pobre maricas e depois o atirei para dentro do aqueduto que passa ali no jardim. Vamos supor que vou a tribunal e que por não ficar provado que dei cabo do homem por ele ser maricas ou estar no banco de jardim e também não se provar que a minha intenção fosse outra do que dar porrada ao larilas; sou condenado a não sair de casa nos próximos 12 meses. O atirar para dentro do aqueduto era para perfumar a água que às vezes sabe tanto a lexívia.

Isto seria o quê?

A pessoa que chamam de Gisberta não tinha muita companhia de iguais no sítio onde foi maltratada e morta, se tivesse não valia a pena tirar a escada do poço onde foi encontrada, ia ser precisa já a seguir.

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