26/04/06

O 25 de Abril.

O fogo de artifício entrou-me pela varanda às 0 horas, depois o Zeca Afonso veio pela televisão. Eu chorava copiosamente, cada tema chamava uma recordação, uma passagem, uma luta. Acabou o concerto e eu fui procurar mais Zeca Afonso nos discos e chorei ainda mais.
É tão difícil explicar o 25 de Abril!

21/04/06

A pena capital.

Discute-se agora, após um relatório da amnistia internacional, a pena de morte.
Eu discordo da pena de morte, mesmo sabendo que ela vai existir sempre, porque sempre vai haver gente que mata. Tal e qual.
Faz-me impressão é ouvir pessoas, aparentemente habilitadas, a dizer disparates. Já não tenho pachorra para isso. A Sra. da A.I. diz que não se percebe porque na China há mais mortos que nos outros países, não se percebe? Eu digo que deve haver lá mais condenados, mais acidentados, mais infectados, mais estropiados, mais atrasados, mais violados, mais aleijados em geral, mais tudo, só e apenas porque são muitos mais.
Chateia-me isto, da mesma forma que me chateia quando vejo notícias do Iraque e oiço: - Num ataque bombista morreram 17 pessoas, não havia nenhum americano. O que tem o americano que é diferente dos outros? o que tem o Barnabé que é diferente dos outros? qual a diferença entre o nuclear de Israel e o nuclear do Irão? (até começam os dois por I), etc, etc, etc...
A pena capital, a pena de morte, a prisão perpétua.
A prisão perpétua, já imaginaram se houvesse em Portugal a prisão perpétua desde 1976, por exemplo?
Metade de Portugal era prisão, ah ah ah, e a outra metade era uma mole humana de cagados, com medo que alguém fugisse da prisão.

Ainda ninguém percebeu que a vida humana é sempre decidida politicamente?

20/04/06

Gripe das aves ou dos homens.

Eu também li o artigo da Clarinha e fiquei confuso.

Será a gripe das aves, ou dos homens?
Jornalista pedro.roloduarte@gmail.com
Pedro Rolo Duarte

"Já não há pachorra para a gripe das aves" - foi assim que começou, no jornal 24 Horas, na semana passada, uma série de artigos assinados pela bióloga e escritora Clara Pinto Correia. Apesar das polémicas em que se envolveu nos últimos anos, Clara é reconhecidamente uma cientista de mérito, professora universitária, e tem um extenso trabalho desenvolvido em Portugal e nos Estados Unidos. Ora, o que Clara afirma, corroborando e desenvolvendo informações que já circulam na Internet há meses, é basicamente o seguinte: a paranóia generalizada sobre a gripe das aves resulta de uma inteligente manipulação da indústria farmacêutica, e tudo começa e acaba em Donald Rumsfeld, secretário de Estado da Defesa de George Bush, que é accionista da empresa que tem a patente do medicamento Tamiflu. A gripe das aves, diz a bióloga, é uma "doença duvidosa" que "não causou mais do que umas cem mortes" "morre mais gente com a gripe vulgar". Clara não apenas denuncia a presumível tramóia como é taxativa na afirmação: "Tudo isto (...) para combater uma pandemia que está há nove anos para acontecer e já se percebeu que não vai acontecer nunca."
O que Clara escreve no 24 Horas circula por aí, em sites da Internet e artigos de revistas estrangeiras. É novo em Portugal porque ninguém, até agora, deu atenção a esta outra maneira de olhar o problema e é novo por ter sido uma cientista a "ousar" trazer o assunto para as páginas dos jornais portugueses...
O que me espanta, e me surpreende, é que ninguém ache que isto é tema para investigação, reportagem, informação (inclusivamente no próprio 24 Horas). O que me incomoda é a possibilidade de a Clara ter razão ou, noutra versão, a possibilidade de ela estar errada e eu estar a ser manipulado pelas suas crónicas e não haver quem siga este tipo de denúncias e o esclareça.
O que me incomoda é, uma vez mais, a forma como se pratica o jornalismo entre nós. Debaixo da agenda que as instituições determinam, com pouca imaginação, com pouca ousadia. Eu gostava de perceber se a Clara tem razão ou não e não é com crónicas que lá chego, é com jornalismo. Mas ninguém quer saber do assunto, e eu fico na mesma. Ou melhor: fico a pensar que a Clara, provavelmente, tem razão. E nesse caso, "nas tintas" para a gripe...

Hipocrisia nacional.

O Sr. Joseph Blatter, um dos maiorais do futebol, declarou aos media croatas quando falava sobre corrupção no futebol que em Portugal houve uma enorme pressão por parte de dirigentes, empresários e políticos para a convocação de Vitor Baía para a nossa selecção. Ao saberem da notícia logo o Sr. Gilberto Madaíl, o sr. Pinto da Costa e outros se apressaram a demonstrar enorme indignação pública sobre a falsidade de tais declarações.

Ora todos nós, portugueses, sabemos que isso não aconteceu, não é assim?

18/04/06

Em Abril a águia é baril.



Que mais vai acontecer ao rapazão? Num instante passou para 3º guarda-redes do glorioso e a seguir é multado por falar para a Antena 1. Que não lhe tirem o mundial...que ele ainda agora foi pai.

Velhas manhas.

A falta de quorum na A.R. na passada 4ª feira, não é mais que uma manha antiga dos portugueses a qual todos os quarentões, de uma forma ou outra, têm conhecimento. O que é aborrecido e doentio é que ao longo dos anos se tenha resolvido a manha em quase tudo o que é emprego, com os cartões a terem de ser passados à entrada e à saída por exemplo, e para os senhores deputados que vivem à nossa pala não tenha sido arranjada solução ainda.

17/04/06

Droga implantada.

Uma revista brasileira investiga uma nova forma de trazer droga para a Europa. Aos passadores/as é implantado no corpinho a quantidade de cocaína ou outra que lá couber.

Já me estou a ver a arranjar uma namorada brasileira no aeroporto da Portela, dar-lhe uns beijinhos nas maminhas e ficar com uma grande pedra.

11/04/06

UNO - O jogo.

Se gostas de jogar UNO, podes fazê-lo agora on-line na Net. Vai aqui!

EU VI (nr. 2)

-Eu vi e ouvi um treinador que acabado de perder o jogo e o título, vem aclamar o adversário e dizer que eles foram a melhor equipa.

-Eu vi e ouvi um dirigente que após perder um jogo onde os seus jogadores nada contribuiram para ganhar, vem culpar tudo o que mexe dessa derrota, até a polícia de trânsito.

-Eu vejo cada vez mais mais políticos comentadores e cada vez menos comentadores políticos.

-Eu vi e ouvi uns Srs. com vontade que o Governo levasse todo o Portugal a visitar Angola.

-Eu vi uns profs que outrora se queixavam de não ter local de trabalho certo, a criticarem o facto de terem de ficar mais de um ano na mesma escola.

Gazeta.

Pois é, tenho feito imensa gazeta aos posts. Mas é complicado, os miudos são aqueles todos, a primavera é tão linda e eu pelo-me para estar na Costa. Cheguei a pensar em fechar o Boomerang, ma depois como é que fazia quando me apetecesse escrever? E após onze mil e tal visitas também não me parecia curial. Assim, e como o tempo bom já espreita, vou escrevendo sem prometer que seja diariamente. E há sempre estórias por contar...