19/12/05

Peço desculpa...

...mas ainda não sei o que dizer. Acontece aos melhores, digo eu. De qualquer forma já sei que horas são, é uma progressão.

16/12/05

Está ali.

Já descobri onde está a porra do carro. Agora só falta descobrir como o vou tirar dali.

09/12/05

Estacionei, onde?

Estacionei sim, parei, não ando. Agora tenho de sair daqui, de ir a algum lado. Mas não sei onde estacionei e tenho de partir daí, não é?
Só vejo cacos por todo o lado. Se calhar não estacionei, bati e parti tudo.

06/12/05

Não me admira...

Não me admira nada que os mortos voltem à terra, encorporem outras gentes, façam acontecer coisas.
Não me admira nada porque quando se está morto pode-se fazer tudo. Não há nada a equacionar.

05/12/05

Hoje sonhei que...


quando acordasse tinha o mundo todo à espera para me devorar. Ainda ninguém me fez mal, até agora está bem de ver.

04/12/05

Cenas da vida ainda conjugal (o outro lado)

Ariana estava a passar por aquela fase em que a vida obriga a pensar muito e em que o sujeito se apresenta sempre na primeira pessoa do singular. Os namoricos terminavam quase sempre com um rol de acusações do outo lado e ela começava a pôr em causa se seria tão boa como pensava. Parecia que, de repente, ninguém a considerava uma boa aposta para se relacionar sentimentalmente.
Quem gostava de mim era o Tó, pensou. Bom, mas esse está agora com outra e parece que aquilo não está a correr mal, de qualquer forma da última vez que lhe liguei ele disse que podia ligar quando quisesse. Também dantes estava com a mulher e com os filhos e quando o chamava vinha logo a correr.
-Que se lixe vou-lhe ligar!

Cenas da vida ainda conjugal (o casal)

Ele atendeu o telefone e ficou estranho. Não era a primeira vez que acontecia e ela perguntou quem era e o homem atrapalhado tentou dar explicações. Contudo, a cada coisa que acrescentava aparecia alguma outra contraditória. Ela não estava a gostar, de repente sentiu um medo que desconhecia e que lhe gelava a alma. Continuou a questionar e o homem acabou por confessar que se tratava de um romance que tinha tido no outro casamento, que já lhe tinha dito que esta relação era diferente. Disse ainda que ela já lhe tinha deixado de ligar e que não percebia porque ligou agora.
A mulher com aquele ar forte, embora as lágrimas já rolassem, perguntou: -Mas tu acabaste com ela não foi?
-Sim acabei, disse-lhe que amava outra pessoa que estava a investir tudo nessa relação e me sentia feliz. A mulher aí sentiu uma brisa de ar quente, mas mesmo assim continuou: -Mas se mesmo assim ela continua a ligar é porque ou não percebeu ou tu não lhes explicaste bem, ou explicaste?
-Disse-lhe o que te disse à pouco. Que mais podia fazer? - respondeu ele.
A mulher com o peito a tremer não conseguia articular palavra. Desapareceu por instantes, voltando depois com a cara vermelha e molhada e da ombreira da porta disparou: -Vais arranjar depressinha uma solução para isso não vais?
E ele respondeu: -Querida já arranjei, vou trocar de telemóvel e assim acabaram-se as chamadas.

Ela pegou a mala, apagou a luz sem se virar e fechou a porta da rua.

02/12/05

Parto sem dor

Apesar de haver momentos...

01/12/05

A mim saiu-me isto, experimenta tu.

My Bloody Valentine
You Are...My Bloody Valentine.

You tend to be a bit distant and reclusive. You are
a leader as opposed to being a follower. You
are a perfectionist and pay very close
attention to detail. You have the tendency to
be lazy, which sometimes get's in the way of
you achieving whatever it is you may be trying
to perfect. You don't really care about what's
typically looked upon as the norm. You really
don't care about what people think about you at
all, or at least so you try and make it seem.
You care most about just being yourself.


what Creation Records band are you? (complete with text and images)
brought to you by Quizilla

Fez 70 anos que foi.


Todas as Cartas de Amor são Ridículas

Todas as cartas de amor são
Ridículas.
Não seriam cartas de amor se não fossem
Ridículas.
Também escrevi em meu tempo cartas de amor,
Como as outras,
Ridículas.

As cartas de amor, se há amor,
Têm de ser
Ridículas.

Mas, afinal,
Só as criaturas que nunca escreveram
Cartas de amor
É que são
Ridículas.

Quem me dera no tempo em que escrevia
Sem dar por isso
Cartas de amor
Ridículas.

A verdade é que hoje
As minhas memórias
Dessas cartas de amor
É que são
Ridículas.

(Todas as palavras esdrúxulas,
Como os sentimentos esdrúxulos,
São naturalmente
Ridículas.)

(Álvaro Campos)




Hoje seriam as cartas, os e-mails, os sms, os posts....

À toa(à tona da vida.).

Das janelas chegam sons
de almas satisfeitas
como a lembrar-me
que a vida é plural.
E há luzes e brilhos
e harmonias coloridas
e outras não tanto
embora sendo.
E até as músicas
me parecem destinadas
por alguém que nada sabe
de mim, é evidente.
Eu apanho do ar tudo
e consumo sem cessar
até o que desconheço
e não sei usar.
Sinto-me gente porque
me desvio de quem passa
e quem me olha
nem foge, nem se assusta.
Afinal há vida
para além do degredo
e dos sonhos negros
e da morte em vida.
Parece-me que estou feliz,
verbalizo e às vezes canto
só para mim, mas faço-o
e acho estranho.
Devia estar eufórico
mas não acredito nisso
por isso estou mas não entro
assim não me perco.
Não estou doente
apenas perdi a fé
contudo, quero estar
e ver sorrisos.

O que vai ser de mim
quando a noite acabar?

É preciso

É preciso ter certezas, quem as não tem nunca erra, mas também nunca acerta.

28/11/05

Os crucifixos nas escolas.

A discussão de hoje foi sobre a presença dos crucifixos nas escolas. Eu acho muito bem que os retirem. Para mim e pelo que eles representaram para mim fazem tanto sentido lá estar como as fotos do Américo Tomás, do Cardeal Cerejeira ou do José Socrates. Quando frequentei a escola primária, hoje ensino básico, era o único aluno que não era baptizado pela igreja, às quintas-feiras era o dia dos seminaristas irem pregar à escola e eu como não era baptizado tinha de ir para o pátio enquanto decorria o que presumo fosse a catequese. No inverno era um frio do *******!
Os defensores da presença da cruz nas escolas, num desesperado pluralismo dizem que também deviam lá estar o buda, a estrela de David, uns versos do Corão, etc...
E já agora não deveriam querer que o mapa, o poster do corpo humano, o quadro e isso, fossem colocados nas igrejas?
Valha-me Deus.

27/11/05

Jazz

Às vezes preciso de ouvir jazz. Às vezes preciso que me digam que quem manda aqui não sou eu!

Quero-te e pronto! (reposição)

Não é a tua carne que eu desejo
é o teu ser
mas o teu ser, o que existe, não é carne
e o desejo é carnal não é?
É dos sentidos, não é?
O desejo, ele próprio, é um sentido.
Então não é a razão que te deseja,
é o desejo.
Mas isso não é normal,
Porque o desejo quer carne
e a razão quer razão,
e eu desejo-te sem corpo.

Que confusão!

Pensei melhor,
vamos deixar tudo como está.

Quero-te e pronto!

25/11/05

Por acaso.

Caminhava eu ao acaso pelos caminhos escorregadios que os recursos me oferecem e que por acaso não gosto de frequentar porque caio muito, quando meio por desconhecimento meio por inocência escolhi um dos atalhos cuja sinalização dizia: caminhe por aqui ao acaso que encontrará o que procura. Não sei porque virei nesse atalho se não procurava nada definido, nada de concreto, i.e. eu não procurava mesmo nada. Mas virei. Um pouco mais à frente, já eu me questionava o que andava ali a fazer, vi uma pequena clareira e dirigi-me para lá sem grande convicção e deparei com uma feira de ofertas várias. Cheio de preconceitos, preocupado com que alguém reparasse em mim e me conotasse com aquela actividade, consultei as ofertas atabalhoada e apressadamente e voltei para o caminho. Continuei a caminhar, embora a medo, sem parar de pensar no que tinha visto e confuso sobre o motivo que leva gente a ofertar-se ao desconhecido, que armas terão para se defenderem? Que sentires as movem para tal risco?
Tenho de parar de pensar nisto, disse. Os sentires devem ser todos diferentes e as armas também. Eu não tenho nada disso, ando tão convencido das vantagens de ser sincero, transparente, leal que me espalharia ao comprido numa coisa dessas. Vou voltar para trás, penso que me lembro do caminho de regresso que por acaso parece diferente quando me viro ao contrário. É sempre assim, o mesmo caminho, nunca é igual duas vezes, pelo menos quando por lá andamos os primeiros tempos. É por isso que quando vamos duas vezes ao mesmo local ele da segunda vez nos parece mais perto. Mas fui e, por acaso, comecei a pensar diferente. E se de alguma forma a minha ida à clareira das ofertas ficou registada em algum lado? E se ficou que ganho eu em não querer aprofundar o conhecimento sobre o assunto? Fico registado sem experimentar? Vou voltar à clareira!
Caminhei decidido e entrei dando ares de entendido sobre o assunto e tentei mostrar um à-vontade que não tinha. Fiz comentários e parecia integrado até que me senti falso, eu estava a fingir. Não percebia nada daquilo e estava a candidatar-me a ser apanhado para um tema que não saberia desenvolver. Tinha de encontrar solução.
Por acaso, entre as ofertas uma havia que me tinha seduzido estupidamente, tão estupidamente que não fui capaz de a manusear, nem tocar. Senti que ela me chamava e por isso foi dessa banca que fugi, e esse fugir aumentou-lhe a atracção como é óbvio.

(Eu faço muito isso, até nas bancas das feiras, o que mais me atrai observo ao longe e onde não vejo nada que me interesse remexo tudo como se procurasse o que não vejo.)

Não, vou-me mas é embora dizia eu enquanto pensava naquilo que transmitia aos amigos quando me falavam em cliques e afins. Isto não é para mim, não tenho bases para isto e preparei o regresso à minha nuvem de paz cuja máxima é: não se deve correr atrás da encrenca.
Preparei o regresso e foi só o que fiz: preparar. A minha visita tinha realmente ficado registada e estavam-me a chamar. – Quem és tu? O que vieste aqui fazer? essas coisas. Por acaso, era a relações públicas da banca da qual fugi, por acaso? Por acaso estou-me a candidatar a colaborador dela. Por acaso acho que estou a correr atrás de encrenca.

Desculpa e obrigado.

24/11/05

Sacerdócio só para machos.

A igreja católica está preocupada com a crescente homosexualidade na sociedade actual. Por isso, prepara-se para excluir padres, seminaristas e religiosas praticantes ou defensores desse pecado grave.

Não me preocupa nada, essa é que é verdade, esta acção do Vaticano. Contudo tenho a sensação que por essas aldeias do mundo muitos homens preferiam que o seu pároco fosse gay.

Há no entanto uma questão que me baralha. Sendo que os padres quando assumem o sacerdócio fazem um voto de castidade, qual é a importância que tem as suas tendências?

22/11/05

A candidatura do costume.

ICEP põe Portugal "à venda"....

A crise é profunda e está para durar, dizem. O ICEP, que tem por missão promover Portugal no estrangeiro, quer ajudar e criou um programa para pôr o País a exportar mais. Mas uma das medidas é algo estranha. O ICEP vai criar um portal chamado "Buy Portugal" - "comprar" ou "compre Portugal".
Não fossem as boas relações com a Espanha, e os espanhóis poderiam já estar a esfregar as mãos de contentes com a hipótese de fechar um negócio histórico.

21/11/05

Não entendo.

-Não entendo o alcance do relatório médico que o Dr. Mário Soares acha que todos os candidatos deviam apresentar.

-Não entendo o que falta a Manuel Alegre para se impôr definitivamente como o candidato melhor colocado.

-Não entendo como pude acumular tanta sensação negativa em relação ao Prof. Cavaco Silva que faz com que o rejeite logo a partir da voz e não me permite ouvir o que diz.

18/11/05

Qual é o teu nome japonês?

My japanese name is 藤原 Fujiwara (wisteria fields) 大輝 Taiki (large radiance).
Take your real japanese name generator! today!
Created with Rum and Monkey's Name Generator Generator.

(Recebido por e-mail)

Al Qaeda quiz explodir o Cristo-Rei em Almada!...

Documentos mantidos em sigilo pela Polícia Judiciária revelam que a Al Qaeda, organização terrorista de Osama Bin Laden, ordenou a execução de um atentado em Portugal. O alvo da acção teria sido a estátua do Cristo-Rei, localizada em Almada.
De acordo com informações obtidas hoje em Lisboa, a ordem de Bin Laden decorreu do ódio que o saudita nutre por símbolos monumentais católicos, que segundo ele representam "um símbolo da globalização dos infiéis".
Demolidor de ídolos e iconoclasta como os talibãs que explodiram estátuas de Buda no Afeganistão, ele destacou dois mujahedins para o sequestro e uso de um avião que seria lançado contra a estátua "símbolo dos infiéis cristãos".
Os registos da polícia Judiciária dão conta de que os dois terroristas chegaram ao Aeroporto Internacional da Portela em 4 de Setembro, Domingo, às 21h47m, no vôo da Air France procedente do Canadá, com escala em Londres.
A missão começou a sofrer embaraços já no desembarque, quando a bagagem dos muçulmanos foi extraviada. Após quase seis horas de peregrinação por diversos guichés e dificuldade de comunicação em virtude do Inglês fortemente marcado por sotaque árabe, os dois saem do aeroporto, aconselhados por funcionários da TAP a voltar no dia seguinte, com intérprete.
A Polícia Judiciária investiga a possibilidade de eles terem apanhado um táxi pirata na saída do aeroporto, pois o motorista percebeu que eram estrangeiros e rodou uma hora e meia dando voltas com eles pela cidade, até abandoná-los em lugar ermo do Casal Ventoso. Aí, acabaram por ser assaltados e espancados por um grupo de toxicodependentes desesperados.
Eles conseguiram ficar com alguns dólares que tinham escondido em cintos próprios para transportar dinheiro e apanharam boleia num camião que fazia distribuição de garrafas de gás.
Na segunda-feira, às 7h33m, graças ao treino de guerrilha que receberam nas cavernas do Afeganistão e nos campos minados da Somália, os dois terroristas conseguem chegar a um hotel do Estoril. Alugaram um carro na Avis e voltaram aoaeroporto,determinados a sequestrar um avião e atirá-lo bem no meio dos braços abertos do Cristo-Rei.
Enfrentam um congestionamento monstruoso na 2ª circular e ficam mais de 3 horas bloqueados no Campo Grande por causa de uma manifestação de estudantes e professores em greve, e na Av. Do Brasil são-lhes roubados os relógios por um gang da Zona J.
Às 12h30m, resolvem ir para o Centro da cidade e procuram uma casa de câmbio para trocar o pouco que sobrou de dólares. Recebem notas de 100 Euros falsas. Por fim, às 15h45m chegam ao aeroporto da Portela para sequestrar um avião. Os pilotos da TAP estão em greve por mais salário e menos horas de trabalho.
Os controladores de vôo também pararam (querem equiparação aos pilotos). O único avião na pista é da AIR PORTUGÁLIA, mas está sem combustível. Tripulações e passageiros estão acantonados na sala de espera e nos corredores do aeroporto, gritando slogans contra o governo.
O Batalhão da POLÍCIA DE CHOQUE chega batendo em todos, inclusive nos terroristas.
Os árabes são conduzidos à Esquadra da PSP do aeroporto, acusados de tráfico de drogas, em face de flagrante forjado pelos próprios polícias, que "plantaram" papelotes de cocaína nos bolsos dos dois. Às 18 horas, aproveitando uma manifestação dos guardas prisionais clamando subsídio de risco, eles conseguem fugir da prisão no meio da confusão e do tiroteio das brigadas anti-motim da PSP que entretanto tinha sido destacada para o local pelo Ministro da Administração Interna.
Às 19h05m, os muçulmanos, ainda ensanguentados, dirigem-se ao balcão da TAP para comprar as passagens. Mas o funcionário que lhes vende os bilhetes omite a informação de que os voos da companhia estão suspensos por tempo indeterminado. Eles, então, discutem entre si: começam a ficar em dúvida se destruir Lisboa, no fim de contas, é um acto terrorista ou uma obra de caridade.
Às 23h30m, sujos e mortos de fome, decidem comer alguma coisa no restaurante do aeroporto. Pedem sandes de queijo com limonadas. Só na terça-feira, às 4h35m, conseguem recuperar-se da intoxicação alimentar de proporções equinas, decorrente da ingestão do queijo estragado usado nas sandes. Eles foram levados para o Hospital de Santa Maria, depois de terem esperado três horas para que a ambulância do INEM chegasse e percorresse diversos hospitais da rede pública até encontrar uma vaga. No HSM, foram atendidos por uma enfermeira feia e mal-humorada. Eles tiveram de esperar dois dias para serem examinados, por causa da cólera causada pela limonada feita com água contaminada por coliforme fecal.
Debilitados, só terão alta hospitalar no domingo.
Domingo, 18h20m: os homens de Bin Laden saem do hospital e chegam perto do estádio de Alvalade. O Benfica acabara de perder com o Sporting. A claque dos NO NAME BOYS confunde os terroristas com integrantes da JUVELEO e dá-lhes uma surra sem precedentes. O chefe da claque abusa sexualmente deles.
Às 19h45m, finalmente, são deixados em paz, com dores terríveis pelo corpo, em especial na área proctológica. Ao verem uma roullote de venda de bebida nas proximidades, decidem embriagar-se uma vez na vida e comer umas sandes de couratos (mesmo que seja pecado!).
Tomam um bagaço adulterado com metanol e precisam voltar ao Santa Maria. Os médicos também diagnosticam gonorreia.
Segunda-Feira, 23h42m: os dois terroristas fogem de Lisboa escondidos na traseira de um camião de electrodomésticos, assaltado horas depois na Serra da Musgueira. Desnorteados, famintos, sem poder andar ou sentar-se, eles são levados por uma carrinha de Apoio aos Sem Abrigo, organização ligada aos direitos humanos para a área metropolitana de Lisboa. Viajam deitados de lado. Na capital novamente, deambulam o dia todo à cata de comida e por volta das 20 horas acabam adormecendo debaixo da marquise de uma loja na Rua do Coliseu, no centro. A Polícia Judiciária não revelou o hospital onde os dois foram desta vez internados em estado grave, depois de espancados quase até à morte por um grupo de SKINHEADS.
Sabe-se que a Polícia Judiciária deixou de se preocupar e vigiar estes membros da Al Qaeda por considerar que as suas intenções foram desvanecidas e já não constituem qualquer tipo de perigo à integridade nacional, e até os está a ajudar, tentando encontrar uma organização humanitária que lhes possa dar apoio para o regresso ao Afeganistão, isto tudo a pedido dos mesmos.

17/11/05

Feiras de automóveis - Há quem adore.

A identificação do chamador.

-Olá, sabes quem eu sou.
-Sei.
-Sabes como? Não falamos há séculos.Não me digas que me conheceste a voz...?
-Claro, Clara.
-Estou espantada.
-Como me podia esquecer...

16/11/05

O aviário.



O aviário de Lisboa é tão bonito visto de fora.

14/11/05

O passeio de Souto Moura.

A Procuradoria Geral da República é uma espécie de árbitro superior. Sempre ouvi dizer que o melhor árbitro é aquele que nem se dá por ele. O passeio de Souto Moura pela PGR está cheio de aparições, comentários a dizer que não comenta e tudo o que é desaconselhado à função. Falta muito para ir para outro lado?

13/11/05

Para resolver a Casa Pia....

Porque é que a nossa brilhante Justiça não faz, à semelhança do que fez com o caso Joana; um julgamento com jurados?

11/11/05

São Martinho

As pessoas, hoje em dia, bebem tanto todos os dias que já ninguém se lembra do São Martinho.

600 portugueses aumentam de pénis este ano. (CM)

Quandos os problemas são grandes, nada como aumentar o que se tem de pequeno para ficar ao mesmo nível.

10/11/05

Quem mexe no mel...

O abuso (alguns chamam ousadia) parece ser uma característica dos portugueses desde sempre. Contudo, parece que só agora começamos a dar conta disso. Desde pequeno que oiço dizer: que os polícias gamavam, que as companhias de seguros enganavam, que os taxistas metiam a unha, que os árbitros se compravam, que os empreiteiros pagavam luvas, que há juízes padrinhos, etc... foram coisas que ouvi desde sempre. O meu avô costumava sintetizar tudo com um: "Quem mexe no mel, lambe-se."
Mesmo estas entradas novas dos professores que metem atestados da treta e de médicos que os passam não são novidade, eram inseridos nas baixas fraudulentas e nos atestados manhosos da população em geral. Foi sempre assim que eu ouvi.
Estou ciente que grande parte dos portugueses também ouviu, como eu. Estranho, por isso, o enfoque que se dá aos vários casos vindos a público de prisões, processos, inquéritos, etc... Parece que andamos todos a querer fundamentar que já sabíamos. Ou será que isso nos faz sentir menos culpados pelos nossos pecaditos?

Surgiu, agora, um caso diferente cujos intérpretes são uma classe que eu chamo de "enterras". Enterram-nos os mortos e enterram muitos vivos, também. Alguém se zangou, queixou-se e o funeral de Amália vem agora para as notícias. Porque veio agora, o porquê da queixa ainda não sabemos mas há uma coisa que sei e que quero partilhar: queixar é uma complicação tão grande que raras vezes compensa. E mesmo quando compensa o custo foi paradoxal.

OE06.

A discussão do Orçamento de Estado para 2006, roçou o patético. Não é novidade embora me tenha parecido que desta vez superou as anteriores. Frases como: estamos de acordo com grande parte mas votamos contra, não são apropriadas ao estado geral do país. Aquela espécie de "levanta-te e faz rir", que me parece o esforço maior dos deputados, não se coaduna com a situação vigente. E isto é tão mais preocupante quando sabemos que só pelo facto de aqueles senhores estarem ali a fazer-se de engraçados já têm um futuro garantido, muito superior à maioria dos portugueses.
É necessário não transmitir aos eleitores a repulsa pelo voto.

09/11/05

Ele, afinal, também acerta:

"É mais fácil encontrar alguém sem as mínimas condições de subsistência nos Estados Unidos do que na maior parte dos países da Europa. Em contrapartida, é muito mais fácil encontrar um desempregado na Europa do que nos Estados Unidos"

José Manuel Fernandes, PÚBLICO, 8-11-2005

08/11/05

A mãe faz anos.

Credo que soneira, dormi demais concerteza. Hoje a mãe faz anos e é preciso ajudar a preparar o dia. Vou ter saudades, pensamentos transversais, nostalgias. Vou estar a repetir constantemente que está tudo bem e a tentar ser paciente com tudo o que não concordo. Vou jantar a um chinês, por certo, e pisar as mesmas calçadas onde cresci. Hoje vou responder a perguntas que respondo todos os anos e espero não me enganar. Hoje vou maximizar o ser filho que habitualmente está escondido atrás do ser pai. Hoje é dia 8 de Novembro.

07/11/05

Rodrigo Cabrita escreve assim no DN:

A onda de violência que começou nos subúrbios de Paris e já alastrou a outras cidades francesas levanta várias questões. Enquanto uns já falam num novo Maio de 68, outros atribuem os confrontos a grupos de vândalos organizados. Mas todos concordam que esta "guerrilha urbana" prova o falhanço do modelo de integração francês.

1-O que desencadeou a violência? Quinta-feira, 27 de Outubro, dois jovens de origem africana morreram electrocutados quando se esconderam num gerador eléctrico. Testemunhas garantem que os rapazes, de 15 e 17 anos, estavam a fugir à polícia, uma versão desmentida pelas autoridades. A 30 de Outubro, na terceira noite de protestos nas ruas de Clichy-sous-Bois, onde os adolescentes viviam, uma granada de gás lacrimogéneo, alegadamente lançada pela polícia, foi atirada para o interior da mesquita. O incidente trouxe a questão religiosa para os protestos.

2-Quem está por detrás dos confrontos? A revolta começou de forma desordenada, mas, à medida que os dias passavam, foi-se organizando. Os manifestantes, dirigidos por líderes locais, conhecem bem os bairros. Estes kaids, que controlam o tráfico de droga e de mercadorias roubadas, estão a "recrutar" jovens para defender os seus interesses. A maior parte dos manifestantes tem de 14 a 20 anos e é de origem africana, sobretudo magrebina. Segundo o diário espanhol El Mundo, estes jovens constituem "o exército ideal para os chefes das mafias que usam o descontentamento social para instrumentalizar esta guerrilha urbana".

3-Qual é a situação nos subúrbios? Nos bairros problemáticos em torno das grandes cidades francesas, o desemprego é muito elevado, tal como o insucesso escolar. Habitadas sobretudo por imigrantes, as banlieues são terreno fértil para a violência e as economias paralelas. A pobreza e sentimento de exclusão levam muitos jovens a revoltar-se contra o Governo - que acusam de os ter abandonado - e a considerar os polícias como "invasores". Segundo o Libération, os problemas "não vêm todos do Governo, revelam também uma sociedade incapaz de garantir a segurança e facilitar o acesso ao primeiro emprego" a estes jovens.

4-Como se chegou a esta situação nestes bairros? Os autarcas dos subúrbios acusam o Governo de ter cortado os 300 milhões de euros de fundos públicos destinados a estratégias de coesão social e à construção de novos alojamentos nas suas cidades. A imprensa europeia vê na violência urbana um sinal inequívoco do fracasso do modelo de integração francês. O chefe da diplomacia, Philippe Douste-Blazy, admitiu que a França se arrisca a "perder a batalha da integração" a favor da "radicalização religiosa". Em editorial, o New York Times afirmou que "os franceses podem menosprezar a política multiculturalista britânica, mas estes motins confirmam o fracasso da sua política de assimilação". A violência urbana veio relançar o debate sobre o regresso a uma polícia de proximidade. Esta a solução é defendida pela União Nacional dos Sindicatos Autónomos (UNSA) da Polícia para "garantir a prevenção nos subúrbios", explicou ao Le Monde o secretário nacional da UNSA, Marc Gautron.

5-Que papel desempenha o radicalismo islamita na presente crise? Nos últimos anos, o radicalismo islamita ganhou terreno nos subúrbios devido à frustração e desespero dos jovens que aí vivem. Sem nada a perder, estes vêem a religião como elemento unificador. A granada lançada para o interior de uma mesquita foi considerada pelos extremistas como uma agressão religiosa e usada como pretexto para a rebelião urbana de muitos radicais. Os moderados, por seu lado, apelaram à calma. Foi o caso de Larbi Kerchat, imã de uma mesquita de Paris, que condenou a violência, classificando os jovens que a praticam como "malfeitores". Na sexta-feira, a polícia garantia não haver "uma mão islamita" por trás dos confrontos dos últimos dias.

6-Existe o perigo de a violência urbana se tornar um problema à escala nacional? Já alastrou a várias cidades. Lille, Toulouse, Estrasburgo, Marselha e Dijon foram "contagiadas" pelos tumultos, que tiveram início nos arredores de Paris. Os subúrbios das grandes cidades francesas partilham com os da capital os problemas de desemprego e pobreza.

7-Porque é que os manifestantes pedem a demissão de Sarkozy? Defensor dos métodos repressivos e da política de "tolerância zero" para controlar os motins, o ministro do Interior está no centro das críticas. Em plena crise, a sua intenção anunciada de "limpar" os subúrbios da "escumalha" que os habita foram incendiárias. Num artigo de opinião no Libération, o sociólogo francês Hugues Lagrange compara a linguagem de Sar-kozy à da polícia militar brasileira, afirmando que as suas declarações parecem referir-se mais a uma "limpeza étnica" do que a uma operação de prevenção. Estas afirmações tornaram Sarkozy no inimigo para muitos habitantes dos bairros problemáticos, apesar de terem si-do proferidas por alguém que defendeu o voto dos imigrantes nas eleições municipais e o recurso à discriminação positiva. Para Lagrange, isto prova "a duplicidade" de um ministro que "pretende, ao mesmo tempo, satisfazer um eleitorado tentado pelo populismo e aliar-se aos imigrantes".

8-Quais as consequências políticas desta crise? Esta crise revelou as tensões no Governo francês, apesar dos esforços do primeiro-ministro Dominique de Villepin para apresentar uma "frente unida". Conhecido como o "Senhor Segurança", o ministro do Interior fracassou na área onde parecia mais forte. A imprensa de esquerda garante que esta crise prejudicou a imagem do líder da União para um Movimento Popular (UMP), "queimando" as suas ambições presidenciais. Quanto ao Presidente Jacques Chirac, o El Mundo vê no facto de ter intervindo apenas uma vez um "sintoma de que não tem nada a dizer".

Até que...

Não há razão para te esconderes,
por agora pelo menos,
para além da cidade luz, há vida
há luz e brilho e desejos brilhantes
e clandestinidade.

E vontade, tanta vontade.
Sereno, simples, sem medo
insisto sem embaraços, ainda calmo
até que aquilo que queríamos
já não seja o que queremos.

Em França, por ora...


O endurecer dos conflitos em França que são, já em si, um endurecimento dos conflitos dos últimos anos nos arrabaldes da capital. (Convém recordar que a média de carros incendiados diariamente ronda os 70 desde há anos a esta parte.) Mas este endurecer, dizia eu, tem levantado questões pertinentes cujas respostas dariam pano para mangas.
Comentam-se os acontecimentos, mostram-se imagens, citam-se discursos mas nada, ninguém diz o que está mal. Pior, ninguém diz o que é mal. A política, o receio de ficar do lado errado, o medo de ser responsável por alguma coisa tornou os europeus de hoje
num poço de hipocrisia. Parece que incendiar automóveis pode não ser uma coisa horrível, tão horrível como as cargas policiais, por exemplo. O exemplo americano tornou-se uma virose.
Os polícias carregam sobre moços que deitaram fogo a automóveis (se os carros pudessem carregar sobre os moços, eram mais um gang e pronto) e os moços deitam fogo a automóveis para serem carregados pela polícia. O que é que está errado? São os polícias, os automóveis, as escolas, os donos das viaturas?
É a política, então? Ah, pois é! Quando os políticos não se conseguem entender sobre assuntos tão elementares, a culpa é de que coisa?

05/11/05

Éter?

à sombra do hip-hop, descansado
fingindo, só pode, acusado
de tudo, de qualquer coisa
há sempre culpas no cartório.

saiu-me um trevo, da sorte
dá sorte, dá? acredita-se!?
embalsama-se sim, isso sim
disfarça-se, põe-se laços.

Não fui eu que fiz o mundo
E mesmo que fosse, não diria

Até porque eu não faço nada
Navego nas ondas que a vida faz.

04/11/05

Visitando Blogues

O Carlos escreve no Desblogeador de Conversa uma futebolada engraçada sobre os políticos. Leia aqui.

Cantemos:


Letra para um hino

É possível falar sem um nó na garganta
é possível amar sem que venham proibir
é possível correr sem que seja fugir.
Se tens vontade de cantar não tenhas medo: canta.

É possível andar sem olhar para o chão
é possível viver sem que seja de rastos.
Os teus olhos nasceram para olhar os astros
se te apetece dizer não grita comigo: não.

É possível viver de outro modo. É
possível transformares em arma a tua mão.
É possível o amor. É possível o pão.
É possível viver de pé.

Não te deixes murchar. Não deixes que te domem.
É possível viver sem fingir que se vive.
É possível ser homem.
É possível ser livre livre livre.


Manuel Alegre

03/11/05

Eu vi e ouvi


Ontem na SIC a menina Shakira a falar num português do Brasil muito bonzinho e a explicar algumas coisitas que lhe foram pedidas pelo apresentador. Às tantas falou-se na importância que as pessoas mais chegadas e que rodeavam a pequena tinham na sua vida artística. -Se não fossem elas eu correria o risco de me adorar a mim própria, disse.
O Sr. apresentador quiz colocar nessa frase uma presunção de convencimento por parte da rapariga. O Sr. apresentador foi burrito e não faz qualquer ideia da vida e dos pensares dos artistas de sucesso. E é chato termos de reconhecer que qualquer miudinha, mesmo sendo um cocktail de culturas como diz, baralhe a lógica de alguns portugueses.

JPP assustado?

Pacheco Pereira escreveu no seu Abrupto o seguinte: "É triste ver o desespero de causa que leva Mário Soares a levantar a questão da pensão de Cavaco. É a mais desapropriada das questões, em particular, vinda de Mário Soares que se pensava estar acima deste tipo de ataques rasteiros, que nele tem o precedente da campanha contra a situação conjugal de Sá Carneiro. É exactamente o mesmo tipo de tiros desesperados, alimentando a nossa inveja socializada de país pobre, que normalmente se voltam contra quem os dispara. O problema é que no caminho deixam lama por todo o lado, atingindo sempre mais quem mais próximo está dos defeitos típicos do nosso sistema político e do seu crónico desprestígio. E isso, queira-se ou não, seja injusto ou não, será sempre mais fácil de cair em cima de um político como Soares do que de um político como Cavaco."

Então questionar porque é que um cidadão que diz não ser profissional da política recebe pensões de político, é isto tudo? Que se passa com Pacheco Pereira? será que o habitual silêncio de Cavaco está, também, a preocupar o JPP?
A mim não preocupa nada, até desejo que continue, e desejo que Soares continue a puxar-lhe pela língua até que ele abra a boca e se espalhe ao comprido. Aí com Soares desgastado pela luta e Cavaco espalhadinho como só ele é capaz, Alegre será a alternativa de muitos mais portugueses.

02/11/05

BLOGUES: novos links.

Na coluna da direita, aqui ao lado, eu tenho colocado na secção BLOGUES escolhas minhas. O critério da selecção tem sido meu: ou porque me seduziu a sua leitura, ou porque têm informação útil para questões específicas, ou porque são de amigos, ou porque me irritam e eu quero, ....

(Os blogues dos amigos têm uma coloração especial, ao lê-los ouvimos a voz do escrevente e até imaginamos as suas expressões físicas, comentamos em voz alta e discutimos com amigos comuns.)

Hoje vou colocar uns novos blogues seleccionados de uma forma diferente. A maior parte deles não foram, ainda, suficientemente visitados por mim, mas são dos 50 mais visitados em geral. A saber:
Espumadamente - Atento, explicadinho e espumoso; Abrangente - Generalista, informado, explícito; Corte na aldeia - Citações, poesia, música no ar; Biscoito interrompido - O João, ainda, candidato a comediante; Procuro marido - Uma sucessão de fotos do sexo feminino com um apelo por baixo a dizer: Telefone-me, depressa. Tipo: mi liga, vai. Esquisito.

Boas viagens.

Sem ponte.

E lá se foram os 4 diazinhos bons. Houve empates, pão por Deus, crianças, Pacman e Manuel Alegre, amor e sexo, análise do terramoto de 1755 para memória futura (?), os anos do Artur, "Cerejeira" branco, mariscadas e cozido à portuguesa, Bombarral (Vale Covo), Mestre José Franco, Ericeira, Nostradamus...
Houve vida e sorrisos e muita alegria, só não houve ponte e não fez falta nenhuma.

31/10/05

Há fuga de cérebros para fora do país.

Pois claro que há, mas não é só de cérebros. Actualmente há fugas de tudo cá na nossa terrinha. E só não foge quem não é capaz. Ainda vamos ficar com os indigentes, os sem cérebro, sem emprego, sem abrigo, sem pernas, sem vida, sem futuro, sem passaporte, sem BI, sem dinheiro. E com os chineses, os indianos, os de leste, os africanos. Depois faz-se uma sopinha com estes todos, eu também fico, e regula-se uma nova pátria que vai ser melhor do que esta, mesmo assim.

29/10/05

Meus amores 2.


-Pai, já ouviste o cd com os meus beats?
-Já, há lá umas faixas engraçadas, mas devias pôr voz naquilo.
-Pois, ainda bem que falas disso, não dá para ir hoje ao estúdio bifar com os meus amigos de Pirescouxe?
-Dá, quantos micros são precisos?
-3 ou 4.
-Está bem, combina lá com os teus pretos e depois diz-me para eu ir lá preparar aquilo.

É tão bom ter filhos.

Meus amores.


É ainda tão de manhã, ainda durmo, a mais nova persegue-me também ela ainda a dormir, mas recusa-se a poisar. Tem de andar atrás de mim como uma cria temerosa. Faz festas a pedir festas, anicha-se no meu colo e continua a chuchar no polegar. Quer fazer tudo o que eu faço para me provar que já é capaz de fazer tudo: café, o sudoku,as torradas, pôr a mesa para os que ainda dormem.
-Pai, a seguir ao 139 é o qual?
E lá continua ela a espalhar escritos pela sala à laia de recados para os que ainda dormem. Está feliz, mesmo com sono e a fazer-me entender que as apenas 7 horas de cama desta noite vão-me ser cobradas ao longo do dia. Tenho, por isso, de programar o dia de forma a poder pagar essa cobrança.

É tão bom ter filhos!!

28/10/05

Navegando pelos blogues.

Há blogues deveras interessantes, outros nem por isso, mas há alguns que não se compreendem como este, alguém me pode ajudar a perceber a intenção?

Miguel Sousa Tavares na TVI

"Justiça: uma greve corporativa e egoísta

TVI - Continuamos com o braço de ferro entre o Governo e o sector da
Justiça. Como te parece o evoluir da situação? Quem tem razão nesta altura?

MST - A questão de fundo é saber se eles têm ou não razões para fazer greve.
Estou inteiramente de acordo com o que disse José Sócrates. Não percebo como é que uma alteração ao sistema de saúde, uma alteração às férias judiciais, a suspensão das carreiras - que é igual, provisoriamente, para todos os funcionários públicos -, o que é que tudo isso tem a ver com a independência. O que é que isso justifica que o presidente do Sindicato dos Magistrados do Ministério. Público, vá fazer queixa à ONU, ao comissário da ONU para a independência judicial? Nada. Cronologicamente, começou-se a adivinhar a greve assim que o Governo reduziu as férias de Verão dos
tribunais de dois para um mês. Foi a partir daí que se começou a organizar a greve. Aquilo que os magistrados deveriam ter feito e não fizeram - se não estavam de acordo com essa medida - era dizer: "esta medida não serve, concordamos que é preciso apressar a justiça, concordamos que os processos estão lentos, que a tramitação dos processos é insuportável para quem espera por uma sentença do tribunal, estas medidas não servem, estão aqui outras, vamos estudá-las". Irem para a greve só por acharem que está em causa a independência deles e o estatuto de dignidade deles não faz sentido. Mais uma vez digo: os magistrados, os juízes, os funcionários judiciais, o Ministério Público nunca pensam nos utentes da justiça. Nunca. Em todo este processo de greve já assisti a vários debates, tenho lido todos os artigos que se têm escrito e tenho-os ouvido falar profusamente sobre isto. Nunca
houve uma preocupação de dizerem como é que a Justiça pode funcionar melhor. Aparentemente eles acham que a Justiça está óptima, mas não está. E a prova que não está é que, tirando as pessoas que tinham os julgamentos marcados para esta semana e os seus advogados, ninguém vai dar por esta greve. As pessoas esperam anos em tribunal. Uma semana não vai fazer nenhuma diferença. Por isso acho que esta greve é uma greve por razões sindicais corporativas mas, sobretudo, é uma greve egoísta porque, quanto mais ouço as explicações dos magistrados, menos razões vejo para ela.

TVI - Mas há um grande descontentamento...

MST - Ninguém gosta de perder privilégios. Isso é mais que óbvio. Mas, particularmente porque se trata de um órgão de soberania e porque são pessoas que têm, por profissão, de serem justos, elas devem olhar não para a sua situação particular mas para a situação dentro do conjunto dos funcionários públicos, dentro do clima económico e das dificuldades financeiras que o país tem e, sobretudo, dentro da ineficácia da máquina da Justiça. E têm de encontrar soluções. Não é porem-se numa ilha, numa torre de marfim, e dizerem: "nós temos este estatuto e não abrimos mão, senão está em causa a nossa independência". Eu ouvi explicações do arco-da-velha. Até houve um magistrado que disse que o Governo quer é substituir o procurador-geral da República por um político e o Conselho Consultivo da Procuradoria, por capatazes políticos, etc. Nada disso está em causa."

Agora é só trocar justiça por outras áreas e o desenvolvimento pode ser quase igual.

26/10/05

Manuel Alegre


Porque não chega dizer que Mário Soares já não é capaz, que não é o regresso de Cavaco que queremos, porque não chega deitar abaixo, vamos fazer alguma coisa. O mundo dos blogs está lá como se pode ver aqui e aqui.
Até porque podemos apoiar Manuel Alegre pelo que ele é mas também pelo que ele não é. E ele não é um candidato partidário.
E não é altura de começar a pensar?

24/10/05

Pois...

-Tens onde pôr isso?
-Tenho, porquê?
-Por nada só para saber.
-Ok.
-Mas afinal isso é o quê?
-Aaaaah!

23/10/05

Canto de Paris

Não fora o grito, a faca
de súbito rasgando
a fronteira possível...

Não fora o rosto, o riso
a serena postura
do cadáver na praia...

Não fora a flor, a pétala
recortada em vermelho
o longínquo pregão,
o retrato esquecido,
o aroma da pólvora,
o grade da janela

Não fora o cais, a posse
do nocturno segredo
a víbora, a polícia
o tiro, o passaporte
a carta de Paris,
a saudade da amante.

Não fora o dente agudo
de nenhum crocodilo...

Não fora o mar tão perto,

não fora haver traição.


(Fausto)

A não ser,

A noite caiu, com enorme estardalhaço
a lua mostrou a cara
apagou-se o meu cigarro
e estamos os dois errados.

Dei um salto sem balanço

Perdi a noção do espaço.

21/10/05

Aborto ao alvo.

Quando já ninguém esperava ver mais o aborto a ser usado como arma de arremesso, eis que ele é atirado de novo.
Assim, em vez das notícias serem todas relativas a Cavaco e Silva este tem de as dividir com o aborto que se lixa.

Apresentou-se e...

E a apresentação da candidatura do Prof. Cavaco e Silva que parecia a apresentação de um presidente da república acabado de ser eleito...

E eu que queria ouvir o Sr. e ao ouvi-lo não consegui pior que rever o tempo em que aquela figura, com aquela voz, foi 1º mnistro...

20/10/05

Eckart Tolle Dixit

“A inconsciência comum é sempre relacionada, de algum modo, com a negação do Agora. O Agora, naturalmente, também implica o aqui. Você está resistindo ao aqui e agora? Algumas pessoas prefeririam estar num outro lugar. O "aqui" delas nunca é suficientemente bom. Observe-se e verifique se isso acontece em sua vida. Onde quer que você esteja, esteja lá por inteiro. Se você acha insuportável o seu aqui e agora e isso lhe faz infeliz, há três opções: abandone a situação, mude-a ou aceite-a totalmente. Se você deseja ter responsabilidade sobre a sua vida, deve escolher uma dessas opções e deve fazê-lo agora. Depois, arque com as consequências. Sem desculpas. Sem negatividade. Sem poluição física. Mantenha limpo o seu espaço interior.”

Resultados ao intervalo.

Professores-1 Governo-6
Saúde-3 Governo-2
Selecção FP-2 Governo-4

19/10/05

Supondo que o campeonato começa amanhã...

Duas equipas de respeito vão encontrar-se amanhã em Lisboa para a abertura do campeonato. Professores e Governo decidem amanhã quem será o vencedor da primeira jornada. Estarei atento ao resultado.

Os sportinguistas são lixados.

Dias da Cunha demitiu-se. Os sócios marcaram uma concentração para as 18 horas frente à sede. O que é que eles querem mais?

Os ingleses são lixados.

Cristiano Ronaldo foi investigado e prestes a ser detido por suspeita de violação.

Será que percebemos o alcance?

O economista Miguel Beleza, que quando despe a camisola do partido é um indivíduo com muita piada, disse há dias num debate na RTP1 que o problema do F.C. do Porto se devia ao facto de o presidente Pinto da Costa estar muito ocupado com a sua Carolina (será este o nome?). Toda a gente se riu mas será que toda a gente percebeu o que representa essa mulher para um homem de 60 e tal anos? Em traços largos diria que é o renascer do corpo e o medo de que ele acabe. É isto mesmo para além dos possíveis sentires. Há coisas que são universais em todos os humanos.

18/10/05

Há dias...




Tenho dias em que a minha cabeça gira em torno de si própria a uma velocidade estonteante, não a cabeça propriamente dita mas o seu miolo, como é óbvio.
Para os psicólogos isso configuraria um quadro pré-depressionário, para alguns dos meus amigos seria sinal de consumo de cocaína ou de LSD. Para o Marques Mendes era o sinal negativo da maioria absoluta, para o Louçã seriam as feridas do avanço da direita. E por aí fora...
Para mim é branco que nunca me consegui habituar ao vinho tinto.

Hoje...

-Hoje vamos continuar a ouvir dizer que o Peseiro não presta para treinar o SCP mesmo sabendo que o homem já não o quer fazer.

-Hoje vamos ouvir dizer que o orçamento de estado é uma roubalheira para o bolso do cidadão mesmo sabendo que não podia ser de outra maneira.

-Hoje vamos ouvir dizer que foram feitas mais uma quantidade de análises para saber se a gripe das aves já chegou à Europa mesmo sabendo que ela está aí.

-Hoje vamos ouvir dizer que Cavaco e Silva se vai candidatar a presidente da república daqui a 2 dias mesmo sabendo que já se candidatou há meses.

-Hoje vamos outra vez ouvir tudo o que já sabemos e nem podemos ser surdos.

17/10/05

Os futebois em jornada, a 7ª.

a) O que seria do Peseiro se treinasse o FCP?

b) O SLB não precisava do Petit para ganhar.

c) A opção de Scolari sobre os guarda-redes é tão aceitável como outra qualquer.

d) O SCP vai ser pioneiro em mais um item: jogadores que despedem treinadores.

e) A expulsão de Leo foi para garantir que o árbitro ia dormir a casa.

15/10/05

FCP vs SLB

Podiam empatar que não fazia mal nenhum, mas palpita-me que vão perder os 2.

Fim de Semana

A miudagem corre de um lado para o outro entusiasmada com a saída. Vamos ao Lagar do Panças e depois para o mar. Nos miudos ainda vive aquela tal perspectiva da vida, é bom. Acordei a pensar que todas as pessoas beneficiavam muito em passar pela vida apenas com um/a companheiro/a, depois desenvolverei. Afinal, para mim, também há fins-de-semana, as escolas assim obrigam.

14/10/05

O Sr. Dionísio

O Sr. Dionísio vem de perto de Benavente, onde tem as suas terras, para a EN 10 junto a Lisboa para tentar vender as suas batatas. Há um mês que ali está, camioneta cheia e um pedaço de cartão rasgado de um caixote que diz: batatas 5€. Outro dia parei a conversar com ele, contou-me o que sei e queixou-se que ia deixar de vir porque não vendia mais de 4 sacas por dia e isso mal dava para o gasóleo. Como já lá iam vários dias, hoje voltei a parar junto do Sr. Dionísio para saber como ia o negócio. Muito bem, disse ele, só hoje já vendi 11 sacas. Fiquei curioso, será que o pessoal passou todo a comer mais batatas após as autárquicas? O Sr. Dionísio diz que não, ele acha que tudo se deve ao facto de ter passado a escrever no pedaço de cartão: Promoção 5€. pode ser....

O que é isto?

Ao chegar a Salamanca rumo à XV Cimeira Ibero-americana o sr presidente da República da Colômbia, Álvaro Uribe, diz assim: "Há tantas cimeiras e tão seguidas que às vezes se tornam detestáveis, até se convertem em turismo presidencial."
Não é na Colômbia que há muito pósinho daquele? E não trouxe?

13/10/05

será que eles dão mesmo o que as pessoas querem?

Por uma razão qualquer desconhecida, hoje não estava a conseguir enfiar aqui um post. Comecei a tentar pelas 10 horas da manhã e só agora estou a conseguir. Se ele aparecer é porque consegui.
Aproveitei estas cerca de 5 horas para fazer uma autêntica maratona pelos blogues e li de tudo. As presidenciais, as autárquicas, o voto electrónico, música, outras artes, alguns amores, atrevimentos vários, um bocadito de non-sense aqui ou ali, os insatisfeitos do CDS, alguma poesia, anedotas e por aí fora...
Presumo e as visitas contadas comprovam, que quem escreve nos blogs quer ser lido e consegue sê-lo. Sendo que nada ou quase nada li sobre assassínios, roubos, violações, pedofilia, reality-shows, droga e ordinarices em geral, quero perguntar:
-Será que é mesmo porque as pessoas querem que a maioria da comunicação social escolhe os conteúdos que lhes oferece?
Que se reflicta!

12/10/05

.....................................! Posted by Picasa

11/10/05

Rescaldo final.

E no dia seguinte lá estão eles a recontar espingardas, a contabilizar vencedores e vencidos, a acusar e a prometer. Falam os Srs. em cima do palanque (alguns palanques maiores que outros): para uns não foi nada, para outros o povo quer alterações na política e etc... como, aliás, acontece sempre. Tudo como dantes, menos uma realidade que teimam em não querer ver e que é, para mim, talvez a ilação mais importante a tirar destas eleições. O povo votou não contra o Governo (era expectável que ele fosse muito mais penalisado), não contra este ou aquele partido mas acima de tudo contra a confusão em que a justiça se transformou neste país. Reparem que todos aqueles que de alguma forma estão a braços com processos judiciais foram eleitos e alguns quase sem campanha eleitoral, parece até que ter problemas com a justiça era o bastante para vencer as eleições. E ainda houve outros menos mediáticos que também lá estão como, por exemplo, quem concorreu por Salvaterra de Magos e Montijo. Há uma excepção (há sempre) que foi o Sr. Avelino Ferreira Torres, mas este porque limpou o rabinho antes de fazer a necessidade e quis ganhar o quintal do vizinho.
Que faltará para que de uma vez por todas seja feita uma reformulação na justiça? O povo já disse.

10/10/05

Não querem nada connosco.

• TEMPESTADE VINCE
Chuvas fortes, rajadas de vento para 3ª feira
Chuvas fortes, rajadas de vento de 100 quilómetros/hora e trovoadas vão atingir, terça-feira, Portugal continental como consequência da tempestade tropical «Vince», que domingo se formou entre os Açores e as Canárias, informou esta segunda-feira o Instituto de Meteorologia

( 14:57 / 10 de Outubro 05 )


Em conferência de imprensa, o meteorologista José da Costa Teso explicou que as más condições meteorológicas previstas «são consequências do furacão que terça-feira, cerca das seis horas da manhã, já estará numa fase dissipada», a perder força.

Segundo José da Costa Teso, «os efeitos da tempestade tropical só se vão sentir nas próximas 12 a 18 horas, sendo previsível que o território continental, em especial as terras altas e o litoral, seja atingido por fortes chuvadas, rajadas de vento e trovoadas».

«Estas condições meteorológicas são o resultado de uma conjugação da tempestade com uma frente fria e uma depressão», explicou.

O Instituto de Meteorologia prevê uma melhoria nas condições meteorológicas a partir de quarta-feira, embora devam continuar os aguaceiros.

Entretanto, a Protecção Civil (SNBPC) aconselhou as pessoas a fechar as janelas e as portas e a terem cuidados redobrados nas estradas por causa da possível formação de lençóis de água devido às fortes chuvas e rajadas de vento previstas para terça-feira.

A tempestade «Vince» está a deslocar-se no Oceano Atlântico para leste-nordeste a cerca de 20 quilómetros por hora.

Acabou a seca.

Destas já nos livrámos, os milhõesinhos de euros já se gastaram e lá temos no seu lugar a composição autárquica.
Os senhores forem eleitos com poucas surpresas, os empreiteiros e os que têm dinheirinho a receber das câmaras dão agora por bem gasto o seu dinheiro na campanha e esperam que esse dinheiro seja fêmea e comece já a dar filhinhos. Há, contudo, uma coisinha que importa reter: -Quem dominou estas autárquicas? Ora a mim parece-me que foram aqueles apelidados de candidatos bandidos. A estes foi dada uma exposição escandalosa, foram-lhes chamados nomes impróprios e até, pasme-se, já há quem extrapole os nomes que lhes chamam para os eleitores que neles votaram. Nada mais injusto.
Se há bandidos aqui, só podemos apontar o dedo a um: a justiça. Nenhum acusado mesmo que obviamente culpado vai aceitar ir de cana se a lei lhe permitir ficar cá fora? (-quando encontrarem um burro desses digam-me). Há ainda outra coisa que me confunde: -porque é que em eleições nunca ouve este tipo de tratamento em relação ao Alberto João Jardim? Ele não é bandido ou é muito mais bandido que os outros?

Bom tempo.

Quero agradecer às tempestades, às mudanças atmosféricas, ao Bush e a quem de direito. Hoje estou realmente entusiasmado, finalmente vejo chover e o vento entra-me pelas janelas. Já tinha saudades disto.

07/10/05

Pensamentos ( )

a nuvenzita passa devagarinho, indiferente, e eu e tu olhamos e estamos a ver a mesma coisa, mas nem sabemos. Quando nos chegámos um ao outro estávamos a olhá-la e sentimos frio, os dois ao mesmo tempo. Viamos e sentiamos a mesma coisa ao mesmo tempo. Como é possível estarmos com pensamentos tão diferentes?

04/10/05

Nasce-se para isto, não é?

Chama-se Clementina, da Nazaré como Jesus, e foi. A tristeza invadiu a minha casa.

28/09/05

Numa esplanada de Israel.

-Não man, eu não posso concordar com o Sharon.
-Em relação a quê?
-A ter deixado os colonatos àqueles terroristas. Não me conformo, man...
-Ouve, vê o lado bom da coisa, agora podemos disparar sobre eles à vontade sem correr o risco de aleijar algum dos nossos.

27/09/05

Ai faço, faço.

Eu já disse, mas parece que ninguém me liga. Mas é verdade e repito se a GNR, a PSP, a FP e até os magistrados fizerem greve, EU TAMBÉM FAÇO!!!

24/09/05

Descoberta.

Foi descoberta uma pessoa no mundo que consome doses industriais de cocaína e que realiza orgias sexuais. A drogada e tarada sexual chame-se Kate Moss. O assunto tem mantido informações diárias nos órgãos de comunicação social.

23/09/05

Livra.


A estrada acabou, agora é mato. Vai à tua vida, já não há mais condutor nem conduzido. Nem mártires nem heróis, nem nada que valha a pena contar. Cada um desbrava por si e pode ser que cheguemos a piso firme, de novo. De qualquer forma não deites fora o meu número de telefone, se te safares dá-me um toque que pode ser que eu me safe também e queira voltar para o mato.

22/09/05

hoje estou nesta:


"Amor — pois que é palavra essencial
comece esta canção e toda a envolva.
Amor guie o meu verso, e enquanto o guia,
reúna alma e desejo, membro e vulva.

Quem ousará dizer que ele é só alma?
Quem não sente no corpo a alma expandir-se
até desabrochar em puro grito
de orgasmo, num instante de infinito?

O corpo noutro corpo entrelaçado,
fundido, dissolvido, volta à origem
dos seres, que Platão viu completados:
é um, perfeito em dois; são dois em um.

Integração na cama ou já no cosmos?
Onde termina o quarto e chega aos astros?
Que força em nossos flancos nos transporta
a essa extrema região, etérea, eterna?

Ao delicioso toque do clitóris,
já tudo se transforma, num relâmpago.
Em pequenino ponto desse corpo,
a fonte, o fogo, o mel se concentraram.

Vai a penetração rompendo nuvens
e devassando sóis tão fulgurantes
que nunca a vista humana os suportara,
mas, varado de luz, o coito segue.

E prossegue e se espraia de tal sorte
que, além de nós, além da própria vida,
como activa abstração que se faz carne,
a idéia de gozar está gozando.

E num sofrer de gozo entre palavras,
menos que isto, sons, arquejos, ais,
um só espasmo em nós atinge o climax:
é quando o amor morre de amor, divino.

Quantas vezes morremos um no outro,
no húmido subterrâneo da vagina,
nessa morte mais suave do que o sono:
a pausa dos sentidos, satisfeita.

Então a paz se instaura. A paz dos deuses,
estendidos na cama, qual estátuas
vestidas de suor, agradecendo
o que a um deus acrescenta o amor terrestre."

Carlos Drummond de Andrade

O povo é lindo.

À semelhança do que tem acontecido com Isaltino, Loureiro e afins, também a Dra. Fátima Felgueiras foi recebida em apoteose após aquele jogo de rato e gato com a justiça (nunca entendi qual dos bichinhos era esta última).
À semelhança de outros casos, também aqui foi comum ouvir o povo dizer: - Enganou o estado, fez muito bem, ele também passa a vida a enganar-nos.

Lindo povo este que aprecia tanto quem os rouba e engana e que continua a achar que o estado são os outros.

21/09/05

Ela vem aí....

Agora não posso, vou esperar a Fátima Felgueiras ao aeroporto.

20/09/05

São só 2?

Diz a comunicação social que as candidaturas de Cavaco e Soares demonstram que o país não teve capacidade para gerar novos políticos. Eu acho que é a comunicação social (CS) que incapacita. Então não há outros senhores candidatos? E não é a CS que limita as escolhas aos candidatos do PS e do PSD?

19/09/05

Realmente...

A renovação das grelhas televisivas trouxe-nos mais um molho dos chamados reality shows. Já sei que ninguém vai ver e que mesmo sem ver criticarão duramente, o costume. Também sei que eu vou ver sempre que me aparecer pela frente como aliás faço, por exemplo, com os jogos de futebol do Benfica.
Acho, no entanto, que quem prepara e produz estes programas tem de trabalhar e muito para conseguir atrair espectadores, é preciso algum trabalho criativo para acrescentar algo ao reality show global e contínuo em que se tornou, hoje em dia, a televisão. Os concorrentes são outros, é verdade, mas o que os diferencia dos Carrilhos, José Marias, Cavacos, Felgueiras, Valentins, Zambujos, Soares, Isaltinos, Jardins, Carmonas, Santanas, Gamas, Sampaios, Avelinos, etc...?
As novas apostas chamam-se: Senhora Dona Lady, Esquadrão G, 1ª Companhia. As que já existiam chamam-se: Iraque, Katrina, Autárquicas, Presidenciais, Referendo, Reforma, Casa Pia, Ingovernabilidade, etc...
Se os reality shows, agora estreados, tiverem regras iguais para todos e estas forem cumpridas se calhar a televisão melhorou.

17/09/05

-Dá cá mais 5. -Não dou!

Não sou, nunca foi, grande admirador do Professor Carrilho. Sei que é boa pessoa e até já beneficiei das suas medidas mas não o aprecio. Há duas espécies principais de "filósofos": aqueles que utilizam o conhecimento para explicar tudo mas mantendo as dúvidas e outros que aplicam esse conhecimento de uma forma moralista, considero que o Manuel Maria pertence aos segundos. É por isso que não gosto muito.
Numa espécie de debate na Sic Notícias entre os candidatos dos 2 maiores partidos à CML, o Prof. Carrilho sentiu-se ofendido e já em off ignorou o estender de mão do outro Sr. A comunicação tem dado um enorme enfoque a essa situação e é geral a acusação de má-educação do homem das filosofias. Não entendo. O que deveria ser escrito era que o Prof. Carmona esteve a enganar os espectadores e mal acabou o debate quis terminar o engano ou, no mínimo, o aperto de mão era para provocar.
Pergunto eu se uma pessoa acaba de nos ofender a que propósito não cínico vou eu apertar-lhe a mão logo a seguir?
Curioso foi também ver que parecia que todos os meios da TV já estavam à espera disso.

16/09/05

Sinal I

Ainda não me consegui habituar aos dias normais. Os dias, agora, são tão pequeninos que eu preciso de fazer 3 para viver 1. Isso está-me a sair do pelo. Deitar às 4 e levantar às 8 começa a ser pesado ao fim de 3 dias. Estou a ficar estranho, estou a precisar de festas todos os dias como se o mundo estivesse a acabar. Isto será algum sinal?

13/09/05

Que nervos...

Uma das pessoas mais equilibrada intelectualmente que eu conheço diz isto:

- Aquela puta daquela expulsão não lembra a ninguém. Como é que é possível expulsar um gajo por uma rasteira inocente numa jogada de meio campo? E depois vêm os comentadores desportivos, o conjunto de pessoas que menos beneficiou da chamada evolução humana, dizer que se aceita porque foi uma entrada ríspida e não sei quê. Aceita-se mas é o caralho. Pensava que o futebol era um jogo para homens de barba rija, mas parece que o querem transformar num jogo para mariquinhas que soçobram perante qualquer contacto físico."

É por estas e por outras que o clubismo cego é uma coisa detestável.

12/09/05

Estes chegam para mudar a lampada? Posted by Picasa

Tribunais e quartéis: close

Os senhores militares dominam o assunto, conhecem muito bem o tema dos «direitos adquiridos». Fizeram, aliás, uma revolução em Abril de 1974 por causa disso. Foram os militares que nos libertaram do regime antigo e acabaram com todos os direitos adquiridos que a sociedade de então mantinha.
É mais do que legítimo, portanto, devolver-lhes a questão. E lançar o desafio: quem está disposto a liderar uma outra revolução para acabar com os direitos adquiridos deles? E com os dos senhores juizes, magistrados e funcionários judiciais?
Não é Marques Mendes. Não é aquele senhor que substituiu Portas e não recordo o nome. E desengane-se quem espera resposta da esquerda. Os presidenciáveis Louçã e Jerónimo, sempre «anti» tratando-se de fardas, estão indignados, por não deixarem as Forças Armadas desfilar em paz.
E, muito provavelmente, não será também José Sócrates. Que foi tão valente a enfiar as duas mãos em todas as colmeias habitadas por estas «comunidades», como incapaz de aproveitar a oportunidade para mobilizar a nação para algo que ela há muito perdeu: um rumo. Um simples rumo.
Assim, parece a Costa do Marfim. Podia também ser o Ruanda, quando a instituição militar desafia a autoridade de um Governo e convoca todas as armas, do activo e reservistas, para as ruas.
Também afigura-se a uma qualquer República da América Central, onde os próprios órgãos de soberania se mobilizam para greves. Agora os tribunais, os juízes. Depois quem se segue? O Presidente da República pode fazer greve?
O que irrita não é ver esta gente aos berros. Não é ver o Governo isolado. Nem é confirmar a falta de senso e responsabilidade dos Mendes e associados. Nem sequer assistir com estupefacção a esta decadência institucional, a absoluta falta de respeitinho pelas autoridades democráticas.
As pessoas perderam o sentido da nação, mas isso não irrita. Preocupa, angustia, desilude. Mas não irrita. O que irrita são os motivos desta crise. Tudo o que está na origem deste ambiente, em que cheira a fim de regime. A Armada em passeata. Tribunais fechados. Sem lhes assistir a razão. Militares e agentes da justiça.
Por mais que desfilem de braço-dado com Louçã, por mais comícios que Jerónimo dedique em defesa dos seus «direitos adquiridos», os senhores militares não têm causa alguma. E mentem descaradamente, quando dizem estar a defender a dignidade da instituição militar.
Treta! Estão a defender a vidinha que os contribuintes lhes garantem - uma vidinha, diga-se, que os contribuintes gostariam mas o país obviamente não permite.
Há 31 anos lideraram um golpe para conquistar a liberdade. Agora ameaçam o regime para não pagar a conta da farmácia ou ir para casa, com salário completo, ainda antes dos 50.
Também a anunciada greve geral na Justiça não é justa. Viu-se coisa igual em 1988. Ano em que Cavaco os sossegou, criando um impraticável regime especial. O mesmo que Sócrates está agora, quase vinte anos depois, a eliminar.
E porque a maioria dos portugueses, os tais contribuintes, não percebe e não apoia o Governo? Porque em vez de lhe ter explicado que era justo, apresentaram-lhe isto no pacote das medidas contra o défice! O povo quer um rumo e deram-lhe um disco riscado.

Sérgio Figueiredo

Anti-americanismo primário.

Aqui, na nossa terra, tornou-se difícil fazer alguma espécie de crítica a G. W. Bush e eu ainda nem percebi bem a razão. Qualquer coisa que se diga contra o Sr. recebe como resposta a acusação de anti-americanismo. É estranho, até porque havia tanta gente a cascar no Santana Lopes e ninguém lhes chamava anti-lusitanismo.
Agora estou mais satisfeito, já arranjei muita cumplicidade nos EUA.

Veiga confirma.

O post sobre a gripe das aves que aqui coloquei foi agora confirmado pelo Sr. Veiga, diz ele que o Benfica está cheio de papagaios. Gripe das aves, portanto.

09/09/05

Quê?

Se as eleições presidenciais fossem hoje nem havia segunda volta, dizem eles.
O quê?

07/09/05

O pequeno líder.

O Isaltino chama-lhe nomes, o Valentim Loureiro chama-lhe nomes e promete dar tau-tau, o Alberto João despreza-o, o Menezes ralha com ele, o Prof. Marcelo torce o nariz, o Santana diz que não o entende. Mas afinal é o pequeno líder e mais quem?

A gripe das aves.

É claro que a águia diz que o primeiro milho é dos pardais, mas aquela exibição perante o galo deixou o bando dos vermelhos muito constipado. É a gripe das aves não é?

Ingovernável pois.

Uns tempitos fora e ao chegar deparo com uma realidade que não perceberia tão bem se estivesse a seguir diariamente os episódios políticos deste ingovernável país. Ingovernável, sim, como dizem os vizinhos e só não vê quem é ceguinho mesmo.
Anda agora meio mundo a queixar-se do malvado do Governo que lhes quer tirar direitos conquistados e até há quem faça ameaças veladas mas grosseiras, tipo: -nós é que temos as armas, e outros disparates incompreensíveis naquilo que se chama democracia. Mas então não andava todo o mundo a exigir aos governantes que remodelassem, que reformassem, que alterassem, enfim que invertessem o rumo pró-caos em que nos encontramos? Pois era, só que quando alguma coisa se tenta fazer caímos nisto. É por essas e por outras que hoje quem vai para os Governos vai somente com a preocupação de arranjar mais uns trocos para alguns e para conquistar mais alguma influência, eles também sabem que isto é ingovernável. O último a sair que apague a luz.

02/09/05

Hoje há copos.

Hoje há a Festa do Avante,com menos fulgor que outrora mas, ainda, com aquela tendência de transformar a liberdade em religião o que é bonito. Conheço doentes crónicos que só bebem uma vez por ano nesta festa. E vai lá estar aquele cheiro doce a erva no Auditório 1º de Maio por volta da meia noite. Acredita meu irmão....

01/09/05

Está quase tudo.

Chegou este mês desgraçado em que as despedidas se começam a preparar. Agora vem aí o regresso ao blog (tenho saudades), às televisões, aos jornais, às conversas da vizinha, enfim ao mesmo. Lá vou deixar para outros dias os peixes, as músicas, o vinho "Ribeiro", a forma física, e tudo, tudo o que daí deriva e me preenche tanto e que faz com que estes 3 meses sejam muito mais tempo do que os outros nove.

01/07/05

Que nome brasileiro tens tu?

Your Sexy Brazilian Name Is

Leandro Pera





(Gamado à BATUKADA)

28/06/05

Pergunta:

És tão bonita, pareces feita à mão.

Isto é um piropo positivo ou negativo?

23/06/05

És

Foste, nos outrora lentos hoje velozes passos do nada, a minha estrela-guia. Quando te vou voltar a ver?

04/05/05

Que sinfonia.

A passarada está tonta hoje, as formigas de asa levantaram e anda tudo numa roda viva. O chilrear dos pardais faz lembrar o mercado quando cheio, de vez em quando passa um pintassilgo e dá alguma côr ao som que eles emitem. Está bem, está tudo bem.

Ontem o Jorge disse-me ao telefone que se tivesse de arranjar uma namorada a última coisa que queria era uma professora, discutimos um bocado mas fiquei a pensar, quando tiver tudo pensado escreverei sobre isso. Hoje vou de novo voar, estou a gostar daquilo, depois conto.

03/05/05

Que mal

Hoje estou mal. Mal-disposto, mal-dormido e até mal intencionado. Sinto-me desapaixonado, oco e com uma enorme vontade de fazer feridas. Sinto-me como se o facto de não ter dormido me tivesse dado uma sobredosagem de vida e por isso, só por isso, eu esteja a ultrapassar os limites daquilo que acho decente, válido e aceitável para a minha pessoa. Alguns dirão que há dias assim, mas não há. Fazem-se dias assim e muitas vezes não sabemos viver esses dias. Eu não sei.

27/04/05

Elas disseram, eu ouvi.

....se o pirilau não fosse maior que os dedos, para que servia o pirilau?

21/04/05

Osho Dixit :

"A individualidade é um todo, é orgânica. A personalidade é esquizofrénica: o seu centro é uma coisa e a sua circunferência é outra coisa qualquer, e os dois nunca se encontram. E não só nunca se encontram, e não só são diferentes, como o são diametralmente opostos um ao outro. Andam numa luta constante. A personalidade é unicamente um mostruário; é uma exposição, não é a realidade. A individualidade é a sua realidade, não é uma coisa que se mostre."


Daqui desta janela, vejo o mundo, oiço-o. Lá fora...

20/04/05

O Papa.

Confesso que a escolha de um novo Papa não me diz nada, nem a escolha, nem o Papa, nem nada do que aquilo tudo representa. De qualquer forma cheguei a querer que o D. José Policarpo subisse, para poder dizer que o Papa era do Sporting. Como para muita gente o Papa é o representante de Deus na terra, Deus não seria sportinguista mas o seu representante na terra era e isso seria giro. Afinal vai para lá um que eu nem sei de que clube é.

19/04/05

Desequilíbrio.

Deixei de andar de comboio e de skate. Tenho pena. Menos do comboio mais do skate. Mas se é verdade que quem bebe não deve conduzir, mais verdade é que não deve andar de skate. No skate é preciso um bocadito mais de equelíbrio e, também, alguma concentração. Não tenho isso, por agora. Nem uma coisa nem outra. Contudo, não desisto e já tenho o carro de esferas quase pronto. Qualquer dia é que vai ser, eu no meu carrinho de esferas todo artilhado a descer a Avenida Ernest Solvay e a embasbacar todo o mundo.

08/04/05

Ai que dor...

DESARROLLO-PORTUGAL:Lejos de Europa
Mario de Queiroz

LISBOA, 21 sep (IPS) - Indicadores económicos y sociales periódicamente divulgados por la Unión Europea (UE) colocan a Portugal en niveles de pobreza e injusticia social inadmisibles para un país que integra desde 1986 el ”club de los ricos” del continente. Pero el golpe de gracia lo dio la evaluación de la Organización para la Cooperación y el Desarrollo Económicos (OCDE): en los próximos años Portugal se distanciará aún más de los países avanzados. La productividad más baja de la UE, la escasa innovación y vitalidad del sector empresarial, educación y formación profesional deficientes, mal uso de fondos públicos, con gastos excesivos y resultados magros son los datos señalados por el informe anual sobre Portugal de la OCDE, que reúne a 30 países industriales. A diferencia de España, Grecia e Irlanda (que hicieron también parte del ”grupo de los pobres” de la UE), Portugal no supo aprovechar para su desarrollo los cuantiosos fondos comunitarios que fluyeron sin cesar desde Bruselas durante casi dos décadas, coinciden analistas políticos y económicos. En 1986, Madrid y Lisboa ingresaron a la entonces Comunidad Económica Europea con índices similares de desarrollo relativo, y sólo una década atrás, Portugal ocupaba un lugar superior al de Grecia e Irlanda en el ranking de la UE. Pero en 2001, fue cómodamente superado por esos dos países, mientras España ya se ubica a poca distancia del promedio del bloque. ”La convergencia de la economía portuguesa con las más avanzadas de la OCE pareció detenerse en los últimos años, dejando una brecha significativa en los ingresos por persona”, afirma la organización. En el sector privado, ”los bienes de capital no siempre se utilizan o se ubican con eficacia y las nuevas tecnologías no son rápidamente adoptadas”, afirma la OCDE. ”La fuerza laboral portuguesa cuenta con menos educación formal que los trabajadores de otros países de la UE, inclusive los de los nuevos miembros de Europa central y oriental”, señala el documento. Todos los análisis sobre las cifras invertidas coinciden en que el problema central no está en los montos, sino en los métodos para distribuirlos. Portugal gasta más que la gran mayoría de los países de la UE en remuneración de empleados públicos respecto de su producto interno bruto, pero no logra mejorar significativamente la calidad y eficiencia de los servicios.

06/04/05

Manhã muito molhada

Estava eu a reouvir Madness quando um passarinho me entrou pela janela. Estava eu a tentar reenviar o passarinho para o exterior, tocaram à porta. Enquanto perguntava quem era no intercomunicador, tocou o telefone. Enquanto falava ao telefone, esperava que o carteiro viesse entregar a carta registada, os Madness já iam no our house e o passarinho não atinava com a janela, lembrei-me... A banheira estava a encher, ou seja a banheira já não estava a encher já tinha estado. Um pequeno tsunami caseiro.

04/04/05

Foi-se.

Não há mundo como o mundo onde o mundo não importa. Na obscuridade, nas estranhas entranhas do nada. Lá.
A vida é uma coisa sem sentido que se explique, fundamentar a vida é tão imbecil como pôr sapos a fumar, de nada serve a não ser a nada.
E não há nadas que sejam tudo, por mais que a minha querida redondinha se esforce.

Deu-me isto agora, acho que foi porque o papa morreu outra vez.

Galiza

Aquele cheiro de terra que se identifica como sendo o cheiro da terra que eu gosto. Aquele sorriso e afabilidade sempre presente nos naturais. Aquele palpitar sempre constante, como se o elo entre ritmo e poesia do Martin Codáx extrapolasse para o meu respirar e o meu sentir. Amo aquela terra.
É talvez a única que conheço, onde cidades, vilas, povos se fundem num só espaço sem divisões administrativas ou geográficas. Aquilo é a Galiza só!!!

É claro que tomei banho na nascente do rio Caldo, montei, bebi Ribeiro e comi muito. Brinquei com os sapos, identifiquei aves, sonhei e chorei. É sempre assim.

A Galiza é bonita digo eu que já a vi
Na Galiza vi teus olhos
Agora tenho-os aqui.

30/03/05


Peço desculpa mas a vida não pára, já só falta a Galiza depois estarei de novo connosco.

23/03/05

Do jornal Público.

Ministros de Santana adjudicam sistema de comunicações três dias após as eleições
23.03.2005 - 07h55 :

O ex-ministro da Administração Interna, Daniel Sanches, assinou um despacho conjunto com o responsável pela pasta das Finanças, Bagão Félix, três dias após as eleições legislativas, adjudicando um sistema de comunicações, no valor de mais de 500 milhões de euros, a um consórcio liderado pela Sociedade Lusa de Negócios (SLN), uma holding para a qual o próprio Daniel Sanches trabalhou, antes de integrar o Governo de Santana Lopes.
Manuel Dias Loureiro, deputado do PSD e presidente da mesa do congresso, também está ligado a este grupo como administrador não executivo. O ex-secretário de Estado dos Assuntos Fiscais de Cavaco Silva, Oliveira e Costa é o presidente da SLN.
A adjudicação do Sistema Integrado das Redes de Emergência e Segurança de Portugal (SIRESP) - uma infra-estrutura de comunicações móveis, que permitirá a interligação entre as várias forças de segurança, a emergência médica e a protecção civil - foi assinada no dia 23 de Fevereiro. O processo de escolha da empresa, que irá assegurar a rede durante pelo menos 15 anos, já tem um vasto currículo de polémicas.
Em Julho de 2003, o Governo convidou cinco empresas de telecomunicações a apresentar propostas a este meganegócio, mas apenas o consórcio vencedor enviou um projecto. Depois de terem pago 15 mil euros pelo programa de procedimentos, os restantes participantes desistiram, alguns alegando que o concursos estava previamente decidido.
O despacho de adjudicação foi publicado no Diário da República de 9 de Março. Neste documento, refere-se que o adiamento da adjudicação "poderia causar inevitáveis atrasos na implementação do SIRESP, comprometendo irremediavelmente a sua conclusão" no prazo estabelecido por uma resolução do Conselho de Ministros de 2003.
Essa mesma decisão determinava que o sistema deveria ser instalado em duas fases, ao longo de seis anos. A primeira, a executar entre 2003 e 2004, incluiria a instalação de estações de base e de toda a infra-estrutura básica em oito zonas urbanas, que iriam receber o Euro 2004. A fase seguinte seria concluída até 2008. A primeira etapa não chegou a ser cumprida, não tendo o sistema servido de base operacional a qualquer das entidades que garantiu a segurança e o socorro no Europeu de futebol.
Adjudicação é provisória
O PÚBLICO tentou contactar, sem sucesso, o ex-ministro Daniel Sanches, que se encontra de férias. Na impossibilidade de obter um comentário do governante, Fátima Franco, ex-assessora de imprensa do ex-titular da pasta da Administração Interna, explicou que a adjudicação foi feita a título "provisório", sendo "susceptível de revogação imediata". A assessora adiantou ainda que o contrato com o consórcio vencedor ainda não foi assinado e justificou a data da decisão, já depois das eleições, com o facto de se tratar de um processo "urgente". Já a ex-adjunta do ministro Bagão Félix, Jacinta Oliveira, contactada pelo PÚBLICO, apenas referiu que a questão já tinha sido levantada há duas semanas por um órgão de comunicação social e que nessa altura a resposta oficial foi que o assunto se tratava de uma "matéria substantiva do Ministério da Administração Interna".
Dias Loureiro, administrador não executivo da SLN, sublinha em declarações ao PÚBLICO, que não está ao corrente do que se passa com o processo e que acredita que o Governo tomou uma decisão que cumpre os requisitos de legalidade. Confirma que Sanches trabalhou para a SLN, como administrador da Pleiade (uma sub-holding do grupo) e de outras empresas deste universo, antes de integrar o Executivo de Santana, mas insiste na seriedade do ex-governante. "Daniel Sanches é uma pessoa integra e séria. Se tomou essa decisão é porque achou que a podia tomar", sustentou Dias Loureiro, que já foi accionista da SLN.
Preço reduzido em 200 milhões de euros
Num primeiro contacto com o PÚBLICO, o ex-ministro ministro da Administração Interna de Cavaco Silva não soube precisar se ainda detinha qualquer quota na SLN, acabando por completar, numa segunda conversa, que já não possuía acções da holding de que é administrador não executivo. Insistiu em referir que é presidente da Ericsson, a principal concorrente da Motorola - esta última empresa também faz parte do consórcio.
Contactada pelo PÚBLICO a SLN, que detém um total de 43 por cento do consórcio - 33 por cento através da holding e quase 10 por cento através da Datacomp, uma empresa do grupo -, enviou um resposta escrita, explicando que o projecto se integra numa parceria público-privada, que incluiu a concessão da rede por 15 anos. A empresa especifica que o SIRESP levará três anos e meio a concretizar, contabiliza um investimento global de 115 milhões de euros e será usado por 55 mil utilizadores de sete organizações: PSP, GNR, PJ, INEM, Cruz Vermelha, Marinha, Direcção-Geral das Florestas.
O montante referido não corresponde, no entanto, ao valor global do sistema, que está contabilizado por uma comissão independente em 538,2 milhões de euros. Esta comissão de avaliação, que emitiu um relatório final a 16 de Fevereiro, obrigou o consórcio, composto pela SLN, pela PT Venture (30,1 por cento), Motorola (14,9 por cento) e Esegur (uma empresa do grupo Espírito Santo que detém 12 por cento), a rever as suas condições, por considerá-las insatisfatórias do ponto de vista do interesse público. O preço foi um dos itens alterados, sendo reduzido em cerca de um terço, ou seja, menos 200 milhões de euros. Também foram introduzidas modificações técnicas no projecto e acrescentadas cláusulas que permitem o Estado acautelar situações de incumprimento. Os níveis de penalizações ao consórcio, no caso de inoperacionalidade da rede, também foram alterados em alta, já que foram considerados insuficientes pela comissão.
João Pires, um porta-voz do actual ministro da Administração Interna, António Costa, assegurou que o processo está a ser analisado pelo governante, sem adiantar mais pormenores.
O PÚBLICO contactou três das quatro empresas que desistiram do concurso. A Siemens precisou que não tinha comentários a fazer e a Nokia não respondeu. A Elocom, ligada à EADS, uma das concorrentes, explicou que não teve envolvimento directo no processo, remetendo explicações para os escritórios franceses da companhia.

15/03/05

Procura-se

Anda há minha procura faz amanhã um mês. Se alguém me vir por aí, por favor contacte.

(Hoje por mim amanhã por ti)

Antecipadamente grato,

14/03/05

Ela vem lá

Eles já andam aí, o seu chilrear já abafa o ruído do trânsito automóvel na EN 10. Ela está a chegar e mandou os seus batedores abrir caminho. Como todos os anos não vem sozinha, traz o atrevimento, os excessos de vontade, os reencontros, os “quando vamos beber um cafezinho?”, as paixões novas, o aumento dos gastos do telefone. É assim todos os anos.
Eu já recebi o aviso via sms: -A Primavera está a chegar, quando nos vemos?
E vocês?

08/03/05

Quando...

Quando tudo aquilo que é maravilhoso, tudo aquilo que brilha em toda a sua plenitude nos parece fosco estamos a bater no fundo. E quando batemos no fundo damos um impulso com os pés e regressamos rapidamente à superfície. É isto a vida!

07/03/05

?

Quê u é erre i dê à vê ó ele tê à – querida volta,
Eme u dê é i u esse i ene tê é erre i ô erre é esse – mudei os interiores.

Com estes novos, tudo é diferente, que mudança
Cores sempre vivas, com muita luz e lindo e fofo e tudo
E o brilho doirado e a áurea mesmo que torta, e
Eu e tu e eles. Nós.


E o som, o som dos outros, que eu não faço mais barulho
À noite, nas horas a seguir, no escuro onde nos clarificamos,
Como se por ser escuro a nossa claridade fosse mais evidente,
Aquele som incomoda tanto, tira o sono, atormenta


Talvez não se possa eliminar todos os sons
Talvez se tenha de gritar por cima
Talvez eu grite ou falhe todos os gritos
Talvez hajam inundações
Talvez nada se mude
Talvez sim ou talvez não

Mas, ainda hoje é 2ª feira.

06/03/05

Amar já era.

Mas amar é ser comunista?
-Não!
É ser dono?
-Não!
É ter?
-É!
O quê?
Qualquer coisa.
Amar é ser altruísta?
-Não pode ser!
(Ou és ou não és.
Com ou sem amores.)

Amar já era. Foi.
A dias. Instantes.
Todos!

A poesia

A poesia, ou as tentativas de a escrever, dá um grande jeito é verdade. Convida à preguiça, à não verdade, ao assegurar de que podemos amanhã dizer que aquilo que escrevemos era isto ou era aquilo conforme o que nos interessar ao momento. A poesia não é para levar a sério, ninguém pode concluir que um poeta era uma pessoa assim ou assado baseado naquilo que ele escreveu. Eu não acredito na poesia, como algumas pessoas acreditam. Eu não acredito que os poemas sejam mais do que mnemónicas para quem os escreveu e tenho a certeza que, muito embora sejam escritos sobre factos concretos, mais tarde nem quem o escreveu sabe porque o fez ou a que se refere. Estamos a falar de poetas a sério, daqueles que acordam com os sentires resumidos em pequenas orações que depois vão colocando de forma vertical num papel e que acreditam que é mesmo aquilo que sentem. Eu não gostaria de ser poeta.

05/03/05

O amor morreu

Morreu,
assim de repente.
Sem razão aparente
nem aviso. Nem sinais
nem nada.

Foi-se como veio
destruindo tudo o que encontrou pelo caminho
espalhando o caos e a dor.
Morreu o amor.

Mas não me deixou.
Está aqui ainda vivo e quente
dolorosamente presente.
Sem paixão.
Com tudo.

04/03/05

Síndroma do Coração Partido

Um estudo publicado no New England Journal of Medicine, a revista médica mais importante do mundo, conclui que os desgostos de amor, perdas de pessoas queridas e outros choques emocionais podem desencadear sintomas semelhantes aos de um ataque cardíaco. O fenómeno surge em consequência da libertação excessiva de hormonas do stress (como a adrenalina e a noradrenalina), que reduzem o fluxo de sangue para o coração e provocam sintomas como falta de ar, dores no peito ou batimentos cardíacos irregulares.
A equipa de cientistas da Universidade de John Hopkins, que pesquisou e publicou o estudo, deu um nome a este distúrbio: síndroma do coração partido.

Concluindo: eu só tenho doenças de nome bonito!

28/02/05

Pensamento 1

Para certos homens, ser mulher não custa nada!

24/02/05

Limpezas

Estou no limbo, a tentar limpar o que não tem limpeza. Contudo eu insisto, insisto sempre na esperança de pelo menos tirar um bocadinho de merda. Merda. Hoje estou assim mesmo e até tenho medo de me sujar.

22/02/05

Marias.

Hoje, por ser um dia especial, a minha Ana Miguel quis levar-me o pequeno almoço à cama. No meio de toda a trapalhada que um ser de 4 anos consegue fazer para executar um acto destes, ela disse-me: -Papá tens aqui 2 marias qual comes?
-Como as 2, respondi.

21/02/05

As Eleições

Ao pormenor AQUI .

18/02/05

Ante-audiçao.

Confesso que continuo a suportar o som do discurso de Pedro Santana Lopes, não oiço a letra é verdade, mas suporto mais do que qualquer outro. Provavelmente porque sinto que ele se vai calar por muito tempo.

17/02/05


E nós, distraídos, deixámos a coisa acabar sem conseguir um tachinho destes.

Ele há casamentos...

Há acasalamentos destinados ao fracasso logo à partida. Juntar a razão a um animal é uma delas. Ele é intuitivo e faz enquanto ela pensa se isso é o melhor, e já está feito. Ah e as discussões, ele quer fazer, ela diz que não se faz, ele arranja, com a sua lobotomia, uma forma de não ouvir e ela acaba resignada ao eterno: não vale a pena!
O ele faz ela pensa, resume a relação. Por isso se divorciam tanto.
Mas sendo que podendo divorciar-se não se podem separar, para onde vai o animal com a razão? Ou devia perguntar a razão com o animal?


PS - Sim, existem os equilibrados. Mas para serem equilibrados tiverem de descobrir o equilibrio.

15/02/05

O enterra.

Ou o homem se está a vingar ou a alcunha dele é o enterra. Tudo o que deixa que ele chegue perto lixa-se, agora foi o José Barroso a seguir somos nós a receber a cartinha. Livra!


É aqui nesta tasquinha maravilhosa do Ti João com o Tony e o Paulo a ajudarem que vou festejar os meus anos, dia 22 (terça-feira) a partir das 20 horas. A tasquinha chama-se Cova Funda e situa-se no Bairro da Encarnação. Quem quiser aparecer diga antes para marcar lugares.

13/02/05

Que campanha?

Assisto a campanhas eleitorais desde que as há em liberdade no nosso Portugal. Nunca vi nada como as que decorrem no momento, ouvi chamar fascistas, sociais fascistas, salazaristas, contra-revolucionários, etc... mas nada como agora.
Os especialistas falam em anglo-saxonização da campanha e até há quem afirme que assim é que é moderno. Moderno? É moderno boatar sobre as tendências sexuais deste, das dívidas daquele, do que este não é ou do que aquele é? Não aceito.
Eu queria saber se os candidatos têm alguma coisa a dizer sobre a razão que os move para irem a eleições, se querem implementar reformas, se vão fazer alterações políticas, se estão preparados para governar. Mas fiquei na mesma, ou seja fiquei a achar que estes não nos servem, que se perdem nas guerras entre eles e se borrifam para nós. Vou votar sim, mas neles não. E já tenho as ferramentas prontas para o dia seguinte.

10/02/05

Manias

Dizer que sim se apetecer dizer não, não sou capaz. Confesso. Mas há tantas vezes que nos pedem que façamos isso. Por compaixão, por compreensão (?), por tantas coisas. E não custa nada fazer isso, porque não faço pelo menos uma vez? Será fundamentalismo?

09/02/05

Casamento de conveniência.

Vejam porque amo a Bolachinha. Por isto!

Escorre.

A vida escorre assim
a cada suspiro.
Escorre.
Eu não vou com ela
mas se ela
morre?
Ou se a corda parte
e se eu souber?
E nada.
E mesmo que amando
eu souber,
e nada?

E se a vida não corre?

Escorre.

A cada suspiro.

E não morre.

31/01/05

Voto em branco.

Eu tenho um lar, mesa e máquina de lavar roupa. Tenho amor, amores vários e diferentes. Ainda tenho acesso aos hospitais, aos produtos de limpeza, às ondas hertzianas. E tenho sexo e algumas moedas antigas, e livros, e dívidas e tudo.
Vou votar em quem?

Quem e quando escreveu isto?

Pois é tenho uma pergunta para vocês, digam-me lá quem escreveu isto e quando foi que o fez. Há prémios. Ora leiam lá com atenção:

«O país perdeu a inteligência e a consciência moral. Os costumes estão dissolvidos, as consciências em debandada, os caracteres corrompidos.
A prática da vida tem por única direcção a conveniência. Não há princípio que não seja desmentido.
Não há instituição que não seja escarnecida.
Ninguém se respeita.
Não há nenhuma solidariedade entre os cidadãos. Ninguém crê na honestidade dos homens públicos. Alguns agiotas felizes exploram.
A classe média abate-se progressivamente na imbecilidade e na inércia.
O povo está na miséria.
Os serviços públicos são abandonados a uma rotina dormente. (...)
O Estado é considerado na sua acção fiscal como um ladrão e tratado como um inimigo. (...)
A certeza deste rebaixamento invadiu todas as consciências. Diz-se por toda a parte: o país está perdido!»


Pois parece.

28/01/05

A Fraude diz que há uma Mega-Fraude....

O desgraçadinho continua a insistir na martirização, agora considera que existe uma mega-fraude nas sondagens que apontam para o resultado esperado por toda a gente. Já tinham apontado baterias à empresa Eurosondagens com um argumento similar. É triste.
Todos nós temos conhecidos assim, aqueles que só fazem asneiras mas que nunca têm a culpa de nada, há sempre alguém ou alguma coisa que fez com que a asneira acontecesse. A esses costumamos apoiar, aconselhar e esperar que melhorem. Mas um país não pode esperar. E também nunca conheci ninguém como este agora, ele sim uma fraude.

26/01/05

Ai o "Contexto"!...

O "contexto" é um problema. Mais do que isso: o "contexto" farta-se de criar problemas. Mais ainda: o "contexto" é o pai de todos os problemas!
Se não houvesse o problema do "contexto", a nossa vida correria bem. Os políticos diriam coisas lógicas e coerentes. Os governantes anunciariam o que tencionavam, de facto, fazer. Os dirigentes desportivos criticariam o que querem criticar e desculpariam o que querem desculpar. Os comentadores comentariam, os profetas profetizariam, os bloguistas blogariam, e tudo seria aquilo que se dissera que era.
Mas não. Antes do texto, depois do texto, para além do texto - há o "contexto". O "contexto" é que estraga tudo. O "contexto" é que põe uma pessoa a dizer o que ela não disse, ou disse, mas não exactamente assim, ou disse só assim-assim, não com aquela intenção embora com aquelas palavras, quer dizer, disse mas não disse, ou não disse mas disse, e nem queria exactamente dizer...
Sim, eu sei que muitas vezes os jornalistas retiram indevidamente certas declarações do seu contexto e, com isso, cometem abusos de arrepiar. Mas convenhamos que é difícil encontrar hoje, na vida pública portuguesa, umas costas mais largas que as do dito "contexto".
Quando Francisco Louçã tem aquela tirada tão infeliz contra Paulo Portas a propósito do aborto, está bom de ver que as declarações precisam de ser lidas no "contexto". No fundo, o que ele disse seria totalmente diferente se se tivessem transcrito mais cinco minutos de conversa antes e cinco minutos de conversa depois! Se se tivesse mostrado o "contexto". Assim...
Quando Nuno Cardoso, ele que se dizia "muito calmo", perde as estribeiras a propósito de um assunto de justiça e começa a insinuar perseguições de todo o mundo, é óbvio que o momento não pode ser visto isolado do seu "contexto". No fundo, o que ele disse não foi bem o que ele queria dizer, aliás ele quase não disse, apenas sugeriu, e se disse o que disse foi só porque estava nervoso, e quando um político está nervoso já se sabe que até troca o texto - quanto mais o "contexto"!
Quando Santana Lopes fala do "incómodo" causado pelas fugazes férias africanas de Morais Sarmento, é mais que evidente que as suas declarações têm de ser lidas no "contexto". Se calhar o "incómodo" até era por ainda não ter recebido notícias dele, ou por uma pontita de inveja por não ter ido também, ou porque no momento estava mal do estômago, vamos lá imaginar, a palavra "incómodo" pode ser usada por um político, e logo um político eloquente como Santana Lopes, em tantos e tão variados "contextos"...
Quando Rui Rio se escusa a responder a perguntas dos jornalistas, garantindo que eles vão pegar só em algumas das suas palavras (e certamente não as melhores...) para fazer mais uma "intrigalhada" política, é claro que não está para aturar as falhas de "contexto" dos jornais e televisões. Se lhe dessem meia hora em directo na TV ou uma página inteira de jornal dia sim, dia sim, aí é que nós íamos ver o que ele tem de texto para nos dizer!
E etc., etc., etc... Neste contexto, não espanta que nos vá faltando a paciência.

Por JOAQUIM FIDALGO

25/01/05


R.I.P. meu querido Óscar.

Vaga de frio.

Andam agora as televisões preocupadas com o facto de o nosso país ter ou não planos de emergência para a possibilidade de haver uma vaga de frio. Que hipocrisia.
Há dias contava-me a Teresa, professora de inglês, que lecciona em Santa Catarina que os miúdos lhe perguntaram porque não trazia um aquecedor de casa para as aulas, porque outra professora já o tinha feito. Mas os petulantes senhores que nos querem viciar em preocupações procuram planos de emergência. Não há saco!

24/01/05

O Óscar deixou-me.

Hoje estou sem palavras, todos os assuntos esbarram na dor estranha da perda do meu Óscar. Acordei de manhã com o telefone a tocar e estranhei que ele não me desse os bons-dias, nunca mais vai dar.