13/10/10

Livra que é difícil.

Imaginar que a vida é controlável é uma grande asneira. Cada dia faço mais coisas e o espólio do que tenho para fazer é cada vez maior. Ou sou lento e o melhor seria estar quieto, ou deveria limitar os afazeres. Mas quais? Páro de escrever? Deixo de ensaiar, criar e gravar os Ex Votos ou os Zé Leonel + IVA? Deixo de limpar a casa de vez em quando? Deixo de acompanhar os meus filhos? Deixo de fazer o quê?

É verdade que a minha maravilhosa exposa (o x é propositado) decidiu que nos deviamos divorciar e eu tive de regressar, para minha felicidade, à minha casa. Tinha tanto que fazer que nem tive tempo de lhe perguntar porque se queria divorciar, mas também não era muito importante. Continuo a ser o doméstico (como era) e estou confiante que resolvido o divórcio vou ter mais um tempinho.

Portugal fez o que lhe competia e ganhou os dois últimos jogos, muita gente atribui ao Paulo Bento o feito, mas eu tenho outra opinião. Voltei a ter confiança na nossa selecção nos dias em que o Simão e o Deco se indisponibilizaram para ela, deviam ser entregues aos dois os louros e os louvores desta minha reconciliação com a equipa nacional. Agora só falta o Sr. Madaíl perceber que já fez porcaria que chegue (ele e a maioria dos seus escolhidos) e ir ter com o Dias Loureiro, e falta fazer justiça com o Carlos Queiroz que não é culpado deste país ser uma anedota. Aliás estou cansado de ouvir dizer que o professor nunca ganhou nada, quando, até agora, ao nível de selecções foi o único que ganhou alguma coisa!


No actual contexto político espero que já seja visível para todos aquilo que ando a pregar há anos, Portugal não tem homens com honestidade suficiente para tomar conta dele. Podem continuar a enviar comentários jocosos, chamar-me guerrilheiro - o que quiserem; mas a cada minuto que passa, aquilo que digo ganha mais veracidade. Fazemos o quê? -Revolução! Como? -Não votamos, eles que façam governos com os votos de 5% dos eleitores e entendam que não podem dizer que são o governo de todos os portugueses, os presidentes de todos os portugueses, etc...
Aconselho, agora que a coisa fez um século, que revejam quantos foram os portugueses que apearam a Monarquia.


Amem-se uns aos outros, arranjem uns trocados e até uns venenos se for preciso.

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