26/05/06

Assim não.

O envio da GNR para Timor gerou polémica entre as nossas Forças Armadas, que queriam que os militares fossem primeiro. Eu acho que apenas queriam que fossem, primeiro ou depois para o caso tanto faz, eles queriam era ir. Até aqui tudo bem. Mal é eu ver escarrapachado nos jornais, bitaites como este do Rui Hortelão: "É compreensível, e saudável, que se mostrem confiantes e motivados para servir a paz além-fronteiras". Por amor de Deus, mandem-nos para lá com um ordenado igual ao que usufruem aqui e sem outras benesses para ver se eles querem ir. O povo não merece ser assim enganado, quando toda a gente sabe que o que move primordialmente este mercenarismo, aceite actualmente, é o guito e as regalias consequentes de uma qualquer missão.
Aliás, a profissionalização das Forças Armadas é isso mesmo. Se não desejas que a morte te alegre, não abras uma agência funerária; se não queres desejar a guerra, não escolhas ser militar profissional.

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