23/05/06

Prós e Contras.



Pois foi, instalei-me comodamente para assistir à crucificação do Prof. Manuel Maria Carrilho no Prós e Contras. Na minha opinião o Prof. valia 3, o Emídio Rangel 6, o Pacheco Pereira 5 e o Ricardo Costa 8, eram as minhas expectativas. Como já tinha postado aqui, o livro poderia ter alguma importância se não fosse escrito pelo Carrilho. Enganei-me. Rapidamente percebi que o Pacheco Pereira não queria estar ali e até chegou a discordar várias vezes de Ricardo Costa, e que este estava focado em denegrir o autor de "Sobre o signo da verdade". Chegou a ser delirante a forma como o Ricardo Costa se atirava ao homem, sempre com golpes baixos. Aquilo foi de tal maneira estranho que tenho a certeza que até os que detestam Manuel Maria Carrilho o passaram a admirar. E é pena, é pena que quem estava ali a representar os jornalistas e a redacção da SIC tão criticada no livro, não tivesse tido arte para, como fez Pacheco Pereira, reduzir o livro ao que ele é. E é pena porque eu vou ter dificuldade, de ora em diante, em continuar a ver a SIC Notícias como sempre tenho visto acreditando na sua imparcialidade. O Professor na 2ª edição do livro pode acrescentar às maldades o que aconteceu hoje no Prós e Contras.
Tudo isto não quer dizer que o carácter de Carrilho tenha levado alguma purificação, ele é o que é como se viu no fim do debate e não se vislumbra que melhore. Mas isso já todos sabíamos, o que eu não esperava era ver um Ricardo Costa a comportar-se como se sentisse culpado de alguma coisa.
Opinião depois do programa: Emídio Rangel 7, Pacheco Pereira 5, Ricardo Costa 1 e Prof. Carrilho 5.

4 comentários:

Anónimo disse...

Esta avaliação é "estranha". Ricardo Costa arrasou, com factos, Carrilho. Golpes baixos? Só Carrilho, constantemente. Esta é a análise mais longe da realidade que vi escrita sobre o programa.

Zé Leonel disse...

Ricardo Costa arrasou, de facto, com factos que não estavam contidos no livro que Carrilho escreveu. Mas isso todos nós sabemos i.e. o Carrilho já estava arrasado. O que eu esperava era que o director de informação do meu canal de preferência, explicasse e contradissesse os, agora, factos que o prof. escreveu no livro.

Aves Raras disse...

Não percebo a sua avaliação, nomeadamente em relação a Carrilho. Se a sua expectativa era de um "3", e afirma que:
"Tudo isto não quer dizer que o carácter de Carrilho tenha levado alguma purificação, ele é o que é como se viu no fim do debate e não se vislumbra que melhore."
No entanto, aumenta-lhe a nota para um "5"...
Compreensivelmente, Carrilho e Ricardo Costa eram os mais "picados". Mas não deixa de ser verdade que ficou por explicar, por exemplo, porque é que Carrilho apertou a mão ao homem duas semanas depois, ou porque é que Soares usou a mesma empresa de comunicação de Carmona Rodrigues. Não foram éticos nas autárquicas, mas foram nas presidenciais? Pasme-se...

Zé Leonel disse...

Caro Aves Raras, a avaliação não era sobre o carácter de MMC, mas sobre a comunicação social e em relação a esta acho, sinceramente, que o prof. a suplantou porque a atingiu no livro e não obteve respostas. Sobre: "Mas não deixa de ser verdade que ficou por explicar, por exemplo, porque é que Carrilho apertou a mão ao homem duas semanas depois, ou porque é que Soares usou a mesma empresa de comunicação de Carmona Rodrigues. Não foram éticos nas autárquicas, mas foram nas presidenciais?" Parece-me um erro querer que seja o Carrilho a explicar isto, nem me parece que a explicação lhe interesse, mas a mim/a nós interessa. A questão é que, provavelmente, não foram éticos em nenhuma das situações e o livro do presunçoso professor poderia ter trazido isso para discussão. Infelizmente não há da parte dos que fabricam as notícias quem a queira discutir.
E há outra coisa que me preocupa, Aves Raras, dantes quem levantava questões incómodas era comunista, hoje está a alinhar na teoria da conspiração. A si não o preocupa?