A invulgar tendência deste produto da Academia não tardou em surgir: no dia da sua estreia como profissional - no dia 19 de Novembro de 2006, foi chamado à baliza por Paulo Bento, para suprir, ante o Marítimo, também na Madeira, a lacuna provocada pelos problemas físicos de Ricardo e Tiago -, juntou a parada ao penálti cobrado por Kanu à boa exibição, ajudando a segurar os três pontos. A saga prosseguiu em 2007/08, época da sua afirmação no plantel principal, quando, em Guimarães, negou o golo de penálti a Alan, e, já na presente temporada, transformou em hábito banal a fortuna, impedindo Lucho González de reduzir a vantagem verde e branca de dois golos, durante a disputa da Supertaça. Para o campeonato, foi, depois, a vez de a Naval conhecer os reflexos do número 1, que voltou a segurar com mãos de ferro os três pontos, ao defender o penálti batido por Lazaroni.
É caso para dizer que marcar um golo a Rui Patrício da marca de grande penalidade é razão para júbilo, e algo de que, no futebol sénior, apenas um atleta pode gabar-se. O único tento encaixado nestas circunstâncias apareceu na primeira jornada da Liga Sagres na presente época, ante o Trofense, num lance que, curiosamente, castigou de forma pesada uma falta cometida por Polga, mas fora da grande-área: Pinheiro bateu o penálti injusto e tornou-se no único homem capaz de bater Rui Patrício a partir dos 11 metros - teoricamente - fatais, mesmo se o lance não teve influência no desfecho do encontro - 3-1.
(JEAN-PAUL LARES)
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