18/04/08

Em Junho cá estamos, de novo.

A demissão de Luís Filipe Menezes vai demonstrar, e já o está a fazer, que o PSD está completamente desmembrado e que já não funciona, há muito tempo, como partido. As candidaturas, algumas obrigatórias, vão-se suceder e vai ficar provado que o problema não é o líder mas a desunião interna e a postura interesseira de um grande número de personalidades. No actual estado não há ninguém conhecido que consiga consenso que baste para presidir ao partido sem grandes oposições, ou seja, todos são Menezes. Não é, por isso, de admirar que aquela centena, mais coisa menos coisa, de militantes que já vinham a preparar o terreno para um futuro papel de deputado, cá ou na Europa, se transformem num exército ruidoso apelando à recandidatura do ainda líder. É pouco importante se Luís Filipe Menezes jogou com isso ou não, porque seria sempre inevitável. Veremos se em Junho teremos um presidente do partido diferente do de hoje.

Curiosamente há muita coisa parecida, para além do nome próprio do presidente, entre o PSD e o SLB. Será que isso é fruto da tão falada ingerência da política no futebol ou têm todos os mesmos instrutores?

1 comentário:

Anónimo disse...

O actual momento político recomenda fortemente uma pausa para balanço em todo o espectro partidário. O que é a esquerda, a direita, a social-democracia, etc? O teu post sugere-me ainda uma reflexão sobre o número de parlamentares, absolutamente exagerado, e os critérios de qualidade seguidos na criação das listas...Às vezes recordo a qualidade da Assembleia Constituinte ...
Abraço,