06/04/08

Ah pois, assim não vamos lá.

Há dez anos a esta parte descobri, no meu entender, um local óptimo para apalpar o sentir do senso comum sobre o que se passa no dia a dia. Trata-se de um dos parques de campismo da Costa da Caparica, podia ser um qualquer, onde a minha mãe mantém um alvéolo e para onde às vezes vamos, quando o tempo atmosférico convida e a cabeça tem paciência. A praia é logo ao lado e as pessoas, por detrás do titulo de companheiro, permitem-se falar de tudo com todos, mesmo sem que os conheçam de lado nenhum.
-Companheiro, a praia está boa? O que é que o companheiro acha desta coisa dos professores? Então companheiro que me diz deste Benfica, acha que vai ficar em segundo? Etc...
Neste fim de semana falava-se do Benfica (fala-se sempre), dos telemóveis nas escolas, nos mais de 42% do PS nas sondagens e no programa POLIS para a Costa. Houve uma coisa que retive e que me surpreendeu, no meio daqueles companheiros todos: pais, mães, filhos, avós, netos e restantes familiares toda a gente tinha estórias para contar sobre o uso dos telemóveis nas escolas. Todos tinham alguém que era, ou eram eles próprios alunos de professores que nas aulas de substituição permitiam o uso do telefone portátil. Garantiram-me que alguns professores até incentivavam os alunos a usá-los, enquanto eles, os profs, corrigiam os testes das suas verdadeiras turmas. Houve quem contasse que tinha professores que permitiam o uso de leitores de mp3, que podiam ser telefones, para ouvirem musica enquanto faziam os testes. Achei tudo aquilo muito estranho e mostrei a minha desconfiança, contudo houve professores que eles próprios confirmaram ser verdade o que se dizia ali.

Está tudo explicado, ou ainda falta muito?

1 comentário:

Anónimo disse...

ya é verdade sim senhor. e a nós até nos deixam fazer partys na sala, nas aulas de substituição. ouve um setôr que até nos emprestou as colunas do pc só que a ficha não deu. eu acho fixe.