O "Fininho" passou o fim de ano a trabalhar na estação pública. Conta quem viu que esteve sempre de copo na mão, porque era fim de ano, porque o programa era uma novidade muito arriscada, porque os nervos quando nascem são para todos, porque era preciso estar com as 8000 pessoas do pavilhão Atlântico sem se separar dos milhões que estavam em casa e era preciso estar com estes sem perder os do pavilhão de vista.
Em qualquer país do mundo o Zé Diogo seria levado ao colo por, pelo menos, 4 acompanhantes, teria escolta policial e seria levado a repousar num qualquer complexo hoteleiro daqueles como há no Dubai. Porque esteve a trabalhar na estação pública para os portugueses, porque o país tem a obrigação de proteger o seu património artístico e, acima de tudo, porque todos lhe deviamos alguma coisa.
Mas não foi assim, o Fininho foi mandado parar no Cais do Sodré a conduzir a sua viatura e tinha 1,6 g/l de álcool no sangue. Nem sei porque foi preciso soprar no balão se tanta gente tinha presenciado a noite, passado a noite, com ele. Mas é o país que temos!
Agora imperdoável, nojento mesmo, é haver um jornaleco que faz primeira página dois dias seguidos, até ver, com o caso. Que esperam estes arautos da desgraça conseguir? Informar que o artista bebeu? - Isso todos viram. Explicar que o Quintela merecia mais? Não, apenas denegrir e há até um paspalhão do jornaleco que se chama Ricardo Martins Pereira que diz: "Qualquer pessoa a quem já tenha sido retirada a carta por uma infracção ao Código da Estrada deve sentir-se hoje muito injustiçada, depois de saber que o Gato Zé Diogo Quintela levou apenas uma multa de 400 euros e não ficou inibido de conduzir, mesmo tendo sido apanhado com 1,6 de álcool numa operação stop. Eu nunca bebi uma cerveja na vida..."
O país deixou que o Zé fosse conduzir depois de estar a trabalhar para ele, o Zé foi a tribunal e pagou a multa que deviamos ser nós a pagar. Tenho dúvidas se seria multado se levasse um jornalista com ele.
Tenho vergonha de viver num país ingrato para a sua cultura e onde cada medíocre se pode assumir como justiceiro.
03/01/08
Famosos, mas nem tanto...
Publicada por Zé Leonel à(s) 1/03/2008 11:28:00 da manhã
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5 comentários:
concordo!! é o miserável país que temos e alguns merecem!
Não está também a exagerar?
É verdade que o jornal é um pasquim as noticias abjectas, mas o artista é irresponsável, não sábio o que fazia?
Não tem dinheiro para o Táxi?
Não tinha nenhum amigo que o levasse a casa?
Via a passagem de ano mas não me sinto responsável pelo artista ele é maior, e se fosse você que ficasse debaixo dum carro cujo condutor tivesse 1,6 g/l de álcool no sangue teria a mesma opinião?
Para além de ter estado a trabalhar para nós, esteve também a ser pago por nós. Para além dos 400 euros deveria ser condenado a limpar latrinas no cais do sodré pelo período de um ano.
Coitadinho...
Não concordo. O Zé Diogo Quintela devia ter apanhado o mesmo que qualquer cidadão normal apanha, multa e apreensão de carta.
Essa deferência até lhe poderá ser prejudicial à sua carreira como comediante.
Saudações
Compadre Alentejano
www.papaacordas.blogspot.com
Cicuta, o Quintela foi apanhado a conduzir com álcool tem de ser punido pelas leis em vigor e isso é igual para todos. É um dos factos.
O Quintela esteve a trabalhar na noite de ano novo para todos nós, pago por nós. Passou o tempo de copo na mão, todos vimos, e saiu do pavilhão/estúdio no seu "peugeot". Isto é outro facto.
E é contra o segundo facto que eu me insurjo, porque acho uma maneira tremendamente injusta de tratar os nossos artistas. Para agravar, o "pasquim", como lhe chamas, faz 2 primeiras páginas sobre ele ter sido apanhado a conduzir com os copos e isso é novamente injusto. Se fosse o Rod Stewart, por exemplo, nunca seria apanhado porque lhe tinham posto uma limousine com condutor à porta e éramos nós a pagar na mesma.
Abraço.
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