07/04/08

Da colaboração dos amigos:

Blogger iznogoud disse...

Desculpa o comentário a despropósito.

Quanto ao "post" acho que há razões suficientes para alarmismo. Antigamente andavamos com X-actos mas não havia a mentalidade que existe agora.


Anónimo Pan de Cea disse...

Zé Leonel,
Sendo completamente contra a política de avestruz, não posso, todavia, de deixar de ficar estupefacto perante a leviandade com que estes temas são passados para a opinião pública. Lembro-me de Léo Ferré numa entrevista ao Sete há já muitos anos: "As palavras são mais perigosas que as metralhadoras", particularmente quando usadas por quem não sabe o que diz ...


Julex disse...

mas qual é o mal de isso vir nas notícias? assim sabemos todos o que se passa, ou não é?


Primeiro queria agradecer-vos pela colaboração, os e-mails não diminuiram nada, mas a discussão aqui é sempre mais aberta e pode-se sempre ler diferentes visões sobre o mesmo assunto.

Já o disse e confirmo que estou absolutamente de acordo com o Pan de Cea, as palavras são de uma força incomensurável e é preciso saber distinguir quando são verdadeiras de quando são intencionalmente dúbias. Podíamos lançar uma discussão sobre, por exemplo, o efeito de quando sobre as drogas diziam que erva, liamba, cocaína, heroína, comprimidos e por aí fora eram tudo igual; ou podíamos discutir sobre a forma como a escrita é condescendente com o álcool; ou como se escreve que o frango está doente porque se quer vender carne de porco ou vice-versa. Podíamos discutir de muitas maneiras e com temas diversos o efeito da palavra, mas por ora vamos falar sobre o que emana do post de onde retirei os comentários acima referidos.

Iznogoud: não há qualquer razão para alarmismos, há dez anos era igual ao que é hoje, há 20 anos era pior e há 30 nem te digo. A escola continua a ser o local mais seguro que este país, o 9º em termos de segurança, tem.

Júlio: fiquei muito contente por teres cá vindo como prometeste e afinal nem deste mais que um erro ou dois nos vários comentários. É verdade que a informação é bem, mas tem que ser séria, informativa e formativa. Quando se afasta da verdade absoluta temos de duvidar dos seus intentos.

Iznogoud e Júlio: o problema é que se todo o mundo ficar convencido que o alarme é razoável instala-se o medo e seguidamente qualquer ditador que te garanta a segurança é legítimo e parece-te aceitável. E não, não estou a exagerar, já conheço é a táctica.


4 comentários:

Keyser Söze disse...

http://diario.iol.pt/noticia.html?id=934819&div_id=4073

Nem imagino se houvessem razões para alarmismos...

Anónimo disse...

Não queria voltar a falar deste tema, mas não consigo: o verdadeiro problema da educação, ou da falta dela, começa em casa ...
É aí que se aprendem as boas maneiras, o respeito pelos outros,a apologia da não violência, etc.
Só mais uma nota. De facto, os tempos evoluem e novas ameaças chegam. Mas quanto a indisciplina juvenil, alguém se lembra dos autocarros da carris que serviam os liceus que, invariavelmente, terminavam o seu trajecto à porta de uma esquadra, isto há 30 anos atrás?
Abr,

Zé Leonel disse...

Sim alguns fugiam, pela porta atrás, em andamento. Uma vez acordei nos eucaliptos com imensa gente à volta. Eu acho que saltei, o Sr. revisor diz que eu não toquei para sair, pus a cabeço de fora e bati com ela na paragem. Versões, nos anos 70's.

O grande problema, caro Pan, é que os pais desses filhos foram esses mesmos, os tais a quem não souberam explicar a semântica correcta da palavra liberdade.

Zé Leonel disse...

Iznogoud: o exemplo que aqui trouxeste: o quotidiana escolar americano, só demonstra que o que eu te digo tem consistência. Nós não estamos assim, mas há quem trate o assunto como se estivéssemos e isso é condenável.
Abraço.