03/11/04

God bless America!

Eu quis acompanhar as eleições americanas. Jantei farto, preveni-me de vários recursos, alguns apontamentos e sentei-me frente à televisão. Tenho a convicção que os programas “especial eleições” trazem-nos sempre algum conhecimento sobre a realidade do país em causa e quase sempre acontece. Desta vez foi confrangedor. Apresentaram-nos vários senhores munidos de um pc portátil que se iam interrompendo conforme no seu monitor iam aparecendo dados novos sobre um molhinho de votos num universo de centenas de milhões. Os senhores, que foram pagos para ali estar, diziam graçolas, espreguiçavam-se, repetiam vezes sem conta as mesmas coisas, mas não me ensinaram nada. Perdi uma noite!

George Bush vai provavelmente ser pela primeira vez eleito pelo povo para presidente dos EUA (*), à maneira deles, pois claro. Não é, para os americanos, uma surpresa. Para nós pode parecer mais estranho devido à inclinação que tínhamos por Kerry, só por isso. Eu até costumava brincar dizendo que se a Europa (e mais alguns) queria Kerry estava garantida a vitória de Bush. Para os americanos os outros países ou são subdesenvolvidos coitados ou se têm algum desenvolvimento morrem de inveja dos States. Há dias dizia um importante secretário do presidente que uma das metas a atingir pelo Bush seria pôr a Europa de joelhos, é disto que o povo americano gosta. Não podemos esquecer como o dollar tem desvalorizado em relação ao € e como a economia do tio sam se tem deteriorado. E está tudo dito.
God bless America!

(*) Da outra vez venceu administrativamente por 5-4.

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