19/11/04

Não há sopro, há nuvem.

Mais um dia em que ninguém soprou para o golpe de misericórdia no Governo do país. Os homens já não estão lá, têm as malas feitas, só precisam de um toquezinho para irem embora, mas ninguém dá. O Sócrates diverte-se a ver o afundamento do partido do governo e sabe que quanto mais tempo eles lá estiverem mais se afundam e mais sobe o PS. Pode ser, mas afunda-se o país com eles e não vejo quem o resgatará depois.
Santana Lopes vai minando para assegurar o futuro, o convite/repto a Cavaco e Silva foi prova disso. Essa saída protagonizada por PSL deixou-o a ele e a Cavaco reféns um do outro, pressinto contudo, que a resposta da Cavaco não era a que o nosso 1º desejava. O que ele quer mesmo é que Cavaco e Silva diga que não é candidato para que fique escancarada a porta do palácio de Belém, de forma a gerar uma corrente de ar, o tal sopro, que permita a que PSL se candidate e lhe ofereça uma desculpa para zarpar de um lugar que não escolheu.
Nós, bem, nós cá andamos cientes que estamos na Comunidade Europeia, que não vamos ser acoplados pela vizinha Espanha e que melhores dias virão. Nós não nascemos para governar nem para ser governados, não percebemos nada disto, sabemos trabalhar, tentar a sorte, beber vinho e fazer de Kalimero, no fundo como tão bem faz Santana Lopes.
Agora assistiremos a ministros a saírem de mansinho quase todos por razões pessoais, claro está, e nem vamos notar nada. Ou seja, com sorte, talvez oiçamos menos disparates vindos de quem devia governar. Ainda os vamos ouvir dizer que não foram eleitos para isto e que aceitaram ir para lá para o país não cair no vazio, mas isso será mais tarde.

Por mim, hoje, estou-me nas tintas. Vou entrar na minha nuvem e ser feliz e fazer felizes, pelo menos durante 3 dias. Daqui a pouco vou buscar a princesa mais nova e com as outras faremos “tilt” à confusão do país.

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