Leitura (a minha).

Passam os anos e há coisas que eu não consigo mudar em mim. Uma dessas coisas que me persegue desde sempre é a forma como eu leio um livro. Quando abro um livro e começo a ler vou lê-lo sempre até conseguir e, ou o leio na totalidade, ou raramente, muito raramente, o volto a abrir. Assim, há livros que não consigo parar de ler e, se tiver disponibilidade, estou horas seguidas com ele, e outros, muitos, que leio algumas páginas e nunca mais lhe pego. Neste bloco de livros meio-lidos estão muitas obras de referencia. Ainda hoje recordo as noites seguidas sem dormir para ler os 3 volumes dos "Subterrâneos da Liberdade".
Em alguns casos necessários, como na faculdade, a impossibilidade de ler o livro completo de uma vez só fazia com que eu quando voltava a ele recomeçasse não do ponto onde tinha parado, mas do princípio. E há casos em que isso se repetia várias vezes com o mesmo livro. Essa é, penso eu, a razão principal porque a necessidade de leitura se tenha transferido para os jornais, revistas e blogues.

Esta noite acordei às 4 da manhã, porque ontem houve festa à tarde e acabei por adormecer pró cedo. À procura de sono comecei a ler um livro que tinha recebido. Foram 220 páginas que devorei até há pouco. Agora ainda não tenho sono, estou naquela fase mole que parece tão boa por ora, mas que vai fazer com que o corpinho proteste mais logo.
Haverá mais gente com este problema?