19/12/08

E cá está ele.

Não há nada mais castrante do que ter de vestir aquela peça de roupa que sempre garantimos que nunca vestiriamos. E quando vamos à cozinha e falta tudo e acabamos a comer "Nestum" que detestamos? E quando na festa ficamos com aquela personagem que nos incomoda desde que chegámos porque nos atrasámos a agrupar? Até pode levar ao suicídio.
Pedro Santana Lopes vai ser candidato à presidência da C.M.L para nossa diversão e para causar grandes problemas gastroenterológicos a muitos companheiros de partido a começar pela presidente.
Reparem só como ele (PSL) fala de Pacheco Pereira aqui.

Dá que pensar...

Dá muito que pensar quando um clube, realmente grande, como o Benfica, ainda por cima num ano em que investiu seriamente na sua equipa de futebol, consegue o pior desempenho das equipas portuguesas na competição. Com grandes contratações e maiores promessas o Benfica não foi capaz de ombrear com clubes, historicamente muito inferiores. Dá que pensar se realmente o futebol português tem capacidades reais para fazer frente ao investimento que é feito lá fora.
Se o investimento que os que mandam no clube fizeram na aquisição e pagamento de salários das actuais estrelas fosse aplicado na formação, o Benfica ganhava o mesmo no campo desportivo e podia daqui a alguns anos ter, finalmente, uma equipa a sério.

12/12/08

E o jumento sou eu?

Uma visão lúcida e clara sobre os professores num dos meus blogues preferidos: O Jumento.

Ler aqui.

Governo/Professores, fim à vista.

A cansativa, para alguns, guerra entre o governo e os sindicatos dos professores aproxima-se do fim. Vamos assistir nos meses que faltam para as próximas eleições legislativas a um "forcing" cada vez maior dos sindicatos e a um empatar do governo tentando fazer render o peixe até ao voto do povo. A confirmarem-se as sondagens que dão 40 a 42% ao PS, Sócrates está descansadinho quanto ao resultado da contenda, se o resultado for por aí o primeiro ministro vai dizer que os eleitores legitimaram nas urnas as opções do governo.
Neste cenário, que com Álvaro Cunhal nunca aconteceria, os sindicatos falharam nos "timings" e nas previsões. Não compaginaram a possibilidade de não haver, na actualidade, um candidato a primeiro ministro com credibilidade suficiente para rivalizar com o actual nem perceberam que a enorme quantidade de professores e as suas diferentes sensibilidades não ajudam a colocar a opinião pública do lado dos docentes. Os professores não queriam aceitar as aulas de substituição tal como são agora e deram imensas razões para isso, no entanto sempre as houve. A diferença é que dantes eram pagas como horas extras e esta nunca foi uma razão apresentada, mas a comunicação social informou. Os docentes acham abominável a criação da figura de professor titular, mas ocuparam todas as vagas para o lugar e a comunicação social informou. Os professores tentam calar todos os que se lhe opõem com a justificação de que só eles, professores, sabem o que se passa nas escolas, mas estas não são conventos e a comunicação social vai informando.
Os sindicatos podem trabalhar que nem uns "moiros", e têm-no feito, mas acabarão sempre por claudicar se não conseguirem o apoio da população. São muitos os educadores, é verdade, mas os educandos são muitos mais e é difícil convencer os pais quando os filhos saiem prejudicados. E, tal como no futebol, a culpa é sempre do treinador. Podia ser do presidente mas este como é sujeito a eleições acaba sempre por se safar até às próximas.
Mais uma vez os professores que tantas razões, embora diferentes, tinham para protestarem vão sair prejudicados. Até quando?
Uma última palavra para a senhora ministra, que poderá ser feia, antipática, teimosa e até impreparada; mas é, concerteza, a ministra de educação mais corajosa e disponível que conheci.

O que me surpreende.

Grandes surpresas:

1. Jerónimo de Sousa aceita a possibilidade de Mário Nogueira integrar as listas do PCP em posição ilegível nas próximas eleições legislativas.

A sério? Eis uma coisa que ninguém estava à espera, daí ser uma enorme surpresa.

2. Deputados faltam mais às Sextas-feiras.

Outra surpresa, nunca me tinha passado pela cabeça. Concerteza que são os únicos e mais ninguém faz isso.

3. Portugal está à beira da recessão económica.

Ena pah, não me digam isso. Estava completamente convencido que era só a Alemanha, a Espanha, a Itália, a França e por aí fora. Grande surpresa.

4. Victor Constâncio está entre os banqueiros centrais mais bem pagos do mundo.

Xiiii, surpreendente. E mesmo assim note-se as dificuldades que tem em desmanchar os nós cegos que os banqueiros, menos centrais, engendram. Ao menos não se suspeita que vá recebendo umas "atençãozinhas".

5. Dias Loureiro queria tirar todas as dúvidas, mas não conseguiu.

Caramba um senhor tão inteligente e certinho que devido ao seu mérito se tornou milionário num instante, não consegue explicar coisa nenhuma. De certo por inveja, todas as explicações que o senhor dá são desmentidas logo a seguir. Surpreendente.

26/11/08

Estamos lá.

Pela primeira vez na história da Champions League, Portugal coloca duas equipas nos oitavos de final da prova, 100% dos participantes portugueses.

Esse feito histórico foi conseguido pelo Sporting e Porto, e vem, de certo modo, disfarçar a péssima campanha da selecção nacional.

25/11/08

BPN: memória curta


Camilo Lourenço
BPN: memória curta


Março de 2001. A revista "Exame", que na altura dirigia, dizia na capa que o Banco de Portugal tinha passado um cartão amarelo ao BPN. Dias depois recebi um telefonema de Pinto Balsemão. Assunto: Dias Loureiro tinha-lhe telefonado por causa do artigo e, na sequência dessa conversa, queria falar comigo. Acedi prontamente.

A conversa com o ex-ministro foi breve... mas elucidativa: Dias Loureiro estava desagradado com o tratamento dado ao BPN; o assunto tinha criado um problema imagem do banco; não havia qualquer problema com o BPN; Oliveira e Costa estava muito "incomodado" com a matéria de capa (para a qual tinha contribuído, com uma entrevista) e pensava processar a revista (como efectivamente aconteceu).

Depois da conversa comuniquei a Pinto Balsemão que não tinha ficado esclarecido com as explicações de Dias Loureiro e que, por mim, a "Exame" mantinha o que tinha escrito. O que aconteceu depois é conhecido...

Ao ouvir Dias Loureiro na RTP fiquei espantado. Porque o ex-ministro disse que ficara tão preocupado com o artigo que foi, de "motu propriu", ao Banco Central comunicar que a instituição devia estar atenta. Das duas uma: ou Dias Loureiro soube de algo desagradável entre a conversa comigo e a ida ao Banco de Portugal; ou fez "fanfarronice" nessa conversa para esconder os problemas do BPN. Há uma terceira hipótese... Feia. Mas depois do que vi no assunto BPN já nada me espanta!

Um exorcista para a sede do PSD, por favor.

João Miguel Tavares
Jornalista - jmtavares@dn.pt
Manuela Ferreira Leite, 2 de Julho de 2008: "A família tem por objectivo a procriação." Manuela Ferreira Leite, 1 de Novembro de 2008: "As grandes obras públicas só ajudam a combater o desemprego de Cabo Verde e da Ucrânia." Manuela Ferreira Leite, 12 de Novembro de 2008: "Não pode ser a comunicação social a seleccionar aquilo que transmite." Manuela Ferreira Leite, 17 de Novembro de 2008: "Não sei se a certa altura não é bom haver seis meses sem democracia, mete-se tudo na ordem e depois então venha a democracia."

Como diria o engenheiro Guterres, é fazer as contas: só nos últimos 15 dias, Manuela Ferreira Leite proferiu três frases incompatíveis com um mínimo de sentido de Estado, já para não dizer de flagrante incómodo com as mais elementares regras democráticas. Sobre todos esses temas, o PSD veio depois esclarecer que aquilo que foi dito não era aquilo que Manuela Ferreira Leite queria dizer. Donde se conclui que Manuela Ferreira Leite teria grandes vantagens em se fazer acompanhar por um tradutor, de forma a solucionar o irritante desfasamento entre o seu cérebro e as suas cordas vocais. Manifestamente - atrever-me-ia mesmo a dizer "felizmente" -, o seu pensamento não coincide com as palavras que lhe saem da boca.

Dir-me-ão: mas onde está o seu sentido de humor, meu caro? Já não se pode ser irónico nesta terra? Poder, pode. Mas eu acho tão natural em Manuela Ferreira Leite o uso da ironia quanto o uso da minissaia. Não, aquilo não foi bem ironia. Aliás, aquilo nem sequer foi uma gafe. A gafe, por definição, é uma ocorrência rara. Quando deixa de ser rara, deixa de ser gafe. O que Manuela Ferreira Leite tem, afinal, é uma segunda natureza com uma inesperada propensão para o desastre, o que é tanto mais surpreendente quanto a sua imagem pública era de rigor, ascetismo, medição calculada das intervenções.

É por isso que a actual líder do PSD está a atingir níveis olímpicos de desilusão: a diferença entre aquilo que dela se esperava e aquilo que dela se está a ter é gigantesca. De Pedro Santana Lopes, nunca ninguém esperou muito. De Luís Filipe Menezes, ninguém espera nada. Mas Manuela Ferreira Leite era um caso diferente: vinha alcandorada de referência moral do PSD, de regeneradora da seriedade perdida, de férrea combatente do caos. Pacheco Pereira jurou pela biblioteca da Marmeleira que ela é que era. E, vai-se a ver, Manuela Ferreira Leite não só sucumbe ao velho cálculo político (a tentativa de moralização das listas iniciada por Marques Mendes já é uma miragem) como é um susto cada vez que abre a boca. Pobre PSD. Alguém envie um exorcista para a São Caetano à Lapa, se faz favor.

21/11/08

O regresso do social-fascismo.



Exerceu desde Vila Real até Lisboa durante 16 anos. Fez mestrado, muitas acções de formação, dirigiu estágios e gosta de ser professora. Já há algum tempo que se queixava do abismo existente entre os professores dedicados e os acomodados. Ao longo dos anos conviveu, enquanto directora de turmas, com pais queixosos a quem, intimamente, reconhecia razões. Nunca lhe conheci opções partidárias mas sempre lhe conheci uma enorme capacidade interventiva, embora sensata, quiçá fruto dos anos passados em França e no Canadá. Contudo nunca foi adepta de greves alegando que os "seus meninos" não têm culpa. Gosta de mostrar a sua admiração pelos colegas que se distinguem, mas não desdenha a possibilidade de criticar quem não cumpre com os seus deveres.

Quando este governo tomou posse e a Maria de Lurdes Rodrigues começou a apresentar as suas ideias, houve coisas que discordou e outras que disse: -É isto mesmo! Achou mesmo que a avaliação era fundamental, mesmo que o modelo lhe parecesse confuso. Com o decorrer dos tempos começou a encontrar grandes incongruências entre o que ouvia na escola e o que lia e ouvia na comunicação social. Começou a colocar questões aos colegas e passou a ser olhada de lado. Quando lhe entregaram mais uma petição para assinar, esta para suspenção da avaliação, foi ancostada à parede: - Estás a ler isso para quê? Só tens que assinar e mais nada, mesmo que não concordes assinas por solidariedade.
-Não assino cheques em branco, respondeu.
Traçou os seus objectivos pessoais desde logo mas, na escola, ninguém os aceita. Nos corredores dizem: -Lá vai a nova Maria de Lurdes Rodrigues. Tem mais colegas que partilham a mesma opinião mas obrigam-se a conversar clandestinamente para não sofrerem represálias, sendo que a maioria tem medo de dizer o que pensa. Represálias, aliás, já prometidas a quem tiver a ousadia de furar a próxima greve.
Ontem ouvi-a dizer pela primeira vez: -Tenho de repensar a minha opção profissional.

Volta MRPP, estás mais do que perdoado.


12/11/08

BPN - Até dói.

Doeu ver o desalento dos accionistas do BPN no programa "Prós e Contras". Quando lhes perguntaram se não deveriam queixar-se à justiça foi triste ouvir responder: -Para quê? Eles levavam 3 anos de pena suspensa e ficavam com o dinheirinho na mesma. Ainda pior foi ouvir explicar que cada trafulha se ia enchendo de dinheiro que não lhes pertencia enquanto o Banco definhava dia a dia. Dá vontade de adivinhar que se não existe a força da justiça, estamos a caminhar para a justiça à força.

20/10/08

Quique Flores genial.

A troca de guarda-redes levada a efeito por Quique Flores foi genial. Com Quim na baliza o Sport Lisboa e Benfica teria caído às mãos de uma excelente equipa da 2ª Divisão B - o Penafiel.
Moreira voltou à baliza uns anos depois e com um punhado de boas defesas permitiu que a sua equipa fosse para prolongamento e, mais tarde, defendeu os penaltis que permitiram a continuação do SLB na Taça de Portugal.
Parabéns ao técnico encarnado.

13/10/08

He he he

Agradecimentos a Leonel Santos.

10/10/08

E 14 anos depois...

Casaram ao fim de 14 anos de namoro. Serão sempre o meu casal preferido: o Paulo Basílio e a Tania. Ele guitarrista, ela editora, ambos incrivelmente inocentes, ainda. Amo-os. Foi o casamento mais bonito onde fui!

Uma reunião de pais.

18:30 horas e a reunião com os encarregados de educação não parecia estar prestes a começar. Um dos pais perguntou se faltava muito e o professor respondeu que "estava à espera que as pessoas acalmassem um bocadinho". Uma mãe sentada com dois filhos irrequietos de 2 e 6 anos sentiu-se atingida e mandou os miudos para fora da sala, pedindo à mais velha que tomasse conta do irmão. Vinte minutos depois a reunião começou. Ainda estava o professor nos habituais preliminares quando se ouviu um forte choro de criança vindo do exterior, de seguida a menina de 6 anos aparece à porta chorosa a dizer que o irmão caiu batendo com a cabeça num vaso de flores. A mãe saiu a correr e alguns de nós fomos atrás dela. A criança estava ainda caída no chão chorando desalmadamente dando origem a uma histeria descontrolada por parte da mãe. A menina de 6 anos tentou explicar à mãe como tudo sucedeu o que lhe valeu uma tareia que só parou porque um outro irmão, até aqui ausente, se foi meter para proteger a irmã. Este rapaz de 14/16 anos e que era o motivo da mãe estar na reunião de pais, também não escapou desta vez com murros e arremesso dos objectos que estavam à mão. Alguém se lembrou de oferecer ajuda para levar o bebé ao posto médico, mas a senhora, ainda a gritar, não aceitou gritando com o filho mais velho para que ligasse ao pai. Já estava tudo fora da sala a discorrer sobre o ocorrido, quando chega um homem de t shirt de alças (estava um frio do caraças) que desatou, mal chegou, aos berros com a mãe das crianças. A mãe com a criança ao colo, continuava a gritar com aquela voz esganiçada e estridente de quem não quer ouvir coisa nenhuma. -Ando eu a vergar a mola para tu nem dos putos seres capaz de tomar conta. - gritou o homem ao mesmo tempo que dava um valente empurrão na mulher atirando-a contra o Honda Civic.
Depois foram embora a alta velocidade, deixando-nos a todos a discutir aquele exemplo familiar.

02/10/08

E se eles precisarem de ajuda?

Tenho andado tão concentrado em reler "Das Kapital" do tio Marx que ando a falhar montes de rotinas. Aqui a falta de comparência foi propositada, a irritação sobre a forma como se tenta explicar a falência económica dos EUA aconselha-me a estar caladinho.

A maneira como o mundo, do nosso lado, explica as asneiras americanas - cansa. Só é comparável à maneira como o mesmo mundo explica as acções dos menos americanos. Lembro-me de quando cheguei de férias, falava-se na invasão da Georgia pela Russia e ninguém referia que a Georgia tinha começado as hostilidades. Aliás esse país mafioso transformou-se, de repente, num país virtuoso e mártir.
Não é aborrecido, até para os americanos, ser natural de um país hipercacique que lixa a vida ao mundo todo e que esse mundo se obriga a usar todos os salamaleques para não os incomodar? Então e se aquele povo precisar de ajuda? Também alinhamos e dizemos que são as forças do mal?

19/09/08

Vodka não é bom para o salto em altura.



Ivan Ukhov deu nas vistas durante a Athletissima de Lausanne, na Suíça. O saltador russo, segundo os relatos, dedicou-se ao vodka misturado com bebida energética, antes de entrar em competição, e acabou por ser o motivo da chacota dos adeptos presentes no recinto.

Ao longo de penosos dois minutos, Ukhov deixou indícios de um estado completamente alterado. Tanto que motivou a intervenção de um colega, para acabar de tirar as calças, bem como a de um juiz, alertado pelos aplausos jocosos dos espectadores, a incentivar o atleta.

O saltador russo cambaleou, deitou as mãos à cabeça mas tentou recuperar a pujança com uma aproximação ao chão. Baixou-se, olhou para o objectivo e foi em frente. A abordagem à fasquia não prometia muito. Ukhov correu, correu mais um pouco, ainda deve ter pensado em levantar voo, mas já não dava. Foi sempre em frente, sem tocar na fasquia, ficando largos segundos no colchão, a recuperar o raciocínio. Perante os assobios generalizados, o infeliz russo lá foi saindo de fininho, a pensar na ressaca do dia seguinte. E na vergonha, sobretudo. (do site maisfutebol.com)

11/09/08

Igualmente diferentes.


Jornada infeliz a das selecções cá da terra. Os Sub-21 foram postos fora da corrida e nem foram capazes de vencer a Irlanda - a equipa mais fraca do grupo. Pensar que aqueles jogadores serão, naturalmente, a futura selecção A é arrepiante.
A selecção de Queiroz apresentou muito mais futebol que os mais novos, mas acabou por não ser capaz de segurar a vantagem nos últimos minutos e acabou por perder. Quim explicou ao treinador com imagens a razão porque era suplente de Ricardo.

09/09/08

Fim-de-semana.

E lá está um fim-de-semana que correu bem. A chuva burguesa não estragou a festa do avante, a Drª. Manuela Ferreira Leite finalmente falou, o Benfica não perdeu pontos, os assaltos não ultrapassaram a média, a selecção ganhou, enfim, aparentemente foi bom.
Os comunistas na voz do seu secretário-geral (a quem eu tantas vezes chamo Jerónimo Martins) estão a levar muito a sério o seu crescendo nas sondagens e nos discursos políticos já se notam algumas diferenças como foi o caso da alusão à onda de assaltos no país, assunto normalmente tabu entre os pêcês.
Manuela Ferreira Leite falou para dizer que o melhor é estar calada, o que é uma grande verdade quando não se tem nada para dizer. Pena é que o seu amigo Cavaco não afine pelo mesmo diapasão, esse quando abre a boca é, realmente, uma tristeza.
Os benfiquistas ainda andam de volta do último jogo a repetirem que só há sumaríssimos para as cores encarnadas, que se o Luís Filipe Vieira falou com o árbitro o Pinto da Costa falou com os delegados, se o Nuno Gomes devia levar vermelho pela entrada sobre o Rodriguez os portistas deviam ir todos para a rua. E o apito dourado blá-blá-blá que faz parecer que só é mau porque beneficiou outros que não o clube da Luz. Entretanto não ganha coisa nenhuma em lado nenhum.
Os assaltos são usuais nesta altura do ano e extremam-se em anos de crise económica. É assim em todo o lado. Há, é claro, países mais bem preparados para combater a criminalidade e com leis mais bem estruturadas. Nós, apetece dizer: - por cá todos bem, nós andamos às avessas com a nossa polícia, com a nossa justiça e enquanto não resolvermos isso não nos vamos poder preparar para actuar num sistema de fronteira aberta onde os criminosos começam a ser conhecidos onde estão e mudam de esquina. Mudar de esquina quer dizer procurar terras onde a sua arte é melhor sucedida.
A Selecção ganhou a uma selecção muito mais fraquinha, impensável era não ganhar. Ainda não percebi muito bem porque há tanta gente que exige que Portugal vença Espanhas, Itálias e afins e tem tanta relutância em exigir, desde logo, uma vitória sobre Malta. Esquisitices.

04/09/08

02/09/08

É preciso lutar!

É aborrecida a vida que se esquece em 2 semanas e não existe ao fim de 4, mas regressa rapidamente em 2 dias. O meu país já não é e eu devo ser dos últimos resistentes. Passámos anos a apaziguar as tensões uns dos outros e agora tudo isto parece imutável. Mas não é, é preciso que se saiba. Mas tem de haver mutação a ideia já não pode ser resistir, tem de ser lutar. É urgente mudar.

O Estado da Nação: já ninguém acredita em ninguém nem em coisa nenhuma. Diz-se que a justiça protege os criminosos e os juízos aceitam mas culpam as leis.
A corrupção não tem limites e corruptos e corruptores acham-se iguais aos que dirigem a Nação.
Quem devia produzir não faz nenhum e mesmo assim acham-se mal pagos e protestam e fazem greves e, mantêm os postos de trabalho.
O desemprego aumenta constantemente mas não há loja que não tenha na montra o dístico: empregado/a precisa-se. Somos todos doutores de repente?
O país está na miséria. Está? Então onde estavam os miseráveis em Agosto? E como há tantos carros de alta cilindrada para alimentar o carjacking?

Férias: Fui para a Galiza pelo 18º ano consecutivo, tenho visto aquele povo a lutar ano após ano por melhores condições de vida, pela adaptação às exigências da nova Comunidade e pela manutenção das suas raízes e da sua identidade. Surpresa: - eles conseguiram!
Os galegos cagaram-se para as guerras políticas e não escolhem o partido escolhem os melhores e mais capazes, aceitaram a moleza dos mais idosos e deram-lhes colocações profissionais onde possam ser úteis e não se sintam inferiorizados. Apostaram na terra e orgulham-se disso a cada momento. E são felizes, estupidamente felizes.

Os nossos miúdos adoram a Galiza, mas já a estranham. Lá não têm tempo para birras: morde-lhes um bicho e logo aparecem "n" voluntários com uma cura para a dentada, zangam-se com o companheiro de brincadeiras e logo aparecem "n" negociadores a resolver a situação. Os miúdos queixam-se que os galegos andam todos a correr porque no hipermercado se há algo que não foi pesado ou se lhe falta o código de barras, eles saem da caixa a correr e vão fazer o trabalhinho. Não têm telefone? -pergunta a Helena. Têm mas assim é mais depressa, eles trabalham. Eles trabalham muito e são estupidamente felizes. É preciso lutar!

23/07/08

Vou de férias.

A azáfama é muita, é sempre muita, quando me preparo para muitos dias fora daqui. É nesta altura que eu percebo quantas coisas deixo ficar por fazer no momento certo e que me obrigam, agora, a andar a correr à toa. É claro, que tenho sempre a sensação que ainda me falta qualquer coisa.
Alguns casos resolvi convidando alguns amigos a irem-me visitar no trilho de Martim Codax.
Vamos ver como se comporta o "e-escolas" em roaming, disso dependerá a minha assiduidade ou não aqui no blog.
Beijinhos e abraços.

17/07/08

Grande Entrevista.

Estava eu a remoer o discurso da Drª. Manuela Ferreira Leite na jantarada com os companheiros de partido, e a pensar que não deve haver nada mais triste do que ter de falar em vitórias quando a derrota já está anunciada... quando a RTP1 veio salvar tudo. Era a bela Judite e o "olhos na mesa" Sr. Luís Filipe Vieira e a exacta percepção que ele vai sair derrotado primeiro. Ficámos a saber que o Sr., mesmo que a UEFA assim o decidisse, não queria que o Benfica entrasse na Liga dos Campeões. Também fomos informados que os adeptos de todos os clubes têm de agradecer ao clube da Luz a sua condição de adepto (confesso que esta não percebi mesmo). Ficámos, por fim, a saber que o Sr. Luís é gestor não é homem dos pontapés na bola, isso é com o Rui que é Director do futebol. Isto é: se este ano a coisa voltar a correr mal a culpa é do outro.
Dantes por muito menos às portas do estádio ficavam os pedaços de cartões de sócio rasgados, agora ficam cinzas de autocarros queimados tudo a bem da dignificação do futebol. Ai.

Está tudo explicado.

Nos próximos Jogos Olímpicos, a medalha vai para quem usar uniforme vermelho? Não necessariamente, mas investigadores da Universidade de Münster, na Alemanha, mostraram que usar vermelho pode influenciar a decisão dos júris.

Norbert Hagemann e os seus colegas mostraram a 42 júris excertos de gravações de partidas de taekwondo, uma arte marcial em que um dos jogadores tinha uniforme azul e o outro vermelho.

Cada júri avaliou cada vídeo e deu pontos aos jogadores pelos ataques que fizeram. Depois, alteraram a ordem dos vídeos e trocaram a cor dos uniformes dos jogadores digitalmente. O jogador que vestia vermelho passou a “vestir” azul, e vice-versa.

A equipa de cientistas descobriu que os júris deram 13 por cento mais pontos aos jogadores que tinham o uniforme vermelho, mesmo quando eram as mesmas partidas. Nos jogos de equipas, este enviesamento deverá ter um impacto menor. Mas nas partidas que são decididas por júris, a cor poderá ter uma influência importante.

“Esta é uma experiência bem feita. Reforça o facto de a cor ter influência no resultado dos jogos desportivos”, disse à "New Scientist" Robert Barton, co-autor de um artigo de 2005, que já sugeria que a cor vermelha poderia estar associada a comportamentos de dominância ou de agressão no mundo do desporto. Segundo o investigador, pode haver uma atribuição de dominância subconsciente quando se altera as cores dos uniformes.

O boxe, a luta greco-romana e o taekwondo são jogos que normalmente usam as cores azul e vermelho nas protecções e uniformes. Estas modalidades vão estar nos Jogos Olímpicos em Pequim.

Apesar de no taekwondo se usar um sistema electrónico que ajuda os júris a contar os ataques, Hagemann dúvida que o sistema seja suficiente para mitigar os efeitos das cores. “Esses sistemas não são utilizados no boxe e ainda assim, não alteram qualquer benefício psicológico que possa ser dado aos atletas que estejam a usar vermelho”, explicou o investigador à "New Scientist".

O artigo original dos cientistas alemães será publicado pela revista "Psychological Sciences", na sua edição de Agosto. (do Público)

15/07/08

Disparate do dia

«O presidente do Governo Regional da Madeira, Alberto João Jardim, afirmou ontem, no concelho do Porto Moniz, que é ele a "verdadeira oposição" ao Governo da República."Não chamo oposição àqueles que, quando o Governo diz que é verde, dizem que é verde escuro. Chamo oposição quando o Governo diz que é verde e eu digo que é vermelho, salvo seja", disse Jardim, no âmbito da 53ª Feira do Gado do Porto Moniz.» (Diário de Notícias)

Vamos fazer férias?

Queremos pão em vez de betão, ou não?

João Miguel Tavares

jornalista

jmtavares@dn.pt


O betão anda um bocado na mó de baixo. Desde os tempos de Cavaco Silva e Ferreira do Amaral que a expressão "política do betão" virou insulto, como se a viga e o cimento fossem feitos com as ossadas da classe baixa. Por cada pilar erguido, um pobre falecido. E como nestas coisas da política portuguesa PS e PSD vão mudando de opinião consoante a posição que ocupam no poleiro, hoje são os socialistas que tecem loas às obras públicas e os sociais-democratas que desconfiam do poder da viga para alavancar Portugal.

Tirando considerações sobre a incapacidade de os homossexuais procriarem, a questão das obras públicas tem sido o tema-fetiche do PSD, com o qual o Governo é martelado cada vez que põe a cabeça de fora. Devo dizer: parece-me no mínimo bizarra a estratégia, sobretudo tendo em conta a imagem séria e antipopulista que Manuela Ferreira Leite se esforça por passar. É evidente que investimentos de centenas de milhões de euros têm de ser analisados ao pormenor e que convém não pontapear para daqui a dez anos o pagamento de compromissos actuais. É igualmente evidente que o Estado tem o dever de proteger quem, nas franjas da sociedade, cai em níveis dramáticos de pobreza. Mas nem o Estado tem a obrigação de servir de eterna almofada a choques que em boa medida estão fora do seu controlo (o sobreendividamento é, em primeiro lugar, uma responsabilidade das famílias, e não do Ministério das Finanças) nem o investimento em infra-estruturas está necessariamente desligado do combate à pobreza. Afinal, uma auto-estrada até Bragança faz mais pela riqueza da região do que despejar subsídios sobre quem lá vive. É uma daquelas coisas que já os romanos sabiam.

Ora, é a atenção a este género de subtilezas que se exige a quem quer governar o País. Exactamente porque fazer política não é apenas fazer contas, ver o PSD insistir que o TGV é um luxo que não podemos pagar é, no mínimo, desconcertante. Se está a ser feito um esforço conjunto dos países da UE para a criação de uma rede europeia de alta velocidade, que sentido faria ela parar em Badajoz, deixando mais uma vez Portugal na periferia - e logo numa altura em que o petróleo disparou para a estratosfera? O facto de o desenvolvimento do país não poder estar sustentado nas obras públicas não significa que de repente se feche a porta a todos os estaleiros pendurando a placa "agora vamos cuidar dos pobrezinhos". Se Manuela Ferreira Leite se quisesse transformar na Manelinha das Feiras, eu poderia entender a linha de pensamento "queremos pão em vez de betão". Mas, propondo-se como uma alternativa credível a Sócrates, espera-se mais de um programa de oposição do que propor análises custo-benefício das obras públicas e dizer que tem muita pena e que quer muito ajudar quem está a sofrer com a crise. Manuela Ferreira Leite está a precisar de férias. De férias e de novas ideias.

13/07/08

O rock'n'roll nunca morrerá.

Foi assim algo que não se explica muito bem, é a 3ª vez que vejo o mestre e de cada vez abalo mais, sinto mais, compreendo melhor como sou pequenino. Preferia ouvir o "Everybody knows, this is nowhere" e o "After the goldrush" completo, mas só porque sim. Lembrei-me de filmes que nunca mais acabam e de como eu gostava que aquele momento não terminasse, nunca. Vinguei-me dos anos em que ouvi: -Vais pôr Neil Young de novo? Vinguei-me tanto que até é pecado.

De resto foi Gogol Bordello, que, inicialmente, entresteci porque se deixaram ir no esquema dos Mano Negra, sem o saberem fazer tão bem. Refiro-me ao não deixar a música parar. Os Mano Negra fazem isso bem mas usam muito mais tecnologia, o que torna tudo muito mais fácil.
O acordeonista, para quem é português e conhece o instrumento, é fraquinho e não foi por falta de uma tecla.
Eugene é superior, não precisa de se importar com o tom porque ele próprio é um espectáculo que só não brilha sozinho porque o violinista é excelente.
Uma hora de concerto, sempre a melhorar. Ainda pululam dentro de mim.

A surpresa foi Xavier Rudd, sussurrei Fausto e Zeca Afonso e estarreci muitas vezes. A música é uma coisa tão bonita! Obrigado Xavier.

Isto, também, é rock'n'roll .



O conflito que irrompeu num concerto dos Rádio Macau está a ser divulgado no YouTube. O episódio aconteceu há um mês, em Vila Nova da Barquinha, e teve como protagonistas a vocalista Xana e o guitarrista Flak, que se pegaram quando a banda tocava "O Anzol".

Flak rasteirou Xana, que caiu no palco perante a risada do público, mas, quando se levantou, a cantora respondeu com uma bofetada e saiu imediatamente de palco.

"Isso teve a ver com a autorização dada a uma instituição bancária para o anúncio do Banco Santander Totta que perturbou o relacionamento entre os membros da banda. "Por princípio, eu sou contra isso", disse. Nesse concerto, eu, zangada e cheia de adrenalina por não ter concordado com isso, alterei até alguns versos de ‘O Anzol’ e disse, entre outras coisas, ‘Não mordam o anzol às petrolíferas’", recordou. Flak criticou-a e acabou por a rasteirar. "Ele já me pediu desculpa e eu reconheço que deveria ter feito concerto de forma profissional e já pedi também desculpa."

Entretanto, o clip do incidente patente no YouTube (Rádio Macau, a Bronca) já foi visto mais de 2500 vezes. "Já conversámos, passou algum tempo e a coisa está resolvida", adiantou Xana. Segundo a vocalista, os Rádio Macau enviaram já um pedido de desculpas a Vila Nova da Barquinha.

Jose Luis Feronha in Correio da Manhã

12/07/08

Nabos:





05/07/08

Sume-te careca...

Futebol

Apito Final: Conselho de Justiça da FPF suspende Gonçalves Pereira "preventiva e imediatamente"
05.07.2008 - 08h52 Lusa

O presidente do Conselho de Justiça (CJ) da Federação Portuguesa de Futebol (FPF) foi "suspenso preventiva e imediatamente" pelo órgão, anunciou um dos cinco conselheiros que concluíram hoje a reunião sobre o processo Apito Final sem a presença de Gonçalves Pereira.

Álvaro Batista explicou que a decisão de suspender Gonçalves Pereira resultou de uma deliberação dos cinco conselheiros "fundamentada do ponto de vista legal", por considerarem "nula a decisão de encerramento dos trabalhos" pelo presidente do CJ, às 18h00 de sexta-feira.

Após três horas de reunião, o órgão de justiça federativo iniciou a apreciação dos recursos do processo Apito Final, mas, antes de os relatores terem apresentado os acórdãos, Gonçalves Pereira anunciou a aceitação dos pedidos de impedimento do conselheiro João Abreu, apresentados por Boavista e FC Porto.

"Com um despacho exclusivamente proferido por ele, Gonçalves Pereira declarou-o (João Abreu) impedido de intervir nos processos do Boavista e de Pinto da Costa. Foi interposto recurso e proposto ao presidente que reparasse o despacho, por se considerar ilegal. Gonçalves Pereira recusou discutir o recurso e revogar a decisão", explicou Álvaro Batista.

O conselheiro, que leu a curta declaração na presença dos restantes quatro membros do CJ, adiantou que "foi proposta a instauração de um processo disciplinar a Gonçalves Pereira", após a qual o presidente deu por encerrada a reunião e abandonou a sala.

"Os membros presentes, em número de cinco, por considerarem nula a decisão do encerramento dos trabalhos por parte de Gonçalves Pereira, por se destinar a impedir a tomada de deliberações, revogaram o despacho e prosseguiram com o procedimento disciplinar instaurado ao presidente, suspenso preventiva e imediatamente", explicou Álvaro Batista.

Em declarações à Agência Lusa, Gonçalves Pereira qualificou de "encontro informal de conselheiros" a continuação da reunião na sede da FPF, em Lisboa, que também não contou com a presença do vice-presidente do CJ, Elísio Amorim.

"Decretei, contrariado, o fim da reunião porque não estavam reunidas as condições mínimas para o seu funcionamento. O que se está a passar agora é um encontro informal de conselheiros e não pode nunca ser apelidado de reunião do Conselho de Justiça", disse Gonçalves Pereira, ainda antes de ter sido anunciada a suspensão.

O presidente do CJ alegou que o fim prematuro da reunião foi motivado por "dois pedidos de impedimento do FC Porto e Boavista" em relação a João Abreu, que Gonçalves Pereira acolheu, o que motivou a contestação do conselheiro e "mais alguns que se solidarizaram".

"Considerei procedentes os pedidos de impedimento e notifiquei o conselheiro João Abreu, ao abrigo de uma competência exclusiva que possuo", revelou Gonçalves Pereira, para quem "João Abreu está impedido no que respeita a este processo", caso seja analisado em futura reunião do CJ.

O CJ da FPF confirmou a despromoção do Boavista à Liga de Honra e manteve a suspensão de dois anos a Pinto da Costa, no âmbito do processo Apito Final, penas que tinham sido impostas pela Comissão Disciplinar da Liga Portuguesa de Futebol Profissional a 9 de Maio.

04/07/08

Second Life.

O Second Life que tanto sucesso faz hoje na WWW, é praticado há muitos anos pelos alfacinhas. Aproveitando os santos populares o pessoal transforma as ruas onde está, naquilo que querem delas. Os electricistas são engenheiros, os bancários banqueiros, as domésticas são donas de bar, os desempregados são cozinheiros, encenadores, empregados de mesa e costureiros, os professores são arquitectos, etc... Depois enfeitam os caminhos chamando-lhes ruas, abrem tascas em cada largo, ensaiam marchas, tornam-se fadistas. Durante um mês são empresários, donos, artistas, namorados e empreendedores. Quando o mês chega ao fim, os lisboetas já sabem como ainda vão ser melhores no ano que vem.




Mais uma do PC?

A Assembleia Geral do Benfica terminou há minutos, por ordem do presidente da Mesa, devida a «falta de condições» para que continuasse.

Depois de o orçamento de contenção para as modalidades ter sido aprovado, os sócios puderam colocar questões ao seu critério e Luís Filipe Vieira foi alvo de insultos. Pouco depois, era fechada a sessão, devido ao ambiente quente que se verificava no Pavilhão do Estádio da Luz.

Sem prestar qualquer declaração, Vieira preparava-se para abandonar as instalações quando foi confrontado e empurrado por alguns elementos das claques mais exaltados. Houve algumas tentativas de agressão, de acordo com o que o Maisfutebol apurou junto de fonte próxima da direcção, obrigando à intervenção dos elementos da segurança presentes no local. Luís Filipe Vieira chegou a ser pontapeado no meio da confusão, embora não tenha sofrido consequências de maior com tais actos.

O presidente dos encarnados foi escoltado por três polícias e pelos restantes membros da direcção até ao exterior. Vieira apressou-se a sair das instalações seguido por uma multidão cada vez mais numerosa, refugiando-se no parque de estacionamento, onde os adeptos já não conseguiram entrar. Rui Costa ainda ficou à conversa com os adeptos, tentanto acalmar os mais exaltados. Já no exterior, o responsável pelo futebol e administrador da SAD esteve vinte minutos depois do final da AG a responder às muitas questões colocadas pelos sócios, que ainda se mostravam bastante irritados.

Durante a reunião magna, segundo a mesma fonte, vários sócios tinham pedido a demissão do presidente, questionando algumas das suas declarações ao longo dos últimos meses bem como a segurança no Estádio da Luz.

(Site Maisfutebol)

01/07/08

Vão-se lixar!

Andei 20 anos a levar tareia dos positivos. Sempre que abria a boca para protestar contra aquilo que hoje é corrente, lá começavam eles a cascar chamando-me negativista, revolucionário (a pensarem nos terroristas) e outros piropos que não dando tusa também não causam impotência.
Quando me convidam para botar palavra, chamam-me sempre à parte, no fim, para dizer que não era preciso ir tão longe, mesmo quando falo de segurança no Cais do Sodré ou de ambiente na Costa da Caparica.
Curiosamente estes "meus" descobriram agora todas as maleitas de que sempre enfermámos e acham que a culpa é, pois claro, do Sócrates.
Vão-se lixar!

29/06/08

Eu já sou grande, porra!

Todos nós somos identificados pelos nomes porque somos chamados. Existe, contudo, uma cadeia de identidades consoante os nomes. Eu, por exemplo, em pequenino era Zézinho, mais tarde Zézito, esperava ser Zé aos 40 anos e, quem sabe, Sôr Zé quando fosse mais velhinho. Não entendo porque é que as pessoas pararam em Zézito e algumas ainda insistem no Zézinho. Porque será?

24/06/08

Hipócritas?

A UE decidiu levantar as sanções a Cuba. Fidel Castro, quase a fazer 82 anos, diz que as deliberações da UE não passam de hipocrisia.

Ah pois é, o pessoal vai lá fazer umas operaçõezitas, nadar com os golfinhos, assustar-se com a fauna marítima, arranjar o melhor bronze da vida e dá-lhe sanções. Mais tarde, mesmo sem mudar coisa nenhuma, retira-lhe as sanções. Ah! é verdade, chamaram-lhes a atenção para Guantanamo, mas esqueceram-se que a ilha é administrada pelos EUA. Ou não era a Guantanamo que se referiam?

Ele é chato, mas explica tão bem...


Noam Chomsky - activista político, escritor e linguista - reúne, em "Rumo a uma Nova Guerra Fria", ensaios escritos entre 1973 e 1981, onde apresenta os seus pontos de vista sobre a política externa americana, a íntima relação entre intelectuais e Estado, a estratégia dos Estados Unidos em relação ao petróleo, o conflito Israel-Palestino.

21/06/08

Não gosto do calor!

Enquanto o calor aperta, eu vou destilando e amaldiçoando esta preguiça que me estaciona num local e me tira toda a vontade de mexer lá e de lá. Por ora estou estacionado na Costa da Caparica e hei-de sair daqui num qualquer dia à noite. A minha filha do meio está a pôr música num bar perto daqui e eu nem consigo deslocar-me até lá. Não gosto do calor! Quando o tempo está assim eu sinto-me constantemente agoniado e dificilmente consigo comer. Ao longo dos anos nunca consegui melhorar esta minha reacção ao tempo quente.
PS- O pessoal que vai ver Neil Young já tem bilhete?

19/06/08

E foi a primeira e a última.

ADEUS!

Primeira final.

É hoje, com a Alemanha, a primeira final para a selecção portuguesa. Portugal vai poder demonstrar o que vale contra uns alemães que trazem espelhado na sua arrogância as preocupações com o génio dos nossos jogadores que, por sua vez, se preocupam com a segurança táctica dos adversários. E é esta a beleza do futebol que permite que um jogo possa ser ganho pela aposta numa das vertentes do jogo, desde que seja na vertente certa. Se aos nossos for dada liberdade e se eles estiverem inspirados não há postura táctica que os retenha, mas se estiverem displicentes a passagem às meias-finais fica mais difícil.

18/06/08

Heróis do Mar homenageados no MusicBox.


O Musicbox celebra no dia 27, sexta-feira, a música dos Heróis do Mar.


O alinhamento inclui a projecção do filme «Brava Dança» (22h00), concertos de Tiago Guillul (00h00) e Paulo Pedro Gonçalves (00h45) e ainda as escolhas musicais de Jorge P. Pires e José Pinheiro (01h30) e de Rui Pregal da Cunha (03h00). As imagens ficam por conta de Droid-ID, a partir da 01h30.

17/06/08

Afinal...


...a Squadra Azzurra despachou os franceses e continua em prova. A seguir vão ter que se entender com os espanhóis, mas só pode perder um.

16/06/08

O meu enigma.



A partir de hoje vai recomeçar mais uma operação coração.

15/06/08

A altura foi boa.

Uma excelente jornada para as casas de apostas, pela derrota de Portugal e pela qualificação da Turquia.
Agora vamos ouvir dizer que se confirma que o timing do Scolari foi prejudicial, que rodar jogadores não dignifica, que os imigrantes não mereciam, etc e tal. Talvez seja melhor esperar pelo próximo jogo para tecer julgamentos. Até agora os objectivos traçados foram alcançados.

13/06/08

Ciao Azzurros.

Portugal não queria a Alemanha, será que queria mesmo a Croácia? É que o jogo da Alemanha é de todos conhecido e não muda, já os croatas de vez em quando surpreendem como ficaram a saber os alemães.

Quem nem tem hipóteses de escolha são os italianos e os franceses, para estes qualquer selecção seria boa, o que eles queriam era passar à fase seguinte. Para a Itália já está muito difícil e para a França saberemos daqui a bocado.

12/06/08

Scolari.

Chegou a hora do adeus e vai-te embora. O dinheirito deve ter falado alto, mas não deixa de ser um acto corajoso. Aqui, como seleccionador nacional, se não abusasse nos murros nos jogadores adversários, tudo lhe correria bem. No Chelsea se não começar logo a ganhar está feito, fartos de segundos e terceiros lugares estão eles. Aqui, mesmo com alguns anti-corpos, tinha os adeptos na mão. Lá, vai ter de ter muita capacidade criativa para os ganhar.

O que me faz confusão é discutirem a altura em quem a informação vem a público. Que diferença faz? O homem assinou com o Chelsea, o Postiga com o Sporting, o Bozingwa com o Chelsea, etc...
Esconder é que me parecia estúpido e lesivo.

Ainda faltam 15 dias.

Aparentemente resolvido o caso dos camionistas, agora resta-nos esperar pelos agricultores, pelos reboques, pelos taxistas e por mais alguns, e só temos pouco mais de 15 dias até ao fim do EURO2008.
Estas últimas lutas, esquisitas como disse ontem, tiveram mortes e agressões sem a intervenção das forças policiais o que começa a levantar um pouco o lençol sobre a insegurança que reina no país em todas as frentes e a incapacidade dos políticos encontrarem soluções que permitam a todos nós dormirmos descansadinhos, sem a preocupação de onde iremos pôr combustível amanhã ou onde iremos arranjar o leitinho para os miúdos, ou se iremos ficar bloqueados numa estrada qualquer ou se algum gajo mais nervoso nos irá espetar com uma caixa de carapaus em cima do penteado.
Presumo que a vingança do Estado seja feita pelo tentáculo das Finanças, porque, na verdade, grande parte dos profissionais destas últimas lutas são simultaneamente patrões e empregados deles próprios, que, os que têm escrita organizada, declaram ao estado o ordenado mínimo, porque não lhes é permitido declarar menos. Cabe então às Finanças tratar do assunto. Fico, contudo, com pena que ninguém tivesse a coragem para explicar que há barcos a mais e camiões a mais, que os cardumes não aumentam e que a distribuição tem lógicas novas.
O governo tem resolvido tudo rapidamente e deseja que todos os outros se manifestem nos próximos 15 dias, para não se dar por isso. A oposição está a ver a bola com os restantes portugueses.
Portugueses que já não têm Amália nem Eusébio mas têm fado e Cristiano Ronaldo e Mariza.

11/06/08

Os camionistas.

Esta luta dos camionistas tem alguns pontos de contacto com a dos pescadores/armadores, também nesta os empregados lutam pelos patrões numa lógica de que se eles se tramarem os empregados também se tramam. Esta luta, dizia eu, é esquisita. Não necessitou de autorizações, não tem legalidade, e está a confundir todas as partes. Há pouco dizia um motorista na TV: -O Governo que se mexa porque se isto der numa guerra civil fica incontrolável.
Numa guerra civil?
E o governo e as oposições todas que nada dizem sobre o assunto? Que se passa, está instalado o medo?

10/06/08

Dia da raça?

Pode ter sido uma falha, pode ter-se esquecido dos 34 anos que ficaram para trás, pode até estar entusiasmado com alguma literatura nazi e aquilo ter-lhe saído por reflexo. Agora o que o Presidente da República de um país, mesmo que seja Portugal, não pode deixar de fazer é explicar porque lhe saiu aquilo.

06/06/08

Saudade. (Perguntem ao Manuel Alegre)


Sardinha sobe 17 vezes de preço entre a lota e o prato .

MARIANA CORREIA DE BARROS


Peixe. O trajecto do pescado desde a primeira venda até ao consumo final foi testado pelo DN bolsa. As variações de preço das espécies mais comuns são mesmo surpreendentes:

Preço do polvo varia mais de sete vezes no mesmo percurso.

Entre o valor que é pago na lota e o prato do restaurante, a sardinha aumentam de preço mais de 17 vezes. E se da lota à peixaria um pargo só encarece 12%, já quando chega ao hipermercado já subiu 58%. À mesa do restaurante são 198% a mais do que na primeira venda. Pescada 12 vezes mais cara do que o que é pago ao pescador é outro exemplo. E por aí adiante.

Desde que é capturado até às mesas de cada um, o peixe anda de banca em banca fazendo um percurso que à partida parece simples, mas que acaba por sair caro aos bolsos do consumidor. Um quilo de robalos, por exemplo, pode custar cerca de 13 euros na lota e o preço a pagar por apenas um peixe num restaurante subir até aos 40 euros. Os preços variam de zona para zona, dependendo do afastamento em relação à costa, da origem do pescado ou da qualidade dos restaurantes. Apenas uma certeza permanece inalterada: há um caminho a pagar... aos intermediários.

Portugal é o terceiro maior consumidor de peixe do mundo, ficando apenas atrás do Japão e da Islândia. Por ano, cada português consome em média 59 kg de peixe, face a uma média europeia que ronda os 20 kg por pessoa. Os últimos dados apontam para uma descarga de cerca de 168 mil toneladas por ano nos portos nacionais. A pesca nacional destina-se não só à alimentação como também à exportação. Porém, os valores de consumo dos portugueses são elevados, implicando por isso uma grande quota de importação - cerca de dois terços do peixe consumido, o que acaba por encarecer o preço de venda. Nestes dias de paralisação é provável que a quota tenha sido maior. Ontem foi o primeiro dia de peixe fresco de origem nacional desde sábado passado.

A hora de saída dos pescadores para o mar é variável. Depende da técnica que utilizam, da espécie que capturam e do estado do mar, ventos e marés. Por isso, o desembarque na lota é feito de acordo com os intervalos de tempo em que as embarcações saem para o mar e regressam carregadas.

Suponhamos a pesca do polvo, feita segundo a arte das redes fixas. O barco sai na maioria das vezes durante a noite - os polvos fogem quando vêm a luz do dia - para descarregar os alcatruzes e volta para a trazer o molusco para o cais. Cada embarcação traz as suas próprias caixas, onde deposita o resultado da sua pesca e que são em seguida arrumadas na lota.

Uma, duas ou três vezes por dia, a horas fixas, é feita a chamada 'primeira venda', na lota do peixe fresco. O polvo, nas caixas, passa pelo tapete rolante, pára na balança automática, onde são inseridos os seus dados num painel electrónico, e colocado à vista dos compradores. Inicia-se a venda. Os preços são apresentados no painel, em contagem decrescente, até alguém interromper a contagem, para comprar o peixe. A venda do polvo começa normalmente nos seis euros o quilo e é comprado a uma média de 4,05 euros. Na bancada estão compradores para mercados locais, para o Mercado Abastecedor da Região de Lisboa (MARL), restaurantes, certos compradores internacionais e fornecedores de grandes superfícies e hotéis. O necessário para fazer parte da bancada de compra é ser empresário em nome individual e ter uma autorização paga na lota.

Depois de transportado para os diversos destinos, o peixe começa a aumentar o preço. Nos mercados iremos encontrar, por exemplo, o quilo de polvo a uma média de oito euros. Há também uma grande percentagem de peixe que segue para conservação, nomeadamente através do gelo, sendo depois vendido, por norma, em postas. Grande parte do abastecimento de peixe que encontramos nestas superfícies, nalgumas peixarias e mercados locais é feito no MARL. Por isso é comum que ao comprar polvo nos hipermercados se encontre os preços a nove ou dez euros.

No MARL, a maioria do peixe comercializado é proveniente de Portugal. Porém, há também pescado com origem em Espanha, no Norte e na Costa Ocidental de África, na América Central e do Sul. A verdade é que em nenhum mercado as tabelas de preço são fixas, vigora sempre a lei da oferta e da procura, E o MARL não é excepção, cada entidade presente comercializa o peixe ao preço desejado.

Feitas as contas e analisados os trajectos, sabemos que para trás ficaram ganhos para os pescadores, os mercadores e a própria superfície comercial. No caso do polvo, em termos de preço médio, por uma dose de cerca de 250g paga-se 7,50 euros, o que representa uma variação de 640% face à lota.

05/06/08

Digo eu...

Por mais que me tentem convencer do contrário, não consigo encontrar qualquer prejuízo para o PS, nem com a vitória de Manuela Ferreira Leite, nem com a presença do Poeta num comício do BE. Isto em termos de conquista de votos, obviamente.
Os beijinhos de Manuel Alegre ao Bloco de Esquerda, só podem prejudicar, em termos eleitorais repito, o PCP. Afinal o único partido com o qual o PS não se quer coligar.
A vitória de Ferreira Leite fará com que muitos potenciais votantes PSD alterem o seu voto só para não votar nela.
Mau para o PS actual seria se o Santana Lopes constituísse o seu PPD e as eleições se transformassem numa luta entre o partido PPD e o partido PSD, com os restantes a implorarem tempo de antena.
Bem podia o mestre Sócrates patrocinar alguns comícios do BE para lá colocar mais uns figurões do partido.

04/06/08

D'hoje

O F.C. do Porto pode ficar fora das provas europeias e isso será, no futuro, um prejuízo enorme para todos os clubes portugueses de topo.

Manuel Alegre lá foi ao comício do BE, onde foi tratado como ele gosta de ser tratado: a figura principal.

Barack Obama conseguiu os delegados necessários para ser o candidato democrata à Casa Branca, vai viver até às eleições?

03/06/08

Deixem-me dormir.

Acordei às 4:48 com fortes buzinadelas na rua, dei duas voltas na cama e voltei a adormecer. Pouco depois das 5 horas voltei a acordar com buzinadelas, se fossem iguais em som acharia que era algum veículo que não conseguia sair do estacionamento, mas não eram. Levantei-me e fui à janela, transitavam poucos carros na EN10 e, realmente, de vez em quando um outro fazia barulho. Voltei para a cama e até adormecer ia pensando no que poderia ter acontecido: Algum Ministro que se demitiu, o F.C.Porto foi retirado da Liga dos Campeões, ocuparam a bomba de gasolina, o Santana Lopes fez um novo partido, o Benfica comprou o Drogba... e assim fui pensando até que adormeci de novo.
Ainda não sei o motivo das buzinadelas.

01/06/08

Amy Winehouse.


Enquanto decorria o espectáculo da Amy Winehouse recebi imensas chamadas do pessoal amigo a dizerem: - Liga a SIC Radical, olha para aquilo, que falta de respeito, completamente decadente, que vergonha, coitadinha, etc...
Os comentários referiam-se, obviamente, à artista que mais uma vez se apresentou completamente alterada. Irritei-me. Irrita-me sempre o lado desumano da vida e a hipocrisia que afasta as pessoas da solidariedade e da compreensão.
Amy Winehouse fez tanta questão em vir ao Rock in Rio como eu fazia, na altura, em ir ao Big Show SIC, ela veio porque os Medina e os portugueses quiseram e os empresários aceitaram e venderam.
Ela veio para esgotar o seu dia de Festival, para alienar dezenas de milhares de cabecinhas que os vampiros se encarregaram de, previamente, encher de boatos sobre a sua vinda e a sua vida. Amy Winehouse não teve aquela prestação para Portugal, aquela é a sua prestação. Uma voz inigualável, uma capacidade criativa que é dom de poucos e uma proximidade do fim que devia ser perceptível a toda a gente. O público e os que o alimentam não estão a fazer mais do que a precipitar o fim de uma miúda com qualidades artísticas excepcionais. Se não a vendessem, se não a comprassem estariam a ajudá-la, quanto mais não fosse a não rever futuramente, as "performances" actuais. Dolorosamente a maioria está-se nas tintas para as qualidades da artista sendo certo que se ela voltasse, após uma cura, daqui a 2 anos, não levaria tantas pessoas ao concerto, não teria o mesmo preço, não enriqueceria tanto os tais vampiros, que, hoje, a ajudam a mostrar-se assim.
Por fim, irritou-me o Zé Pedro. Mais do que ninguém ele sabe como essas coisas funcionam, sentiu-o no corpo e vê isso acontecer à sua volta constantemente. Tinha o dever de explicar a artista e não o estado dela, esse todos perceberam.


31/05/08

D'hoje.



A Amy Winehouse, inflacionou o preço dos seus próximos espectáculos.

Manuela Ferreira Leite é a próxima ex-presidente do partido social-democrata.

A selecção nacional vai-nos irritar no EURO2008.

30/05/08

Saudade.


28/05/08

O debate.

Manuela Ferreira Leite foi, mais uma vez, apedrejada pelos outros candidatos à presidência do partido. Deixou-me a pensar em quem terá sido o inventor daquelas expressões: "a consciência do partido", "a limpeza", "a líder incontestada"; suspeito mesmo que Rui Rio já deve estar arrependido da forma absoluta como declarou o seu apoio.
A verdade é que a Drª. já não impõe respeito como parecia impor, pelo menos aos seus adversários na candidatura a presidente do PSD. O que se percebeu, também, é que ganhe quem ganhar não dá para entender como se vão apaziguar as hostes dos laranjas. Num debate para o país ver o que mais se discutiu foram as "tricas" internas o que não deixa antever melhoras próximas na vida do partido.
Estou danadinho para ler o que vai escrever Pacheco Pereira sobre este debate, até aqui foram os malandros dos cameramen e a perspicácia dos entrevistadores que tramaram Manuela Ferreira Leite, desta vez o que terá sido? Lembre-se que, segundo ele, se a senhora não ganhar ele é despejado do partido o que era uma pena para todos nós.

Acordo Ortográfico.

Não resisti a transcrever do Caracol Perfumado esta bela peça do meu amigo e ex-colega da FLUL Nuno Gonçalo Carvalho.

Mais informo

Neste blogue passar-se-á a escrever em conformidade com o novo acordo ortográfico. O mesmo será dizer que neste blogue passarei a escrever em conformidade com o novo acordo ortográfico. Aliás, todo este post está a ser escrito em conformidade com o novo acordo ortográfico.
Não significa isto, no entanto, que eu goste do novo acordo ortográfico ou que esteja de acordo com ele. Não concordo com grande parte do acordo novo, mas também já não concordava com uma parte grande do velho. Ainda assim, não consigo deixar de achar piada a todos aqueles que confundem a língua com a ortografia e anunciam descaradamente por aí a morte da língua portuguesa. E discordo ainda mais deles do que do acordo, que dizem ser novo, mas que já tem dezoito anos.
O novo acordo ortográfico é sobretudo chato. Aprendemos a escrever de uma forma e agora vamos ter de conhecer meia dúzia de regras novas. Preguiçoso como sou, isso chateia-me. Por outro lado, parece-me que a haver acordo, este deveria ser muito mais ambicioso: eliminar acentos e hífenes, por exemplo, seria um bom ponto de partida.
Há, porém, uma regra nova de que gosto muito. É a possibilidade de não acentuar a primeira pessoa do plural dos verbos regulares de primeira conjugação no pretérito perfeito. Sendo eu um gajo de Braga, não faço qualquer distinção na pronúncia da palavra passamos nas frases:
"Ontem passamos todo o dia na praia." e "Sempre que nos vemos passamos horas a conversar.". Gosto de saber que não precisarei de fazer esta distinção na escrita, como acontecia até agora. Do ponto de vista da coerência do paradigma verbal faz até mais sentido, uma vez que já não distinguíamos o comemos presente do comemos passado ou o partimos presente do partimos passado.
Mas bem, muito mais teria eu a dizer sobre este tão famigerado acordo, mas não me apetece, neste momento. Estou com fome e quero ir comer. Saibam, contudo, que todo este post foi escrito em conformidade com o dito cujo.

Disparate do dia.

Patinha Antão coloca militante já falecido na lista de candidatura a presidente do partido.

(Mas o que é isto? Hoje é dia das mentiras ou quê?)

27/05/08

Parece que só nós não percebemos.

DESARROLLO-PORTUGAL: Lejos de Europa

LISBOA, 21 sep (IPS) - Indicadores económicos y sociales periódicamente divulgados por la Unión Europea (UE) colocan a Portugal en niveles de pobreza e injusticia social inadmisibles para un país que integra desde 1986 el 'club de los ricos' del continente.

Pero el golpe de gracia lo dio la evaluación de la Organización para la Cooperación y el Desarrollo Económicos (OCDE): en los próximos años Portugal se distanciará aún más de los países avanzados.

La productividad más baja de la UE, la escasa innovación y vitalidad del sector empresarial, educación y formación profesional deficientes, mal uso de fondos públicos, con gastos excesivos y resultados magros son los datos señalados por el informe anual sobre Portugal de la OCDE, que reúne a 30 países industriales.

A diferencia de España, Grecia e Irlanda (que hicieron también parte del 'grupo de los pobres' de la UE), Portugal no supo aprovechar para su desarrollo los cuantiosos fondos comunitarios que fluyeron sin cesar desde Bruselas durante casi dos décadas, coinciden analistas políticos y económicos.

En 1986, Madrid y Lisboa ingresaron a la entonces Comunidad Económica Europea con índices similares de desarrollo relativo, y sólo una década atrás, Portugal ocupaba un lugar superior al de Grecia e Irlanda en el ranking de la UE. Pero en 2001, fue cómodamente superado por esos dos países, mientras España ya se ubica a poca distancia del promedio del bloque.

'La convergencia de la economía portuguesa con las más avanzadas de la OCE pareció detenerse en los últimos años, dejando una brecha significativa en los ingresos por persona', afirma la organización.

En el sector privado, 'los bienes de capital no siempre se utilizan o se ubican con eficacia y las nuevas tecnologías no son rápidamente adoptadas', afirma la OCDE.

'La fuerza laboral portuguesa cuenta con menos educación formal que los trabajadores de otros países de la UE, inclusive los de los nuevos miembros de Europa central y oriental', señala el documento.
Todos los análisis sobre las cifras invertidas coinciden en que el problema central no está en los montos, sino en los métodos para distribuirlos.

Portugal gasta más que la gran mayoría de los países de la UE en remuneración de empleados públicos respecto de su producto interno bruto, pero no logra mejorar significativamente la calidad y eficiencia de los servicios.

Con más profesores por cantidad de alumnos que la mayor parte de los miembros de la OCDE, tampoco consigue dar una educación y formación profesional competitivas con el resto de los países industrializados.

En los últimos 18 años, Portugal fue el país que recibió más beneficios por habitante en asistencia comunitaria. Sin embargo, tras nueve años de acercarse a los niveles de la UE, en 1995 comenzó a caer y las perspectivas hoy indican mayor distancia.

Dónde fueron a parar los fondos comunitarios?, es la pregunta insistente en debates televisados y en columnas de opinión de los principales periódicos del país. La respuesta más frecuente es que el dinero engordó la billetera de quienes ya tenían más.
Los números indican que Portugal es el país de la UE con mayor desigualdad social y con los salarios mínimos y medios más bajos del bloque, al menos hasta el 1 de mayo, cuando éste se amplió de 15 a 25 naciones.

También es el país del bloque en el que los administradores de empresas públicas tienen los sueldos más altos.

El argumento más frecuente de los ejecutivos indica que 'el mercado decide los salarios'. Consultado por IPS, el ex ministro de Obras Públicas (1995-2002) y actual diputado socialista João Cravinho desmintió esta teoría. 'Son los propios administradores quienes fijan sus salarios, cargando las culpas al mercado', dijo.

En las empresas privadas con participación estatal o en las estatales con accionistas minoritarios privados, 'los ejecutivos fijan sus sueldos astronómicos (algunos llegan a los 90.000 dólares mensuales, incluyendo bonos y regalías) con la complicidad de los accionistas de referencia', explicó Cravinho.

Estos mismos grandes accionistas, 'son a la vez altos ejecutivos, y todo este sistema, en el fondo, es en desmedro del pequeño accionista, que ve como una gruesa tajada de los lucros va a parar a cuentas bancarias de los directivos', lamentó el ex ministro.

La crisis económica que estancó el crecimiento portugués en los últimos dos años 'está siendo pagada por las clases menos favorecidas', dijo.

Esta situación de desigualdad aflora cada día con los ejemplos más variados. El último es el de la crisis del sector automotriz.

Los comerciantes se quejan de una caída de casi 20 por ciento en las ventas de automóviles de baja cilindrada, con precios de entre 15.000 y 20.000 dólares.

Pero los representantes de marcas de lujo como Ferrari, Porsche, Lamborghini, Maserati y Lotus (vehículos que valen más de 200.000 dólares), lamentan no dar abasto a todos los pedidos, ante un aumento de 36 por ciento en la demanda.

Estudios sobre la tradicional industria textil lusa, que fue una de las más modernas y de más calidad del mundo, demuestran su estancamiento, pues sus empresarios no realizaron los necesarios ajustes para actualizarla.
Pero la zona norte donde se concentra el sector textil, tiene más autos Ferrari por metro cuadrado que Italia.

Un ejecutivo español de la informática, Javier Felipe, dijo a IPS que según su experiencia con empresarios portugueses, éstos 'están más interesados en la imagen que proyectan que en el resultado de su trabajo'.


Para muchos 'es más importante el automóvil que conducen, el tipo de tarjeta de crédito que pueden lucir al pagar una cuenta o el modelo del teléfono celular, que la eficiencia de su gestión', dijo Felipe, aclarando que hay excepciones.

'Todo esto va modelando una mentalidad que, a fin de cuentas, afecta al desarrollo de un país', opinó.

La evasión fiscal impune es otro aspecto que ha castrado inversiones del sector público con potenciales efectos positivos en la superación de la crisis económica y el desempleo, que este año llegó a 7,3 por ciento de la población económicamente activa.

Los únicos contribuyentes a cabalidad de las arcas del Estado son los trabajadores contratados, que descuentan en la fuente laboral. En los últimos dos años, el gobierno decidió cargar la mano fiscal sobre esas cabezas, manteniendo situaciones 'obscenas' y 'escandalosas', según el economista y comentarista de televisión Antonio Pérez Metello.

'En lugar de anunciar progresos en la recuperación de los impuestos de aquellos que continúan riéndose en la cara del fisco, el gobierno
(conservador) decide sacar una tajada aun mayor de esos que ya pagan lo que es debido, y deja incólume la nebulosa de los fugitivos fiscales, sin coherencia ideológica, sin visión de futuro', criticó Metello.

La prueba está explicada en una columna de opinión de José Vitor Malheiros, aparecida este martes en el diario Público, que fustiga la falta de honestidad en la declaración de impuestos de los llamados profesionales liberales.

Según esos documentos entregados al fisco, médicos y dentistas declararon ingresos anuales promedio de 17.680 euros (21.750 dólares), los abogados de 10.864 (13.365 dólares), los arquitectos de 9.277 (11.410 dólares) y los ingenieros de 8.382 (10.310 dólares).

Estos números indican que por cada seis euros que pagan al fisco, 'le roban nueve a la comunidad', pues estos profesionales no dependientes deberían contribuir con 15 por ciento del total del impuesto al ingreso por trabajo singular y sólo tributan seis por ciento, dijo Malheiros.

Con la devolución de impuestos al cerrar un ejercicio fiscal, éstos 'roban más de lo que pagan, como si un carnicero nos vendiese 400 gramos de bife y nos hiciese pagar un kilogramo, y existen 180.000 de estos profesionales liberales que, en promedio, nos roban 600 gramos por kilo', comentó con sarcasmo.

Si un país 'permite que un profesional liberal con dos casas y dos automóviles de lujo declare ingresos de 600 euros (738 dólares) por mes, año tras año, sin ser cuestionado en lo más mínimo por el fisco, y encima recibe un subsidio del Estado para ayudar a pagar el colegio privado de sus hijos, significa que el sistema no tiene ninguna moralidad', sentenció. (FIN/2004)